— Céus, o rei do inferno paparicando um anjo?, meu filho, por qual motivo mente tanto?!, eu vou matar você a pauladas qualquer dia desses!
— Meu Deus Utterre, não estou mentindo meu pai, ela própria me contou! — Retruca o garoto irritado.
— Nemuye, seu moleque desgraçado!, pare de ser mentiroso ou eu mato você! — O senhor ranzinza e de baixa estatura berra e vai andando para trás do balcão novamente.
Nemuye, o demônio, sai do estabelecimento de seu pai furioso, o velho nunca acredita nele.
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— Então... Lúcifer queria ver se tinha alguma marca em seu corpo? — Pergunta Eroxinne enquanto espera virada com o rosto em direção a parede que o ruivo se vestia.
— Sim, mas depois começou a agir todo estranho...
— Estranho como? — Esse comportamento "estranho" de Lúcifer foi o motivo pelo qual o inferno foi coberto de rosas ontem a noite? — Ele sorriu pra você?, fes cara de idiota?, tentou te beijar?
— Não — O anjo a olha com reprovação. — Só estava...estranho, não o conheço para saber qual a cara que faz quando está sendo idiota — Ele é curto e grosso e então termina de se aprontar.
— Que mau humor! — Ela diz ofendida com o tom de voz que o jovem usou, e então lhe senta um tapa na cabeça. — cuidado como fala comigo, moleque — Sorrindo ela caminha ao seu lado para a cozinha, deixando o quarto em que antes estavam.
— Hora do almoço, tem problema em comer nossa comida?, só agora notei que dês de quando chegou não reclamou de fome.
— É porque não estava com fome!
Ele recebe outro tapa na cabeça, o fazendo se inclinar tanto que sua cara quase bate no chão.
— Aí! — Sonne a encara furioso.
— Vai aprender a ser respeitoso rapazinho!, não gosto de criaturas rudes — Ela pisca e o lança um sorriso raivoso.
Ambos se sentam a enorme e comprida mesa, lúcifer se encontrava em uma cadeira um pouco mais detalhada feita de uma madeira escura.
— Que cara é essa? — Pergunta o homem ao ruivo.
— Nada não — Ele passa a mão na cabeça que doía um pouco e relaxa o rosto após Eroxinne o chutar o joelho por baixo da mesa.
— Bem, aproveitando que os dois estão aqui, eu gostaria de anunciar uma decisão que tomei — Ele faz uma pausa e fita pelo canto do olho o rosto de Sonne, descendo para seu pescoço em uma encarada mortalmente maliciosa, deixando o rapaz desconcertado.
— Eroxinne, não será mais necessário que fique com ele, a partir de hoje ele dormirá no mesmo cômodo que eu para que eu possa estudar mais, precisamos descobrir que criatura ele é. — Ele pigarreia. — Entretanto Sonne é de sua responsabilidade enquanto eu não estiver presente.
— Sim, senhor.
— Como assim "sim, senhor", eu não vou dormir no mesmo quarto que ele, e se ele tiver intenções ruins!? — Ele se levanta de sua cadeira e se agarra a Eroxinne.
— Por favor, pensei que estávamos virando amigos, não deixe ele me levar!
— Que escandaloso, relaxa, não farei nada que você não queira. — o Demônio sorri.
— Já vou adiantando que não quero absolutamente nada que você acha que eu quero! — Retruca o ruivo.
Lúcifer o olha levemente confuso e não consegue conter uma gargalhada barulhenta, fazendo com que até mesmo Eroxinne acabasse rindo também.
— Qual é a graça?!
— Você...— o demônio o olhava da mesma maneira que um humano ao encontrar ouro.
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Cidade dos anjos de fogo - Anjos caidos ainda são anjos.
AdventureO que faz os anjos caírem?