CAPÍTULO 14

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Faith Marshall

San Francisco, Califórnia


- Isso está lindo, eu adorei! Obrigada querida, você sempre acerta.- Petter juntou nossos lábios em um beijo carinhoso. Eu tinha acabado de entregar o buquê de livros que comprei ontem, torci muito para ele gostar e no final ele amou.

- Que bom que gostou, tava meio receosa.- Dei um sorriso de alívio.

- Também tenho algo para você, vem.- Petter pegou minha mão e me guiou para dentro do carro. Ele tinha pedido para eu me arrumar há algumas horas atrás, sabia que ele estava tramando algo, só não sabia o que.

- Para onde vamos?- Sentei no banco carona e ajeitei meu vestido para não amassar. Estou vestindo um vestido simples, ele é longo com uma das mangas longa e a outra é transparente com alguns poucos bordados em renda e que deixavam a minha tatuagem a mostra. Há uma fenda bem longa, que começa do meio da minha coxa, e seu caimento é soltinho, mas sem volume.

- É surpresa, e isso é pra você não espiar.- Fiquei sem entender a última fala mas logo ele amarrou um tecido nos meus olhos, tapando toda minha visão.

- Vai me sequestrar? - Dei um riso e senti o carro começar a se movimentar.

- Vou te prender, a partir de agora você está presa por ter cometido um crime gravíssimo e estou te levando para cumprir sua sentença.- Ele imitou um tom de voz mais grave.

- E qual foi meu crime gravíssimo, senhor?- Senti sua mão acariciando minha coxa.

- Roubou meu coração e o manteu em cárcere privado.- Não consegui conter a gargalhada, Petter saiu do personagem por alguns segundos e riu também.

Durante o caminho desconhecido, nós ficamos o tempo inteiro trocando conversas leves e descontraídas e quase não percebi o tempo passar de tão distraída que fiquei.

- Chegamos, viu? Você ainda está vivissima.- Ele deu um riso, ainda lembrado do drama que fiz no caminho sobre "morrer de curiosidade", na tentativa dele me contar para onde estavamos indo.

- Talvez eu tenha exagerado um pouquinho.- Fiz o sinal de "pouco" com os dedos e sorri.

A porta do carro foi aberta e Petter me ajudou a sair, ele segurou minha mão e saiu me guiando para só Deus sabe aonde. Os segundos se passaram vagarosamente até pararmos em algum lugar aquecido.

- Vou tirar a venda, mas só pode abrir os olhos depois que eu contar até 3.- Confirmei com a cabeça. Senti as mãos de Petter deslizarem para fora de minha cintura e alguns segundos depois o aperto sobre meus olhos sumiu.

  Petter mantinha uma mão na minha cintura e a outra nos meus olhos, demos mais alguns passos para dentro do lugar desconhecido e ele finalmente tirou a mão dos meus olhos.

- 1...2....3!- Abri os olhos e pisquei constantemente, até que eles se adaptassem a luz do ambiente. Após eles se acostumarem, olhei em volta de todo o local e quase chorei com tamanha perfeição.

Definitivamente estavamos em um restaurante, tudo estava decorado até os mínimos detalhes. Toda a luz do ambiente era amarelada e passava uma sensação de conforto, o chão tinha uma trilha de pétalas de rosas vermelhas que levava direto à uma mesa coberta com uma toalha que continha pequenas estrelas bordadas. Petter me acompanhou até a mesa e puxou uma cadeira para que eu sentasse.

- Meu deus, está tudo tão...perfeito. Onde estamos?- Petter se sentou no lugar de frente ao meu e me olhou com ternura.

- Estamos no Gold star, preparei uma noite com tudo que temos direito para comemorarmos nosso aniversário de casamento da melhor maneira possível.- Arregalei os olhos ao ouvir o nome do restaurante, o Gold star é simplesmente o restaurante mais disputado da Califórnia, para conseguir uma vaga tem que esperar por meses e as comidas daqui são caríssimas.

- Mas por que tá vazio?- Olhei ao redor, sem entender o porque de não ter literalmente ninguém além de nós dois e alguns funcionários que iam de lá pra cá aleatoriamente.

- Eu reservei e fechei o restaurante. - Ele deu de ombros como se não fosse nada. Nem sabia que dava para fazer isso, mas se apenas uma vaga é cara imagina o preço que ele pagou para conseguir fechar o restaurante..

- Boa noite senhor e senhora Collins, desejam algo para beber? - O garçom apareceu do nada, cortando o que eu planejava falar.

- Eu vou querer uma taça de vinho branco, e você amor?

- Vou querer uma taça de vinho tinto.- O garçom anotou e sussurrou um "licença", antes de sair de nossa vista.

- Fiquei em dúvida sobre seu presente, não sabia exatamente se comprava algo que combinasse com seus olhos ou com seus cabelos.- O olhei sem entender, esse jantar já não é o presente?- Mas não resisti à esse vermelho rubi.

-  Vermelho o quê?- Perguntei em confusão e ele deu um riso, segundos depois uma funcionária do restaurante chegou com uma caixa aveludada e a entregou para Petter antes de sair. Ele se levantou da cadeira e abriu a caixa, revelando um colar.

- Ele é lindo.. Parece ter custado uma fortuna.- Observei o colar melhor, seu cordão parecia ser de ouro e havia um coração feito de rubi, ao redor dele haviam pequenos diamantes o contornando.

- Por você eu compraria o mundo, querida.- Meu coração palpitou forte e pensei que fosse explodir. Não sabia explicar o motivo do que eu tava sentindo, mas era uma sensação boa.- Quer que eu coloque?- Eu assenti e me levantei do meu assento, observei Petter tirar o colar da caixa e vim para trás de mim.

Meus pelos se eriçaram quando seus dedos deslizaram pela minha pele, senti meu cabelo ser colocado para o lado e Petter fechou o colar, finalizando seu trabalho com um beijo no meu pescoço.


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