CAPÍTULO 14

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comentários me inspiram! 3550 CARACTERES 

S H A R K

Minha fêmea está me olhando com um sorrisinho maroto, enquanto arrumo as coisas dela no seu apartamento e coloco em caixas. Ela vendeu o apartamento dela na cidade de Santa Maria, e como entramos no cio, minha garota não fez nada sobre o assunto, na verdade nem mesmo os documentos haviam sido passado para o nome do Carlos, que por sinal já pagou.

A confiança shifters é definitivamente uma coisa a ser estudada! – não que minha fêmea pretendesse enganar o coelho, mas, as vezes ainda acho tão primitivo confiar em intuição. Eu sei, sou um shifters, e é óbvio que sigo o mesmo sistema, e sempre sei em quem confiar, porque as vibrações de uma pessoa ruim, é impossível de ser encoberta com cheiro doce falso. Falsidade, amarga.

— Não vai me ajudar? – pergunto olhando para a descarada, que estava paquerando minha bunda.

— Eu não. – negou continuando a mexer no seu telefone. — Você disse que, se eu não comprasse uma casa em Horizonte, toda ou qualquer responsabilidade com a minha mudança pra sua casa, seria sua responsabilidade. Eu não esqueço promessas, ainda mais as que sou a beneficiada. – deu um risinho debochado, enquanto encaro a safada.

— certo, minha fêmea é a baita de uma preguiçosa. – levanto as mãos em rendição.

Acertooooou! – Declarou e apenas sorri, porque amo vê-la feliz e satisfeita.

Eu sinto que a Letícia está mais leve, e tenho certeza que isso se deve ao fato de está indo para o mar todos os dias. A sintonia da sua fera e dela é tão simples e perfeita, que me deixa encantado em como ela se adaptou rápido a ter um grande predador dentro de si, sempre pairando em sua mente e pronto para agir a qualquer momento. Imagino que devido a mutação dela ter começado a mais de um ano, e não é de hoje que seu lado selvagem já começa agir em seu interior.

— Caramba! Nunca vi tantas roupas fora de uma loja. – Declaro, descobrindo que um quarto inteiro é repleto de roupas e sapatos.

— Antes do ataque, eu era modelo e influencie. Manter as redes sociais atualizadas, era a condição que minha mãe exigia para que continuasse fazendo os trabalhos sociais que eu queria, desde que parei as competições. – Admitiu suspirando pesadamente, sua empolgação sendo substituída por um sentimento amargo de insatisfação e desânimo.

— poxa amor! – torço minha expressão em desagrado. — sua mãe é uma controladora de merda. – concluí sem me importar com o palavrão. — porque não mandava ela se lascar? Você já tem quase trinta anos. Tinha sua carreira, seu nome e, não deveria se submeter a humilhações como essas, apenas para agradar essa mulher mesquinha. – Declaro começando a separar as roupas para encaixotar.

Dificilmente a Letícia fala sobre a mãe dela, porém, toda vez que fala algo quase como se fosse de um relacionamento natural de pais e filhos, percebo a merda de mulher que minha fêmea conviveu. Parece que controlava cada passo dela, e tentava molda-la de acordo com o que desejava para si, e não teve a chance de ser.

— Vou ajudar com isso. Vou levar somente o essencial, o resto podemos levar para uma ONG aqui perto. – declarou levantando e vindo até mim, e abraço minha fêmea pela cintura, amando seu corpo se encostar no meu. — Não pretendo passar muito tempo vestida. – insinua safada, e acaricio sua cintura inspirando seu cheiro doce de desejo.

— eu gosto da ideia. – admito deixando beijos em seu pescoço, querendo chegar aos seus seios. — Podemos ficar recluso, da nossa casa ao mar.

— Podemos nos apossar daquela ilhota? – Pergunta manhosa, suas mãos subindo por meu abdômen e me deixando arrepiado.

A COMPANHEIRA DO SHARKOnde histórias criam vida. Descubra agora