Cap 82

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Luisa

Meu pressentimento não tinha sido em vão. Tudo o que tinha pra dar errado deu e o que já estava certo, deu errado também.

Grego - Sai de perto da janela se não quiser levar um tiro- gritou comigo quando passei perto da janela da cozinha.

Luisa - O que a gente faz ? - falei desesperada

Grego - É questão de tempo pra eles invadirem - aquilo não me tranquilizou nada - Não tem o que fazer.

Luisa - Como assim ? - as lágrimas corriam pelo meu rosto - você sempre dá um jeito pra tudo, vamos dar um jeito agora.

Grego - Presta atenção, eles não tem prova nenhuma contra você pra te associar aos crimes que eu cometi, você deve responder por estar junto comigo mas isso a advogada consegue te auxiliar, e outra tu é ré primária, vai facilitar mais ainda as coisas.. você vai me prometer que assim que terminar de depor, vai pegar aqueles bagulho que te mostrei e sumir daqui.

Luísa - E você ? -perguntei me abaixando perto do sofá

Grego - na melhor das hipóteses eu vou em cana- falei abaixando com ela

Luísa - na melhor ? - gritou

Grego - na pior eles me passam antes mesmo de chegar na delegacia e alegam que eu tentei reagir a prisão- não conseguia parar de chorar e ele super calmo. - Relaxa que vaso ruim não quebra pô.

Ele me deixou ali abaixada perto do sofá e foi olhar pela janela do quarto, um helicóptero rodeava o prédio, o barulho era insuportável.

Grego - Nem em dia de invasão eu já vi tanto caveirão - riu sem humor - Os cara tão preparado mesmo.

Grego

Tinha várias viaturas lá em baixo, o águia revoava envolta do prédio onde a Luísa morava já tinha uns 15minutos. Já tinha mandado o gordo entrar em contato com a advogada, deixar ela na ativa que eu iria precisar, quebrei o chip e joguei no vaso, macetei o celular e joguei dentro do lixo. O carro da imprensa tava virando a esquina quando olhei pela janela, provavelmente era isso que faltava pra que eles invadissem.  Mt tinha me ligado dizendo que estavam invadindo, não tinha como descer pra me dar uma mão, os caras que estavam espalhados pela quadra do Condominio da Luísa não seriam o suficiente, então passei o rádio pro gordo pra deixar os cara piano, ninguém se mexe. Não tinha o que fazer, era só esperar agora a merda acontecer. Mandei a Luísa se agachar no chão perto do sofá e me ajoelhei com as mãos atrás da cabeça de frente pra porta da sala e coloquei minha arma no chão. Ficamos ali naquela espera agonizante cerca de uns 3 a 5 minutos, um silêncio é só dava pra ouvi os soluços da Luísa chorando, até ouvir um estrondo da porta sendo arrombada e vários policiais entrarem, entre eles o merdinha do Leonardo. Eles me empurraram pro chão e me algemaram, os outros entraram revirando tudo, atrás talvez de alguma arma ou outra pessoa.

Leonardo - É um prazer te encontrar - se abaixou perto de mim - Uma pena que a Luísa tenha que presenciar a sua ruína, deve ser humilhante pra você.

Eu só olhava pra onde a Luísa estava, me certificando de que não iam fazer nada com ela. Um policial ajudou ela levantar e pediu que colocasse as mãos para trás, algemou e saiu com ela.

Grego - Tu já conseguiu o que queria, libera a menina que ce tá ligado que ela não passa de laranja - falei e ele riu

Leonardo - veremos se é isso mesmo, por ser apenas uma laranja você tá muito preocupado com ela não acha não ? - riu - pode deixar que eu vou cuidar direitinho dela, quem sabe a gente faz mais do que só jantar no final do dia - esfregou as mãos.

Grego - Rela nela e eu te castro seu filho da puta - falei com ódio.

Me tiraram de lá e levaram pro camburão. Tinha vários jornalistas na porta da delegacia quando cheguei. Entrei e me colocaram sentado numa mesa. Logo entrou o Leonardo e o Delegado

Cortez - Finalmente nos conhecemos pessoalmente, Ariel Fernandes - sentou se frente pra mim com uma pasta que acredito ser minha ficha- é um enorme prazer pra mim, acredito que você não ache o mesmo

Grego - Adianta isso aí doutor, querem o que comigo? - me fiz de sonso

Amor bandido Onde histórias criam vida. Descubra agora