Capítulo X: Assumindo o controle

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Eram 7 da manhã do dia seguinte e lá estávamos nós, Luna, eu e Heitor juntos de Akira e Naomi na frente do escritório o qual eu iria assumir o controle.

Heitor já tinha escolhido ficar.

— Bem, eu espero que seja divertido! — Disse ele assim que contei sobre a máfia.

Era um tanto quanto estranho o fato dele não se assustar, mas me senti bem ao saber que tinha o apoio dele, só isso já me deixava feliz.

Luna não parava quieta, estava com um Kimono lindo, mas não parava de se olhar na câmera frontal do celular, como se ela estivesse momentos antes da entrada para o altar.

— Luna, relaxa. Você tá linda assim. — Disse eu quebrando o silêncio que estava sobre nós.

— Ah, obrigada. — Me fitou com um sorriso. — É verdade, era você quem deveria estar nervosa aqui.

Segurei firmemente o leque nas minhas mãos e falei para mim mesma que tudo ficaria bem.

— Não seja por isso, está tudo saindo conforme deveria ser. — Luna me olhou confusa.

— Como assim? Tá tentando decorar um discurso?

— Não acho que você tenha entendido, mas vamos adiante. — Respirei fundo enquanto Luna tentava entender o que eu tinha dito.

Tomei a dianteira e dei o primeiro passo de lado com Akira que estava a me guiar. A porta de vidro automática logo se abriu à nossa frente assim que chegamos perto o suficiente, então nos foi revelado um Hall belíssimo com alguns seguranças e os elevadores mais à frente.

— Bom dia! — Disseram ao mesmo tempo os seguranças que guardavam a entrada do Hall.

— Bom dia. — Falei seca enquanto tentava diminuir meu nervosismo descontando no meu leque preto com branco.

Seguimos adiante e subimos todos para o 5° andar, onde se revelava um auditório com muitas pessoas, cerca de 200 a 300 e um palanque adornado com ouro. Assim que saímos do elevador fomos cercados por olhares de todas as partes, formado por maioria de homens, cerca de 90%, aquele mar de pessoas nos acompanhou enquanto nos dirigíamos ao palanque que estava à 40 centímetros do chão, onde uma elevação em relação a todo o chão.

Um burburinho começou assim que tomei a frente do auditório sem que houvesse nenhuma apresentação por minha parte.

— O-oi...

Akira tomou a frente com outro microfone e começou a falar em japonês, parecia traduzir o que eu falava em português, pelo menos foi o que eu discerni que fosse.

A ansiedade me tomava naquele momento, como uma borra de café no coador, me sentia muito nervosa enquanto tentava arrumar alguma força nas minhas memórias, até que eu consegui. Naquele momento eu lembrei da minha mãe, o meu sofrimento e a morte do meu pai, tudo isso fora como uma seringa de adrenalina no meu corpo capaz de me permitir fazer tudo o que eu quisesse. Eu senti ódio, eu senti raiva, desejei vingança como nunca antes, e para conseguir sentir o sabor doce da vingança eu precisaria dar aquele primeiro passo agora. Eu dei o passo.

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