Cap 32

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Luisa

Tocar naquele assunto era delicado, tudo bem que eu amava minha mãe, tenho certeza que ela tambem me amava, ela pensou em fazer isso pois estava no auge da carreira.
Depois de ir morar com meus pais nunca senti diferença de tratamento, pelo contrario acho que meus pais tinham medo de que eu me sentisse menos amada e sempre foram mais "atenciosos" comigo.

Por não serem muito presentes por conta da empresa eles sempre supriram nos dando de tudo e mais um pouco.

Luisa - Não precisa ficar com essa cara, não sou nenhuma coitada. - ele tentou disfarçar - Eu soube viver com isso, quero que essa criança tenha a mesma chance que eu tive, só isso.

Grego - Tu me impressiona cada vez que abre a boca - ri de canto e ele me abraçou - Vou levar um papo com ele, mais ainda sim queria que tu conversasse com o Matheus, tu sabe como aquele cavalo é cabeça dura. - eu apenas acenti e ele saiu

Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra saber onde a rapariga da Brenda tava mais ela nem se quer respondeu, subi pro meu quarto tomei uma ducha rapida e desci de novo, queria sorvete então fui descendo o morro atras da sorveteria que o Mt tinha me mostrado uma vez.

Parei na sorveteria, pedi um milkshake e fiquei aguardando sentada a moça me trazer, do outro lado da rua ficava a praça e tava até que movimentada hoje, o dia tava quente, ninguem aguentava ficar dentro de casa. Ouvi um som de motor e olhei pro lado e vi o Jheffin

Jheffin- Eai Lu, faz a boa pra mim ai - falou enquanto descia da moto

Luisa- Pede la no balcão um pra tu, pra falar que nunca te paguei nada. - ele entrou e foi pedir algo pra ele

jheffin- Então, ja viu tua encomenda? - tava querendo fugir do assunto

Luisa - Quem é aquela tatuada ali na praça que não para de olhar pra ca - Ele olhou e parecia ter visto um fantasma.

Jheffin - Ninguem de mais, cade a tua amiga, bora la pra tua casa pra eu ver ela - levantou pegando nossos sorvetes

Luisa - que bixo te mordeu doido? - falei analisando a atitude estranha dele

Jheffin - Saudade da Brenda pô, duvido que tu não ficou tambem do patrão - falou ainda querendo me tirar dali

Quando olhei pro lado, pude notar que a garota tatuada atravessava a rua e vinha na nossa direção. Ela era bem bonita, gostosa eu diria, cabelo preto azulado, bem branquinha e tinha varias tatuagens.

Fernanda - Eai Jheffin, já vai? - colocou a mão no ombro dele - tem anos que não te vejo e tu ta correndo de mim parece

Jheffin - To com o horario apertado, qualquer dia a gente bola umas ideia, bora Luisa - me acelerou

Fernanda - Luisa? - me analisou - ta namorando ?

Luisa - Não namoramos não - já cortei, grego ia matar se ouvisse um comentario desses

Fernanda - Prazer Luisa, meu nome é Fernanda. - me estendeu a mao e assim que eu a cumprimentei senti uma coisa ruim percorrer o corpo

Luisa - Prazer é todo meu, mas agora temos que ir ne ? - olhei pro jheffin que tava me entregando o capacete

Subi na moto e ele me deixou em casa, de volta a minha solidão, me joguei no sofá e fiquei no celular esperando um milagre de alguém aparecer nessa casa ou de arrumar algo pra fazer.

Fui pra cozinha afim de fazer algo pra comer mas quando me dei conta estava no meio de uma faxina, liguei o som e continuei limpando tudo.

Grego

Tava na boca arrumando o pagamento do jheffin, o menor tinha me ajudado na missão não podia passar batido.

Mt- Luísa já voltou pro juízo? Acordou pra vida ? - entrou se sentando

Grego - quem tá precisando acorda pra vida é tu Irmao, sem querer dar lição nem nada, mas desce pra levar uma ideia com ela, garanto que ela vai te ouvir e tu vai gostar de ouvir o que ela tem pra dizer - mt ficou me medindo por um tempo e saiu, acredito que tenha ido em casa.

Bati um rádio pro jheffin subir pra receber e logo ele entrou

Jheffin - chamou patrão - joguei o malote na mesa

Grego - Teu pagamento, tu fortaleceu - ele abriu o pacote e me encarou- qual foi

Jheffin- Quando a esmola é grande o santo desconfia - ri - tem mais do que o combinado aqui

Grego - Tiver achando ruim divide com o Biel, igual vocês já dividem a Brenda - ele riu

Jheffin - Patrão sem querer me meter nem nada, mas a Fernanda tá de volta ou é alucinação? - que porra de assunto

Grego - Viu ela perdida aí no morro? - continuei mexendo nas coisas, não queria dar muita ligança

Jheffin - Tava puxando assunto com a Lu na sorveteria mais cedo - desgraçada

Grego - E a Luísa ? - perguntei preocupado se ela já tava sabendo

Jheffin- Sabe quem é não, a Fernando acha que é esquema meu porque levei ela embora, preferi deixar assim do que ela dar com a língua nos dente que era tua ex.

Grego - fez bem, vou lá levar uma ideia com essa maldita. - Arrumei a arma na cintura e fui saindo

Jeffin- Patrão, queria pedir uma coisa pra tu - fiz sinal pra continuar- Mandei minha mãe pra casa da minha tia la no asfalto, queria saber se tu não tem um barraco pra me alugar?

Fui na gaveta fucei numas chaves lá e joguei pra mão dele.

Grego - Viela do Bar, a casa é azul. - ele pegou a chave e eu fui descendo afim de trombar a Fernanda na rua.

Bati no portão do barraco que tinha deixado pra ela e não demorou pra ela sair com um trapo que ela chamava de shorts mostrando o rabo todo.

Fernanda - Sabia que hora ou outra tu ia aparecer, entra pra cá - me deu passagem e eu entrei- Mais diz aí, qual o motivo da visita?

Grego - Tô de fiel, não quero tu fazendo buxixo com meu nome, não quero tu perto dela, não quero nem que ela saiba quem tu é, simples e fácil. - ela me olhou parecendo digerir as palavras

Fernanda - Fiel? - riu - Quem é a Maria fuzil ?

Grego - Respeito Fernanda, tu tá achando que eu tô aqui de brincadeira? - ela apenas negou - Não é da conta quem é.

Fernanda - Tá bom GREGO - ironizou o vulgo - Como você quiser ! - fui em direção ao portão

Terminei de fazer meus trampo na rua e subi pra casa, cheguei lá um silêncio, entrei e a casa tava cheirando a limpeza, subi pro quarto e encontrei a dona onça hibernada na cama, resolvi não mexer com ela e parti pro meu banho.

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