Grego
Ter deixado ela ali dormindo foi mais difícil do que eu imaginei, tava boiolão com esse lance com a Loira.
Mas precisava seguir o plano, sai de casa deixei um bilhete pra ela no banheiro, fui na boca pegar umas coisas e acertar com os caras quem ia ficar responsável pelo o que, enquanto eu estivesse fora.
Tava subindo a rua e parei na frente da boca, Fernanda tava sentada na calçada parecia esperar alguém.
Grego - pensei ter deixado bem claro que não queria te ver por aqui - falei descendo da moto
Fernanda - Você no pode simplesmente ignorar tudo, já te expliquei o que rolou, acredite doeu em mim também, muito mais em mim que fui obrigada a tirar meu.. - interrompi ela
Grego - veio pra repetir? Manda logo, o que tu quer ? - ela me olhou com os olhos cheios de água e um roxo no rosto
Fernanda - Não posso sair do morro.. - uma lágrima desceu - Preciso da sua ajuda, sei que você não é esse monstro que diz ser, o Ariel que eu conheço ainda tá aí dentro
Grego - Aí que tu se engana mina, tu pode ficar, mais não quero buxixo Fernanda, tu no teu canto e fora do meu caminho. - joguei uma chave pra ela - esse barraco fica lá na 18 perto da sorveteria, tu fica lá e vê se arruma um trampo no morro que eu não vou banca ninguem.
Fernanda - Eu ainda tinha esperança de - cortei de novo
Grego - Nem termina parceira, tá se precipitando. Quero nada com você, tô fazendo a minha boa ação pra garantir meu lugar no céu e nada além disso. - ela pegou na minha mão
Fernanda - Ariel, olha pra mim, olha pra mim e fala que você não pensou em mim uma única vez desde que meus pais me levaram daqui? - fiquei em silêncio - me olha e fala pra mim que vc acredita mesmo que eu ter ficado com aquela criança teria sido melhor, olha pra mim e fala que você não sente mais nada por mim. - aquela mina tava me azucrinando
Grego - Tenho nada pra falar contigo, tu só tá aqui ainda porque é o preço da minha boa ação pra dormir a noite em paz, tu ja tem casa agora vai atrás de um trampo e me dá paz ! - entrei na boca e fui acertar as coisas
Combinei tudo nos mínimos com os caras, não queria levar o Mt comigo, precisava dele aqui então resolvi levar o Jeffin, menor tava fechando lado a lado não tinha porque não dar uma oportunidade.
Sai do morro tava tudo tranquilo e na ordem, espero voltar e encontrar do jeito que eu deixei, pegamos o carro descemos pra sampa. De hoje aquele demônio não escapa.
Fernanda
Grego tinha me arrumado um barraco, não era bem isso que eu tava esperando, mas no prejuízo também eu não sai. Fui pra casa do Lando, um doido que eu conheci na clínica de reabilitação, tava morando com ele desde que sai da clínica
A verdade é que eu não sou a megera da história, não sou a ex que volta pra perturbar, nem toda história a ex é a vilã. Tudo o que contei pro Ariel por mais que ele não acredite era verdade, meus pais tiraram meu filho de mim sem me dar chance de escolha, depois disso passei uns anos fora e voltei.
Quando eu voltei já não era mais a mesma pessoa, me tiraram o que pra mim era meu símbolo de amor e carinho, meu filho, me tiraram o grego e naquele mesmo dia sinto que perdi meus pais, não enxergo essa ação como uma atitude de alguém que queria o meu bem, eu tento me convencer disso mais no fundo eu sei que eles foram bem filhas da puta.
Me afundei nas drogas, logo eu que fui criada pra ser a princesa da família, mimada até o último fio de cabelo, uma verdadeira boneca de porcelana que se envolver com um favelado filho de dono de morro engravidou sem ter terminado o ensino médio, foi pra um reformatório fora do país e quando voltou ao invés de endireitar se afundou de vez nas drogas e na bebida, meu pai dizia que preferia ter morrido junto com a minha mãe, pelo menos o desgosto de me ver na situação que estou não seria tanto.
Por mim teriam morrido os dois no mesmo dia que mataram meu filho.
Não queria o grego de volta, mais queria ter alguém. Alguém que eu pudessem contar.. sabia que as coisas não iam ser flores com ele, de primeira ele não acreditaria em mim e eu não julgo, mas bem que eu queria mesmo que fosse mentira.
Devendo até os dentes em tudo quanto é boca do Rio de Janeiro eu não podia mais colocar a cara no asfalto ou perderia a vida.
Grego
Tinha chegado em Heliópolis tava na casa de um parceiro, a Dandara morava aqui também e hoje tinha baile era a deixa perfeita pra pegar e sumir com a maluca.Cidão - Hoje tu vai conhecer o que é baile de verdade irmão, Hoje é Heloísa do maaaau - cantarolou enquanto a gente subia o morro andando
Jeffin - Eu ficava suave por aqui, várias gostosas - falou encarando uma loira sentada na praça e eu logo pensei na minha loira - Carne nova, as do morro todo mundo já sabe como é tem até recomendação - rimos
Cidão - Ce não dava uns pega na irma do grego ? Tá chamando a mina de rodada ? - eu apenas esperei a resposta
Jeffin - Tá querendo me complicar com o patrão caraí? Disse nada disso não, mais fazer o que se eu quero ela e ela quer todos ? - ri dele
Grego - A Brenda sou eu com buceta, vale nada a lazarenta, nem julgo, o bagulho é dela, da pra quem quer. - acendi o Back
Cidão - Tô sabendo de outras histórias irmao, fiquei sabendo que teve uma louca que te deu um chá bem dado - aaah minha Luísa
Jeffin - patrão tá mudado Cidão, a Lu domou o bandido, mas também aquela ali é mais porra louca que todo mundo - ri lembrando da marra toda que ela metia
Cidão - tá viado em grego, cara de bobão aí pensando em buceta se compõe porra - me deu um murro no branço e quando olhei pro lado logo vi quem eu procurava.
Dandara - Tô alucinando ou é isso mesmo ? - veio na nossa direção - Perdido aqui grego?
Era hora de por o plano em prática
Grego - Me perdi na tua raba grande - fiz sinal com a mão pra ela chegar mais perto e assim ela fez. - Que ce acha de me mostrar o caminho?
Dandara - O chefe não pede né, ele manda - beijou o canto da minha boca - Passa mais tarde lá em casa pra gente ir junto pro baile, quem sabe depois a gente desenrola - piscou e saiu rebolando aquela bunda grande
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Amor bandido
Фанфик"...Você é especial, não sai da minha mente Não é mulher que se vende pelo brilho das corrente Ela é puta na cama, companheira no asfalto Ela não é bandida, mais me tomou de assalto..."