CAPÍTULO 11

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Faith Marshall

San Francisco, Califórnia

Ficamos mais tempo no hospital do que eu esperava, minha bunda já estava dormente de tanto tempo sentada naquela cadeira de espera. Os médicos estavam sobrecarregados com pacientes de um incêndio e demoraram quase 2 horas para nos atender.

A garotinha, que descobri se chamar Sarah, foi internada e recebeu alguns medicamentos, os médicos disseram que era apenas uma virose mas que no dia seguinte fariam alguns exames para checar se era somente isso ou se havia algo à mais. Petter se encarregou de pagar a conta do hospital, que foi muito alta e já estava incluindo todos os serviços usados e até mesmo os exames que só seriam feitos no dia seguinte.

- Obrigada por tudo Petter, você é um anjo.- Lyla disse com a voz estranhamente manhosa e irritante. Ela se atreveu a tentar abraçá-lo, mas antes que conseguisse eu o puxei pela mão e saímos do hospital sem dizer nada.

- Que cheiro é esse?- Petter falou fingindo cheirar algo no ar.

- Cheiro? Não tô sentindo nada.

- Ah não, é só um cheirinho de ciúmes que bateu aqui.- Revirei os olhos. Nunca senti ciúmes por ninguém antes mas não sou boba, já tive alguns ficantes na adolescência, mas nada que me fizesse ter ciúmes ou me sentir amada.

- Ciúmes? Eu? Jamais.- Falei com uma voz teatral e ele gargalhou.
A verdade é que eu nem sei explicar se senti realmente ciúmes dele, apenas fiquei com muita raiva da falsidade que aquela mulher exala, e não gostei nada dela ter ficado de gracinha com ele.

Quando chegamos no apartamento já passavam das 23 da noite, eu estava exausta mas sem nenhum pingo de sono.

- O que você acha de assistirmos um filme?- Perguntei enquanto tirava o scarpin dos pés e os joguei em algum canto qualquer da sala.

- Ótima ideia amor, vou fazer pipoca e pedir uma pizza, enquanto isso você pode tomar um banho.

- Está dizendo que eu tô fedendo?- Brinquei e ele deu um riso.

- Talvez um pouquinho..- Peguei a almofada do sofá e a joguei contra ele.- Ei! Isso foi golpe baixo.

Coloquei os braços em frente ao rosto tentando me defender da almofada que ele mirava em mim, mas ao invés de uma almofadada na cara senti meus pés saírem do chão e fui carregada escada á cima como uma noiva.

Petter me colocou sobre a cama enquanto eu ria horrores e entrou no banheiro.

- Banheira está pronta senhora Collins - Ele apareceu alguns minutos depois, fingindo uma reverência na porta.

- Obrigada súdito- Ele deu um riso baixo e foi até a porta do quarto.

- Quer companhia?- Falou num tom sedutor. Minhas bochechas coraram instantaneamente.

- Tô com tanta fome, vai pedindo a pizza enquanto eu tomo banho..- Tentei desviar do assunto e entrei rápido no banheiro antes de receber uma confirmação.

Me recostei na porta soltando um suspiro de alívio. As vezes ele fala coisas que me deixam tão..., e eu definitivamente não estou preparada para isso, não ainda.

Me despi e entrei na banheira grande e confortável, ela estava com bastante água e uma espuma rosa que exalava muito cheiro de morango. Foi difícil resistir a tentação de ficar lá dentro até minha pele enrugar, mas consegui tomar um banho razoavelmente rápido.

Quando terminei, vesti um pijama confortável de inverno composto por uma blusa de manga longa e uma calça de tecido quentinho, mas leve. Após me vestir, saí do closet e fiz uma anotação mental para procurar o meu celular depois, somos ricos então provavelmente eu tenho um em algum lugar da casa.

- Qual filme você prefere?- Meu coração errou uma batida ao ouvir a voz repentina de Petter. Eu não estou brincando quando digo que mais um mês aqui e eu infarto.

- Quando você chegou? Não tinha te visto..- Ele deu de ombros e pegou o controle da TV.

- Faz pouquinho tempo, mas enfim, qual você prefere amor?- Olhei para a TV e vi 2 filmes lado a lado, ambos pareciam bem recentes, já que nunca vi nenhum deles.

- Pode ser o 2° mesmo.- Me sentei na cama macia e peguei uma fatia de pizza, antes intocada, na mesinha de cabeceira.

- Então vai ser esse mesmo.- Ele apertou para o filme começar e as luzes do quarto se apagaram após ele apertar em um botão no celular, ou a tecnologia deu uma avançada muito grande nesses anos ou milionários vivem em outro mundo.

Petter e eu comemos algumas fatias de pizza e depois assistimos o filme concentrados, ou quase. Ele mantinha a mão na minha cintura, mesmo comigo em uma posição não muito favorável para seu braço. Aos poucos o sono foi me tomando e quando menos percebi estava aninhada a Petter e me deixei ser levada para um sono profundo por aquele conforto estranhamente familiar.

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