06. Moldando sentimentos

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Não fazia nem vinte e quatro horas que Sanji estava deitado naquela cama e já estava incomodado, mas por seu bebê ele estava disposto a fazer isso e qualquer outra coisa, exceto por um grande problema, sua vontade excessiva de ter a nicotina em seu corpo.

Sanji observava o espadachim que roncava pela terceira vez dentro daquele quarto, como ele pretendia cuidar do loiro se passava grande parte do tempo cochilando?

O cozinheiro fez um som de desgosto com a boca e virou seu olhar para a pequena janelinha ao lado, já estava entardecendo. O espadachim permaneceu ali dentro durante o dia todo, saindo apenas para buscar comida. A presença desse cabeça de grama mexia muito com o cozinheiro, incomodava. Enquanto o espadachim tirava esses cochilos, os olhos do cozinheiro ficavam observando, isso fazia o loiro ter pensamentos estranhos sobre o espadachim, por exemplo, como ele tinha o rosto bonito enquanto dormia.

Percorrendo seu olhar sobre aquele corpo esparramado de forma relaxada sobre a poltrona, Sanji não conseguiu evitar lembrar-se da transa que tiveram dentro desse quarto, lembrando-se daquelas mãos fortes passeando por seu corpo de forma intensa e bruta, os lábios quentes que o fizera perder a razão enquanto passeavam por sua pele deixando trilhas de calor intenso.

Por que não parava de pensar nesse marimo idiota?

Sanji balançou a cabeça para os lados fechando os olhos com força, não devia ficar pensando naquele dia, não podia. Isso estava deixando ele ansioso e sentiu a vontade intensa de ter um cigarro entre seus lábios. Olhou ao seu redor, olhou mais uma vez de relance para o espadachim, ainda permanecia dormindo.

Um cigarro só não ia fazer mal, não é? Pensou sentindo as mãos tremerem em desespero. Levou a mão direita por baixo do travesseiro entre a fronha e de lá tirou o maço de cigarro e o isqueiro. Retirou um cigarro de dentro e cheirou fechando os olhos com o prazer que sentiu com o cheiro do fumo, colocou entre os lábios e abriu a tampa do isqueiro, antes mesmo de levar até a ponta do cigarro e acender o fogo, o mesmo foi partido no meio em um golpe rápido que o espadachim fez com Wado Ichimonji.

— Quer me matar do coração? Desgraçado! — Sanji gritou enfurecido e antes de pegar outro cigarro, Zoro tomou o maço de suas mãos — O que pensa que está fazendo seu maldito?

— Você não vai por isso na boca, enquanto nosso bebê estiver aí dentro. — Zoro respondeu, jogou o maço de cigarro para o alto cortando ao meio com a katana.

— Eu preciso fumar, nem que seja um cigarrinho. — Sanji disse em desespero ao presenciar seu maço sendo estragado — Eu preciso falar com o Chopper, vai buscar ele! Espadachim de merda!

Zoro notou que as mãos do loiro tremiam enquanto ele segurava o lençol da cama com força.

— Eu juro que te amarro nessa cama, se você sair daí! — Zoro disse antes de sair do quarto.

O cozinheiro cogitou levantar-se e pegar outro maço de cigarro escondido, mas fez um esforço muito grande, segurando o lençol com força para permanecer no mesmo lugar, não queria pôr a vida de seu bebê em perigo.

— O que você pensa que tá querendo fazer, Sanji? — Chopper entrou abrindo a porta com tudo em sua forma humana — Você não pode fumar enquanto o bebê não nascer, é um perigo muito grande para a saúde dele!

— Não posso fumar nem um cigarrinho de vez em quando? — Sanji choramingou em desespero.

— É óbvio que não! — a rena falou irritada.

— Como vocês acham que vou conseguir isso? Já estou sentindo meu corpo todo tremer! Eu preciso fumar! — o cozinheiro gritou de nervoso.

— Você terá que ser forte e parar por enquanto. Quando sentir a vontade de fumar, tenta substituir o cigarro por outra coisa, se você se esforçar vai conseguir. — Chopper disse aproveitando para examinar a barriga do cozinheiro com o estetoscópio.

Para Sempre e Sempre NósOnde histórias criam vida. Descubra agora