CAPÍTULO 5

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Petter Collins

San Francisco, Califórnia

Fiquei com tanto medo de ter acontecido algo de ruim com minha irmã que nem lembrei da existência do meu carro, corri para o primeiro táxi que vi e pedi para ele me levar ao hospital.

Os minutos até lá pareceram uma eternidade, meu coração já estava palpitando tão rápido que pensei que iria sair pela boca, liguei várias e várias vezes para minha irmã mas a ligação nem chamava mais.

- Chegamos senhor - Olhei para fora e percebi que realmente já tinhamos chegado. Paguei o taxista com uma nota de 50 e nem esperei o troco, apenas corri para dentro do hospital sem saber para onde realmente estava indo.

Fiz uma busca visual rápida procurando pela minha irmã mas não a vi, então corri até a recepção um pouco mais ao longe.

- Com licença, há alguma Ayla Collins internada aqui?- A recepcionista me olhou de cima a baixo antes de começar a buscar algo em seu computador.

- Pode me dizer a idade ou a hora que ela chegou por aqui? Há muitas pessoas com esse nome

- Não sei o horário que ela chegou, mas ela tem 26 anos- Ela voltou seu olhar para o computador e demorou alguns segundos torturantes antes de me responder novamente.

- Não há nenhuma paciente com essas informações que você citou, mas há uma mulher com essas mesmas informações como acompanhante de..- ela deu uma pausa para ler o nome- Faith Marshall Collins.

Se antes eu estava desesperado, então agora eu estava completamente apavorado. Senti meu sangue gelar tanto que a qualquer momento eu poderia desmaiar aqui mesmo.

- Qual o número do quarto?

- Desculpe senhor, mas não posso fornecer essa informação à menos que comprove algum parentesco com a paciente.

- Pelo amor de deus, eu preciso vê-la agora

- É o protocolo, não posso fazer nada- Suspirei tentando ter calma, mas eu já estava completamente fora de mim. Minha esposa está internada e eu nem sequer sei o que aconteceu, se ela está bem ou não e isso está me matando.

Depois de quase 20 minutos na recepção, recebi um crachá de visitante e o número do quarto. Não perdi tempo e corri para o elevador, apertei o botão do 7° andar várias vezes até as portas se fecharem e o elevador começar a subir.

Após o que pareceram ser horas, o elevador parou e as portas se abriram. Vi minha irmã andando de um lado para o outro no final do corredor, parecia muito nervosa e isso me deixou ainda mais eufórico.

- O que aconteceu Ayla?- Perguntei ofegante depois de tanto correr pelo hospital.

- Eu não sei bem, só.. eu fui visitá-la no apartamento de vocês e ela parecia super estranha quando cheguei. Daí eu falei que o Louis me ligou e disse que queria falar com ela mas não estava conseguindo e que ele pediu para eu avisar que iria vim vê-la e ela começou a ficar super nervosa e com falta de ar e do nada desmaiou.- Ela falou tudo muito rápido e embolado, tive que fazer um esforço enorme pra entender.
Não entendo porque ela ficou assim depois da minha irmã falar do Louis, pensei que já estava tudo resolvido entre ela e o pai.

- Parentes da Senhora Collins?- um médico perguntou vindo em nossa direção, não tinha notado que ele estava ali.

- Como está minha esposa, doutor?- Apenas desparei a pergunta sem me importar em ser educado, normalmente não sou assim mas é sobre a saúde da minha esposa que estamos falando. Esfreguei minhas mãos suadas na calça social, tentando não transparecer meu nervosismo com a demora em receber a resposta.

- A paciente teve um ataque de pânico, ela já teve algum antes?- Lembranças de outras situações similares invadiram minha mente. Não consegui responder a pergunta, as palavras não queriam sair da minha boca e por alguns segundos foi como se minha língua estivesse dormente e pesada. Minha irmã pareceu perceber meu estado e respondeu por mim.

- Sim, ela já teve alguns mas faz muito tempo, uns.. acho que uns 3 anos - O médico desviou o olhar dela e anotou a informação em um caderno pequeno que segurava.

- Sugiro que ela frequente um psicólogo, ataques como esses podem ser perigosos para sua saúde física e mental, realizamos alguns exames e a paciente está bem mas ainda está desacordada. Quando ela acordar e o soro acabar faremos alguns exames para checar sua saúde e ela poderá voltar para casa.

Soltei a respiração que nem tinha percebido que estava prendendo e meus ombros se aliviaram.

- Quando poderemos vê-la?- Perguntei com uma certa ansiedade.

O médico guardou o pequeno caderno que segurava em um bolso do jaleco branco e voltou a nos olhar.

- Já podem entrar, mas o horário de visita está acabando então um de vocês terá que sair daqui há...- ele fez uma pausa e olhou para o relógio de parede no corredor- 15 minutos. Amanhã de manhã faremos os exames mas agora tenho que ir atender outros pacientes, qualquer problema apertem no botão vermelho ao lado da cama.

- Obrigado doutor.- Falei rápido e entrei porta a dentro sem me dar o trabalho de despedir dignamente do médico.


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