CAPÍTULO 20

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Faith Marshall

San Francisco, Califórnia


Fiquei confusa e ainda mais curiosa, talvez isso seja uma confirmação de que o passado daqui e o meu não é o mesmo, até porque eu jamais entraria em uma briga.

Não sabia exatamente o que iria perguntar para ele continuar a história sem parecer suspeita, mas ainda bem que não precisei. Petter deu um suspiro após uma pausa e logo voltou a falar:

-  Foi exatamente ali que te vi pela primeira vez.- Ele apontou para uma parte da praia mais afastada de onde estavamos, bem perto da "saída".- Estava tão bêbada que não lembrava nem onde morava, então eu te levei para minha casa e cuidei de você.- Dei um sorriso, como ele pode ser tão... perfeito a ponto de ajudar uma total desconhecida?

- Não acho que estava tão bêbada assim, você tá aumentando um pouquinho a história..- Falei só para o incentivar a continuar a história. Não sou de beber tanto a ponto de esquecer minha própria casa, a única vez que fiquei nesse estado foi quando tomei remédio de dormir junto com bebida, alguns minutos após voltar da praia no... no dia do desejo.

- Estava sim amor, tanto que no dia seguinte você acordou toda perdida e ainda achou que eu fosse seu marido.- Ele gargalhou, relembrando do dia.

Não.

Isso só pode ser conhecidencia, não é possível.

Mas e se...

E se o dia que eu fiz o desejo e o dia que nos conhecemos foi o mesmo?

- Não lembra amor? Você tava toda confusa por causa de alguns remédios..não sei o nome mas, se não me engano, eram remédios de dormir. Inclusive, ainda bem que conseguimos resolver essa coisa de remédio com álcool, é uma prática muito perigosa e você não deveria nem sequer cogitar a possibilidade de misturar os dois..

Como que isso foi possível? Seria algum tipo de realidade paralela ou... ou estamos ligados de alguma forma? E se eu o conheci no mesmo dia, então o desejo fora realizado no mesmo instante e isso tudo é um sonho, um delirio que o remédio e o álcool me causaram..

- Amor? Tá me ouvindo?- Petter estalou os dedos na frente dos meus olhoa e eu os pisquei, tentando voltar a realidade.

- Oi? É.. você falou algo?- Ele deu um sorriso.

- Você tava no mundo da lua e eu aqui conversando sozinho há um século. Mas enfim, vamos voltar para casa? Aqui tá muito frio, não estou mais aguentando.- Ele ficou de pé e abraçou o próprio corpo enquanto me olhava, esperando uma resposta. Estava tão fora de mim que não senti o frio e o vento me congelando, como se minhas sensações tivessem sido desligadas e ligadas novamente depois de "voltar para a terra".

- Foi um dia cansativo, quero descansar..- Fiquei de pé também e calcei meu chinelo, ia me agachar para pegar a toalha mas Petter foi mais rápido.

Comecei a caminhar em um ritmo devagar e de mãos soltas, apenas pensando em tudo e tentando processar a história, achar um sentido para toda essa loucura. Não percebi quando Petter me alcançou, mas quando reparei ele já estava com um dos braços em volta de minha cintura.


 Não percebi quando Petter me alcançou, mas quando reparei ele já estava com um dos braços em volta de minha cintura

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