Rosas brancas

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- Acha que eu sei? - O anjo se cobre com os cobertores se sentando na cama novamente.
- Eu acordei no inferno, ganhei um nome pois não sei o meu, não faço a mínima ideia de onde vim, se tenho família, como sei as coisas que sei, é tudo tão confuso e frustrante...

O demônio se aproxima dele, se abaixa ao lado da cama colocando os cotovelos no colchão, uma mão no rosto e levando a outra a perna do rapaz.

- Pobre criatura - Ele acaricia sua pele e o ruivo pode sentir o ambiente se transformar aos poucos, ficando mais quente e estranho.

Naquele momento lúcifer estava inconscientemente mudando as coisas a sua volta com base no que sentia, seus sentimentos no momento eram de excitação e curiosidade em relação ao rapaz, o quarto se moldava aos poucos, se tornando menor, as cores eram substituidas por outras mais alegres, tudo ia se transformando em uma verdadeira bagunça, pois naquele exato momento enquanto observava a criatura de cabelos cor de fogo, o coração já adormecido a muito tempo sentiu algo, e todo o inferno pode sentir também, lá fora nasciam rosas brancas por toda parte, o reino inteiro estava sendo tomado por elas aos poucos, e em uma fração de segundos a paisagem do inferno virou um caos completo.

- Por que me olha tanto? - Questiona o ser com seu olhar angelical.

A pergunta foi o suficiente para tirar o demônio de seu transe, ele então se levanta do chão e pigarreia antes de limpar na calça as mãos que nem estavam sujas e ajeitar sua postura.

- Tenho olhos, olho para quem quiser e por quanto tempo quiser.

Ele diz com um tom irritado e caminha em passos rápidos em direção a saída do quarto que agora se encontra todo colorido.

- Eroxinne logo virá até você, fique aí por enquanto.

Assim que some da vista de Sonne e fecha a porta, o cômodo volta ao que antes era sem que o jovem tenha a chance de notar a diferença.

Cidade dos anjos de fogo - Anjos caidos ainda são anjos.Onde histórias criam vida. Descubra agora