CAPÍTULO 52

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Não é o tempo nem a oportunidade que determinam a intimidade, é só a disposição.
 Sete anos seriam insuficientes para algumas pessoas se conhecerem, e sete dias são mais que o suficiente para outras.

Jane Austen, Razão e sensibilidade.


Faith Marshall 

San Francisco, Califórnia 

5 anos depois

 Lágrimas inundaram meus olhos quando vi minha imagem no espelho, mas não lágrimas de tristeza. Foram lágrimas de emoção, de felicidade e, principalmente, de gratidão. 

 Vi pelo espelho o reflexo de Ayla se aproximando atrás de mim, ela fez uma careta e pegou um lencinho. — Faith, quantas vezes eu já falei pra não chorar? Eu sei que casamentos são emocionantes, mas se continuar assim vai borrar sua maquiagem. — Ela disse enquanto secava delicadamente as lágrimas, tentando não borrar a base.

 Dei um sorriso e assenti. — Você está certa, mas é tão difícil me conter. —Ela terminou de secar minhas lágrimas e jogou o lencinho de papel na lixeira, em seguida olhou no relógio de parede e fez uma cara feia ao ver o horário. — Que foi?

 Ela suspirou e pegou seu celular encima da cama. — Faltam 30 minutos pro casamento e o imprestável do Ethan ainda não chegou com o buquê que eu mandei ele buscar. Será que ele não consegue fazer uma coisa tão básica quanto buscar um buquê? — Ela parecia muito irritada, o que me arrancou uma gargalhada.

— Relaxa Ayla, ainda faltam 30 minutos. Você e o Ethan implicam demais um com o outro, cuidado pra não se apaixonar. — Ela me deu um tapa fraco nas costas.

— Vira essa boca pra lá. Deu uma de jogar praga agora, é? — Mordi o lábio tentando conter um riso. Mal sabe ela que os opostos se atraem, assim como vai acontecer com os dois futuros pombinhos.

 Ouvi duas batidinhas na porta, murmurei um "pode entrar" e logo a senhora Collins e Alisson entraram no quarto. Dei um sorriso e me aproximei delas, abracei Alisson primeiro, passando minha mão delicadamente por cima de sua barriga grande e bem perceptível. 

 — Como está a pequena Brooke? — Murmurei para minha irmã, sentindo sua barriga movimentar sutilmente sob minha mão, a bebê respondendo por sua mãe através de chutinhos.

 Alisson sorriu e passou a alisou a barriga após eu ter tirado a mão. — Ela está muito agitada, acho que deve ser porque falta poucas semanas até o nascimento. 

 Abraço a mãe de Petter, ou melhor, minha sogra com um grande sorriso dançando involuntariamente em meus lábios. — Estava com saudades senhora Collins, como você está? 

 Ela fez uma careta. — Estou bem querida, e eu já falei para me chamar de Helena. Somos família agora, nada de formalidades. — Eu assenti, ouvindo a risada de Ayla no fundo. 

— Eu vou ver se acho o Ethan com o seu buquê.— Ayla falou antes de sair do quarto, fechando a porta em seguida.

 Senhora Collins segurou minha mão e olhou em meus olhos, ela estava com um sorriso e seus olhos estavam marejados. — Estou muito feliz que você e meu filho irão se casar, pode apostar que vocês tem minha bênção. Você é uma mulher forte, gentil e muito linda querida, meu filho é um homem de sorte por ter alguém como você ao seu lado.

 Olhei para cima com a cabeça um pouco inclinada, tentando reprimir as lágrimas que ameaçavam inundar meus olhos novamente. — Obrigada, Dona Helena. Me sinto muito emocionada ao ouvir isso, eu amo demais o Petter e estarei sempre ao lado dele. Você e o senhor Collins são os melhores sogros que alguém poderia pedir.

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