Naquela noite, as estrelas pareciam mais bonitas quando Chae-young voltou para casa. Bochechas coradas, passos apressados e coração disparado, eram os sintomas que ela apresentava, sem nem mesmo saber qual era sua doença. Nunca dormiu tão tranquilamente em toda sua vida. Talvez tivesse apenas liberado emoções demais naquela dança com Mina.
E, até mesmo no dia seguinte, ela se levantou sem sacrifício algum para ir à escola, algo que era raro antes de conhecê-la. Aquela música ficava tocando várias e várias vezes na sua cabeça, a ponto de não sentir nem fome para ir à escola.
Mas, quando chegou lá, Mina não parecia tão feliz e radiante como ela. Muito pelo contrário, parecia bem triste e desanimada para quem teve uma tarde tão animada como a que tiveram. Quando se sentou ao lado de Chae-young, ela não conseguiu se segurar e resolver questionar.
— Aconteceu alguma coisa? — sua alegria parecia ter sido jogada no lixo.
— Momo e eu não paramos de brigar desde ontem, não sei o que tem de errado com ela... — Ela solta um suspiro cansado. — Desse jeito, vamos acabar terminando. — por algum motivo, isso não era uma má notícia para Son.
— Poxa, eu sinto muito... — Ela toca seu ombro. — Se quiser conversar sobre isso, vou estar aqui, ok? — disse, atraindo seu olhar. — A uma cadeira de distância... — brinca para terminar a frase, fazendo-a dar uma risada triste.
— Obrigada, já me conforta muito. — Sorri gentilmente. — Mas, mudando de assunto, temos que ler o livro de verdade, sabia? — disse rindo, ao se lembrar do dia anterior. Finalmente Chae se sentiu aliviada por saber que ela também tinha tido um carinho especial por aquele momento.
— Hoje no mesmo horário, no mesmo lugar. — ela disse como uma ordem, o que a fez rir.
— Você quem manda! — Fez sinal de ser uma soldada, rindo junto com a mesma.
[...]
No intervalo, as duas meninas nem viram o tempo passar, pois Mina preferiu ficar na sala conversando com ela, ao invés de ir encontrar sua namorada furiosa, provavelmente por isso mesmo.
E, na saída, então, Mina nem sequer viu Momo saindo. Com toda certeza, estava com ódio e não queria vê-la naquele momento. Ela não deu tanta importância, pois também não queria discutir, ainda mais em público, perto de Chae-young.
Fizeram o mesmo percurso encantador do dia anterior, que era mais do que encantador para Chae-young. E para Mina também, pois via o brilho especial nos olhos de Son, que via o tudo no simples caminho e passarinhos cantarolando assim como Myoi.
E a ansiedade cresceu ao chegar na casa da mesma e abrir a porta de seu quarto, vendo o mesmo cenário que jurou ter sido apenas um sonho, assim como a menina que dançara consigo.
— Aceita uma dança? — Chae brincou, olhando o rádio.
— Não, porque senão vou aceitar mil. — diz rindo.
A mesma se jogou em sua própria cama e pegou o livro que havia colocado na janela acima de sua cama, iluminada pela luz do Sol. E nem preciso descrever o quão lindo os olhos de Chae-young ficavam ao serem iluminados por ela. Mas Mina gostava de descrevê-la muito bem em sua memória.
— Acho que ficaria melhor se lêssemos cada parte em voz alta, o que acha? — Chae falou, quando Mina estava olhando-lhe profundamente.
— Perfeito. Acho que podemos terminar hoje, não é tão grande. — Ela se senta, abrindo na primeira página do livro.
[...]
O dia se passou tão calmamente como aquele livro que, no momento, era narrado por Chae-young, enquanto Mina ouvia tudo com muito cuidado e carinho, sentado bem ao seu lado, observando a movimentação de seu rosto a cada palavra que dizia.
— Ela ficava linda quando iluminada pela luz do Sol. — ela recitava. — Daria para acreditar em tanta beleza vindo de uma só garota? Ela era como a vista humanificada de um raio de Sol bem na frente daquela garota, quer estava encantada... Isso te lembra algo? — quando terminou, olhou para Mina e seus olhos se encontraram.
A boca de garota de cabelos escuros estava entreaberta e seus rostos não estavam nada distantes, quase que sentindo a respiração de Chae-young fazê-la arrepiar.
Levada pela emoção do momento, Son se inclinou, acabando com aquela distância implicante de uma vez por todas. Beijou Mina. Agiu por impulso e ela parecia chocada, por mais que tenha retribuído.
Abriu os olhos e olhou para Chae-young, que se preparava para lamentar sobre o que tinha feito. Mas antes que isso acontecesse, a mão direita à nuca loira da garota e beijou-a com mais vontade ainda, o que até deixou a mesma surpresa.
Quando a falta de ar se fez presente, ambas abriram seus olhos e se olharam, soltando uma risada logo em seguida.
— O que foi que a gente fez... — disse Chae-young, rindo, até Mina finalmente perceber que havia deixado seu coração disparar por outra pessoa que não fosse sua namorada.
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ㅤㅤ- 𝑨𝒕𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝑨𝒍𝒈𝒐 𝑵𝒐𝒔 𝑺𝒆𝒑𝒂𝒓𝒆, 𝑸𝒖𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂!
Fanfictionㅤㅤ- 𝑵𝒂𝒐 𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒂𝒏𝒉𝒐 𝒂𝒍𝒈𝒐 𝒕𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒊𝒓 𝒕𝒂𝒏𝒕𝒐 𝒆𝒎 𝒖𝒎𝒂 𝒈𝒂𝒓𝒐𝒕𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒂?