+16|| Você acredita em desejos?
| O que você faria se de repente acordasse ao lado de um estranho?
Essa é a história de Faith Marshall, uma jovem antisocial que está enfrentando a dor da solidão. Após a morte de sua mãe, Faith não tem mais com qu...
O caminho desconhecido até a casa da tal Lyla foi completamente silencioso, nenhum de nós se atreveu a falar algo e eu apenas cruzei os braços e olhei a paisagem pela janela enquanto milhares de perguntas se passavam pela minha cabeça, principalmente sobre ela.
Por que ele tem que ajudá-la? Não tinha UMA pessoa para fazer isso? E por que tinha que ser logo agora? O que ela é para ele?
Quanto mais eu pensava no assunto mais irritada eu ficava, mas tentei manter a calma e fingir que estava tudo bem, só concordei com isso por causa da criança que está doente, isso se ela não tiver mentido só para estragar nosso encontro.
Alguns minutos depois Petter estacionou o carro na frente de uma casa estranha. A parte de fora era simples, era gramado com alguns canteiros de flores e uma "trilha" de pedras até a porta principal, que era alta e de madeira. A casa parecia ser grande e tinha 2 andares, mas nada muito extravagante, pelo menos não externamente.
Petter e eu descemos do carro e fomos até a porta principal, ele tocou o interfone e alguns segundos depois uma mulher baixa e meio chorosa abriu a porta. À olhei de cima a baixo, ela era bonita, seus olhos azuis e cabelo preto davam um contraste com a pele branca.
Ela abraçou Petter e começou a chorar ainda mais, com a cabeça apoiada em seu ombro. Ele deu três tapinhas em suas costas em consolação e depois se afastou.
- Entrem, por favor.- Ela saiu da porta e nos cedeu espaço para entrar, Petter entrou na frente e logo em seguida eu entrei.- Obrigada por vir, eu não sei mais o que fazer. Dei anti-termico mas a febre não baixa, só fica cada vez pior.
- E não pensou em chamar um médico?- Perguntei enquanto os seguia pelo escada. Petter me olhou com a sombrancelha franzida e mexeu os lábios em uma pergunta silenciosa.
" O que você tem?"
Não respondi, só revirei os olhos e fingi que não entendi. Segundos depois chegamos de frente à uma porta lilás com vários desenhos de borboletas, Lyla abriu a porta e vi que era um quarto infantil, uma menina loira que parecia ter em torno de uns 5 ou 6 anos dormia na cama, ela estava meio suada e com uma aparência doente.
Petter foi até ela e pousou as costas da mão na testa da garota.
- Ela está queimando em febre, precisamos levá-la ao médico rápido.- Ele a pegou no colo e voltamos para o carro. Abri a porta da frente e antes de entrar Lyla me parou.
- Eu acho melhor que eu fique na frente.- A olhei sem entender.- Na frente é mais fresco, ela vai se sentir menos sufocada se formos aqui.
- Ela tem razão amor.- Petter colocou a criança no colo de Lyla e me olhou cauteloso.
Não sei o que me deu, mas eu estava com muita raiva dele e principalmente dela, que parecia a pessoa mais fingida do mundo, mas também não queria brigar pois sabia que ele estava apenas ajudando a menina, ou pelo menos é o que eu espero.
Entrei no banco de trás do carro e fiquei observando cada mínimo movimento da mulher.
Ao chegar no hospital Lyla entrou primeiro com a garotinha no colo, petter e eu fomos procurar uma vaga no estacionamento, ou melhor, ele foi procurar uma vaga no estacionamento enquanto eu fiquei sentada olhando pro nada. Após estacionar o carro, entramos no elevador e ele apertou o botão do 1° andar.
- Amor, me desculpa por tudo isso... Eu não queria estragar nossa noite, a Lyla não significa absolutamente nada para mim, só estou fazendo isso porque tenho pena da filha dela e como eu era a única pessoa que estava disponível para ajudar...-
- Tá tudo bem, eu entendo que você está fazendo isso pela menina e te apoio, só... vamos apenas consultar um médico e voltamos para casa, não estou mais com muita vontade de sair.- O interrompi. Ele me olhou confuso, mas confirmou.
- Eu te amo.- Me virei para ele e senti repentinamente seus lábios nos meus, me puxando para um beijo suave.
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