CAPÍTULO 19

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Faith Marshall

San Francisco, Califórnia


  Apesar de ainda estar processando todas as informações sobre minha "família", me sinto um pouco melhor do que estava há algumas horas atrás. Desde que Louis saiu, Petter fez o que pôde para me distrair de todo o sentimento ruim.

Nunca me senti tão bem quanto me sentia quando estava com Petter, era incrível o modo que ele fazia eu me sentir amada e confortável apenas com toques e gestos. Não sei o que eu sinto por ele, mas definitivamente há algo.

- No que está pensando, querida?- Murmurou com a voz rouca.

- Eu?...Nada demais, Por quê?- O olhei sem entender a pergunta repentina e ele riu.

- Nada? Tá com uma carinha boba.- Revirei os olhos, sem conseguir conter um sorriso.

- Só..tava pensando que você é incrível.- Me ajeitei na cama e aproximei meu rosto do dele, que selou nossos lábios em um beijo terno.

- Eu te amo, você é a mulher mais forte e perfeita que já conheci.- Murmurou após o beijo, com a testa encostada na minha. Senti meu coração se aquecer com a declaração e não consegui evitar um sorriso.

Ficamos longos minutos deitados apenas trocando carícias e assistindo o filme, sem nos importar com nada. Já eram por volta das 21:00 quando o filme acabou, Petter se voluntariou a fazer o jantar e eu fui tomar um banho relaxante, afinal o que mais estava precisando agora era relaxar.

Após o banho vesti um pijama de seda e me sentei na penteadeira para arrumar meu cachos para que eles não amassassem quando eu dormisse.

- Amor, o que acha de darmos uma volta?- Petter apareceu na porta do quarto de repente.

- Aonde iriamos á essa hora?- Perguntei olhando para ele pelo espelho da penteadeira.

Petter deu um sorriso e veio em minha direção, com uma das mãos atrás do corpo como se escondesse algo. Franzi a sombrancelha sem entender e ele tirou a mão de trás das costas, me entregando uma rosa branca.

- Obrigada..- Ainda sem entender bem, coloquei a rosa sobre a penteadeira e me virei para Petter.

- Vamos á praia, hoje o céu está lindo.- Sussurrou em meu ouvido e depositou um beijo no meu pescoço. 

- Por que praia assim do nada?- Ele deu de ombros. A última vez que fui a praia foi no dia em que fiz o desejo..

- Ah, vamos amor.. a noite está linda e você sempre gostou de ir a praia, vai ser rapidinho.- Exitei um pouco, ainda estou receosa de voltar na praia depois do desejo mas o que pode acontecer de mal?

- Tudo bem, deixa só eu me trocar.- Petter deu um sorriso e assentiu, indo se trocar também.

Entrei no closet a procura de algo mais leve mas sem ser um biquini, afinal a noite está fria e não vou entrar no mar à essa hora. Escolhi um vestido leve de manga longa e nos pés coloquei um chinelo qualquer.

  Quando saí do closet, Petter estava sentado na cama, usando apenas um short leve e uma camisa preta de manga longa.

- Tá pronta amor?- Perguntou assim que me viu, assenti com a cabeça e dei um sorriso levemente forçado.

Demorou alguns minutos até sairmos de casa, tivemos que ir de carro até a rua mais próxima da praia e depois descer à pé. Depois de poucos minutos de caminhada, finalmente pudemos entrar na praia, que estava completamente vazia, não parecia muito diferente de quando eu estive aqui anteriormente.

Tirei o chinelo e os segurei em uma das mãos, enquanto a outra estava entrelaçada na de Petter. A areia estava geladinha e estranhamente confortável, assim como o clima. O vento estava forte e, apesar do vestido ser de manga longa, ainda conseguia sentir todos os meus pelos se eriçarem com a corrente de ar fria.

Caminhamos até uma parte mais escura da praia e Petter estendeu uma toalha estilo piquenique na areia, que até alguns segundos atrás não tinha percebido que ele a segurava.

Me deitei na toalha em silêncio, observando o céu estrelado. Dessa vez a lua não parecia tão brilhante e... atrativa quando antes, as estrelas também não estavam em quantidade tão abundante, mas ainda assim, o céu estava lindo.

- Isso me lembra de quando nos conhecemos.- Petter murmurou. O comentário me causou certo interesse e fiquei alguns segundos calada, relutante se perguntava ou não, mas por fim decidi aliviar minha curiosidade.

- Gosto quando fala sobre nosso passado, São boas lembranças...- Falei a primeira coisa que me veio a cabeça, afinal, como deveria perguntar sobre nosso primeiro encontro se até alguns dias atrás não sabia nem sequer seu nome?

- Eu sempre achei que quando encontrasse o amor da minha vida seria um momento muito romântico, em um lugar fofo e afins, só não imaginei que a veria pela primeira vez em uma briga.- Ele deu um riso, como se estivesse relembrando.


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