CAPÍTULO 48

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A magia vem em pedaços ✨🌕

Faith Marshall 

San Francisco, Califórnia 

  Não senti meus pés no chão quando o vi novamente, foi como se eu estivesse flutuando ou em uma espécie de anestesia, mas sabia que não estava anestesiada porque podia sentir cada mínima batida do meu coração à cada passo mais próximo que eu estava dele. 

 Dei um sorriso dócil de forma automática, minha cabeça gritava milhares de pensamentos ao mesmo tempo, me fazendo questionar sobre tudo e sobre nada.

 Ele me olhou de uma forma profunda, pensei ter visto aquele brilho nos seus olhos novamente mas sumiu tão rápido quanto apareceu. Ele retribuiu o sorriso e se aproximou de mim. 

— Você está linda…— Ele falou meio tímido enquanto me olhava nos olhos. Bem diferente do Petter provocante que não tinha nenhuma tímidez.

— Obrigada, você também não está nada mal. — Eu sorri, falando em um tom de descontração.— Então….hm, vamos? — Ele assentiu com a cabeça e desviou o olhar, colocando uma de suas mãos no bolso da calça.

— Vamos, deixei o carro no final da rua porque não podia estacionar aqui na frente. —  Ele espera que eu o acompanhe para fora e começamos a caminhar até o fim da rua. — Então… qual lugar você quer ir primeiro?

 Olhei para o céu, percebendo que ainda faltava um pouco de tempo antes do pôr do sol. — Vamos na sorveteria que você disse que era aqui perto.— Chegamos no final da rua e Petter destravou o carro, entramos no mesmo e ele deu partida.

 Abri a janela do carro para entrar um ar e tentar não morrer de nervosismo, já estava até mesmo suando numa mistura de ansiedade e nervosismo.

— Se importa se eu ligar? — Petter perguntou indicando o som do carro e eu neguei, uma música seria bom pra dissipar o clima meio constrangido. — Quais tipos de música você gosta?

 Repousei minhas mãos no meu colo, sem saber onde colocá-las sem parecer que estou esperando que ele as segure ou algo assim -apesar de ser isso que eu quero que ele faça-.

— Hmm…eu gosto de músicas com batidas animadas.

 Ele aproveitou o sinal vermelho pra pôr uma música no estilo que pedi, em seguida me olhou e deu um sorriso. — Parece que temos gostos meio parecidos. 

 O clima entre nós ficou um pouco melhor do que eu esperava, achei que fossemos ficar em um silêncio desconfortável, já que não temos intimidade -pelo menos não mais, ou não ainda-. Mas pelo que percebi, os Collins tem muita facilidade pra socializar e criar um clima descontraído, diferentemente de mim que fico nervosa em qualquer situação e praticamente "como" minha língua. 

 Demorou mais alguns minutos até chegarmos na sorveteria, Petter parou o carro numa vaga do estacionamento próprio do comércio. Uma rápida olhada pelo mesmo me disse que não havia tantas pessoas no local.

Saí do carro com minha bolsa em mãos e entrei na sorveteria com Petter ao meu lado. O lugar parecia bem aconchegante e achei até meio praiano, que remete uma aparência de algo mais fresco e descontraído. Fomos até uma mesa, onde já tinha dois cardápios e nos sentamos.

— O que você vai pedir? — Eu perguntei para Petter enquanto meus olhos estavam focados em ler o cardápio. — Acho que vou pedir um sorvete de ghirardelli, faz muito tempo que provei.

— Não sei, sou bem indeciso pra sorvete. — Ele deu uma risada e colocou o cardápio de volta na mesa. — Boa escolha, ghirardelli é incrível. Acho que vou ficar com a clássica casquinha de chocolate com morango. 

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