CAPÍTULO 9

1K 85 4
                                    

Faith Marshall

San Francisco, Califórnia

  O beijo fora delicado e calmo, ao contrário do que eu pensei que seria. Nossas bocas se encaixavam como se fossemos feitos um para o outro, mesmo eu nunca tendo o beijado antes eu conseguia sentir uma familiaridade em seus lábios.
Quando o beijo se dissipou nossas respirações estavam aceleradas, assim como meu coração que estava acelerado e do nada uma certa dorzinha na barriga, mas uma dor estranhamente boa.

Olhei para seus olhos calmos e brilhantes, o admirando. Nunca havia visto estrelas nos olhos de alguém mas os dele pareciam ter uma galáxia particular neles.

- Eu te amo - Sussurrou enquanto colocava uma mecha de cabelo minha atrás da orelha.- E amo quando você me olha assim, um eu te amo sem palavras.

Então é isso um olhar amoroso? Eu o amo? Por que o beijei?

- Já pegou tudo amor? Temos 20 minutos até o restaurante, depois tenho uma surpresa.- Meus olhos se iluminaram com a última parte, se tem uma coisa que eu amo, são surpresas. Quando eu era criança minha mãe me fazia surpresas de aniversário todos os anos, as vezes ela escondia os presentes com algum joguinho ou enigma para eu encontrá-los e no final sempre tinha uma festa ou um jantar "em família" (nós duas e a maggy, minha antiga gatinha de estimação).

- Que surpresa?- Minha voz saiu um pouco mais ansiosa do que eu tinha em mente e ele riu.

- Se eu contar deixa de ser surpresa né.- Ele parou em frente à porta da sala segurando minha bolsa e jogou as chaves do carro dentro da mesma- Quanto mais rápido irmos mais rápido você vai descobrir.- Ele abriu a porta fingindo uma reverência e eu revirei os olhos, passando em seguida.

Já dentro do carro e a caminho do tal restaurante, eu comecei a refletir sobre os meus sentimentos por Petter, preciso entender o que eu sinto. Não posso negar que me sinto atraída por ele, mas de uma atração até o amor é um grande passo.

Será que os sentimentos da "eu do futuro", de certa forma, influenciam os meus?

De repente ouço um toque que me tirou dos meus pensamentos, olhei para o lado procurando de onde o barulho está vindo e vejo o celular de petter tocando. O nome "Lyla" brilhava no topo da tela, chamando minha atenção.

Petter atendeu o celular e começou a falar algumas frases curtas, prestando atenção no trânsito mas atento ao que era falado no telefone. O olhei sem entender e assim que a chamada foi encerrada eu cedi minha curiosidade.

- Quem era?- Levantei minha sombrancelha com a testa franzida.

Ele curvou o carro e desviou o caminho original. Não tava entendo absolutamente mais nada mas seja lá o que estava acontecendo, não parecia muito bom.

- Era a Lyla, já te falei sobre ela uma vez, lembra? Ela está desesperada porque a filha dela está doente e com uma febre alta e não tem como ir para o hospital, então me pediu para ir até lá.. me desculpa por ter que estragar nosso encontro, mas prometo que irá ser rápido. Depois voltamos ao restaurante

Não sei porque isso não me cheirava bem, mas como a criança estava precisando tentei ignorar a leve raiva entalada na minha garganta e apenas assenti.

Não sei porque isso não me cheirava bem, mas como a criança estava precisando tentei ignorar a leve raiva entalada na minha garganta e apenas assenti

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Se gostou do capítulo lembrem de deixar a curtida e comentar para me motivar a continuar escrevendo 🌠

The Wish Onde histórias criam vida. Descubra agora