CAPÍTULO 44

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Faith Marshall

San Francisco, Califórnia

Eu definitivamente devo estar ficando louca. Tenho (quase) absoluta certeza de que não troquei a porcaria da senha, então como diabos que ela virou isso?

Frase dita quando tudo mudou..."eu quero conhecer o amor"

O universo é mesmo confuso, seja lá o que está acontecendo deve ser alguma coisa relacionada a linha do tempo.

Acho melhor deixar isso de lado por enquanto, não é como se a resposta fosse aparecer magicamente. Suspiro profundamente e deslizo o dedo para a tela de aplicativos.

Entro no primeiro aplicativo que vejo: a galeria. De cara não havia nada demais, apenas algumas fotos de coisas aleatórias, como livros e lugares, fotos do céu e da praia.

Entro em mais uma das poucas pastas de fotos e deslizo o dedo para baixo na tela, analisando as fotos uma a uma. Nada.

Depois de analisar todas as pastas sucessivamente -e não achar nada-, entro em vários outros aplicativos, tanto os mais significantes, como o de mensagens, quanto os mais fúteis, como o calendário. Diferente do esperado, não achei absolutamente nada.

Reviro os olhos e dou um suspiro de derrota. Não sei como vou achar meu pai ou  saber alguma dica de onde ele pode estar agora, mas definitivamente esse celular não vai me ajudar.

Pelo menos ele vai servir para alguma coisa. Desvio o olhar para meu antebraço, onde anotei o número de Petter pela segunda vez, digo segunda vez porque ele me deu um papel com seu número anotado, mas anotei em meu braço também, apenas como precaução caso eu perca o papel.

Passo o número para minha agenda e depois dou uma leve verificada em sua foto de perfil, apenas para garantir que era o número certo. A propósito, ele continua incrivelmente irresistível mesmo sendo apenas em uma foto simples.

Desligo a tela do celular e puxo o carregador da gaveta, torcendo para que realmente servisse no notebook.

Me levanto da cama e caminho em passos apressados até a sala de estar. Bagunço as almofadas e reviro o sofá, até encontrar o bendito notebook. Conecto o cabo na entrada e ligo a tomada, um sorriso sutil toma meus lábios quando percebo que o notebook ainda está funcionando, só precisava de algumas horas carregando até que eu pudesse usá-lo.

O que eu espero é que tenha algo naquele notebook que me ajude a encontrar meu pai. Tenho a teoria de que o tempo está conectado e todos os eventos acontecem, de certa forma, ao mesmo tempo... ou em tempos semelhantes. O que quero dizer é que para um evento acontecer, preciso resolver o que vem antes dele.

De acordo com minhas lembranças, poucos dias depois que vi Petter na praia e saí de sua casa, também encontrei meu pai em algum lugar. Ele recebeu um email de seu amigo antigo que também era amigo de minha mãe, mas talvez eu tenha pedido para esse tal amigo contar a história ao meu pai.

É bem confuso tudo isso, mas acredito que a linha do tempo tenha se alterado desde que fiz meu desejo. Sendo assim, preciso me resolver com meu pai antes de acontecer o próximo "evento".

•••☆•••

Revirei os olhos, impaciente e entediada naquela fila desgraçada. Resolvi sair de casa um pouco pra espairecer e encontrei uma cafeteria que abriu recentemente, ela era muito lindinha e parecia ser bem aconchegante, então pensei que seria uma boa ideia tomar um café ou fazer um lanche aqui. O que eu não imaginei é que precisava ficar 20 minutos no caralho de uma fila pra pegar uma droga de um café porque esse lugar está lotado.

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