Nine

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Stephen começava a se sentir idiota, estava agindo como um adolescente... não, nem mesmo os adolescentes agiam de forma tão... sentimental?

Qual seria a palavra para descrever o seu comportamento? Estúpido?

Enfim, não importa. O que importa é que está sendo passado para trás por um jovem adulto de 20 anos com fama de playboy e com rosto fofo.

Acaba de ir à mansão do jovem Stark e descobriu que ele já se mudou, é claro que as coisas não seriam tão fáceis assim. Tony parecia não ter a menor vontade de ceder ou deixar as coisas mais fáceis para ele... e o mais estúpido é que Stephen não tinha a mínima intenção de desistir.

O quer com todo o seu ser. Eles tiveram apenas duas interações e não consegue mais o tirar da cabeça... seu jeito fofo e um tanto infantil de agir, suas brincadeiras bobas, seus olhos inocentes e ao mesmo tempo tão profundos, seus lábios rosados, sua pele canela... Céus, era sua perdição.

Ele estava perdendo sua compostura por causa de Tony e não sabia como para com isso.

Stephen estacionou em frente a um café e deixou sua cabeça cair, batendo no volante. O garoto o pegou de jeito e nem precisou se esforçar para isso.

Stephen Vicent Strange sendo comandado por uma marca e... não pode ser só a marca, certo? Claro, Stephen se esforçar é sim, por causa da marca... mas marca nenhuma seria capaz de o fazer sentir o que está sentindo, fora o fato de que Tony deveria estar sentindo o mesmo se fosse o caso de ser apenas a marca no comando.

O que claramente não é o que está acontecendo, levando em consideração que ele está fugindo de Stephen.

Stephen soltou um longo suspiro e encarou a porta do café...

- Seria o destino? - Murmurou para si mesmo, com um sorriso ladino no rosto. Tony estava saindo de lá com um grande caixa de alguma coisa que não soube distinguir de longe.

Não se moveu ao vê-lo, ficou encarando enquanto ele caminhava pela calçada, o viu bufar e passar a mão por seus cabelos revoltos. O sol batendo em seu corpo corado lhe dava a aura de divindade... ou isso é o que parecia aos olhos de Stephen.

Viu como ele parava de andar e olhava pelo estacionamento, não pareceu achar o que procurava. Aumentou a velocidade dos passos e... Stephen se viu saindo do carro antes mesmo de perceber que Tony estava querendo se afastar de algo... ou alguém.

- Tony, espera! - Gritou o loiro saindo do café e correndo atrás de Tony, que continuou andando como se nada - Vamos conversar, espera...

- Nós já conversamos, Rogers. - Disse sem parar de andar - Não tenho mais nada a dizer e não estou mais afim de ouví-lo.

- Tony, eu te amo... - Essas palavras fizeram com que Tony parasse de andar e se virasse.

- Cuidado, Rogers, as pessoas podem ouvir. Não quer seu nome vinculado ao meu, certo? Vão achar que temos um caso... não seria bem visto que o unigênito da família Rogers saia com alguém do mesmo sexo.

- Não fala assim, Tony...

- Dois anos, Rogers! Eu esperei dois anos... e na primeira oportunidade você está aí, assumindo aquela sem sal.

- Eu não a amo...

- Me conte uma coisa que eu não sei... - Disse revirando os olhos - Eu sei que não a ama, mas também sei que foi a ela que escolheu para formar uma família.

- Tony...

- Tá tudo bem, Steve... você quer uma família e eu nunca poderia te dar, não teríamos muito tempo e... - O loiro cortou a pouca distância que os separava e levou a mão até seu rosto.

Soulmates?² - Ironstrange Onde histórias criam vida. Descubra agora