— Droga, que horas são? — Chae-young dá um pulo da cama, enquanto Mina mexia tranquilamente em seu celular.
— Quase sete, meu bem, por quê? — pergunta preocupada com seu susto.
— Minha mãe já deve estar chegando do trabalho... — diz, descendo da cama e correndo para se vestir mais adequadamente do que só roupas íntimas.
— Vai dar muito problema se ela me vir por aqui? — pergunta, se sentando na cama.
— Ela vai me matar... — disse quase que para si mesma, correndo para o banheiro.
Sem muitas opções, Mina se apressa para se vestir e não causar problemas para a garota no primeiro dia em que elas estavam juntas de verdade.
Assim que Chae-young sai do banheiro, já arrumada, ela vê Mina do mesmo jeito, pronta para se despedir e ir embora.
— Me desculpe por isso... — Ela se aproxima com um olhar culpado, com medo de tê-la deixada chateada.
— Não se preocupe com isso. — Coloca uma mecha de seu cabelo loiro para trás de sua orelha, com muito carinho. — Nós vamos ter algo, ok? — disse, olhando em seus olhos.
Chae-young abre um sorriso satisfeito e a beija, segurando em sua cintura. Mas, ao se lembrar do pouco tempo que tinha, ela se separa e Myoi entende o recado.
— Antes de ir... eu queria pedir seu número. Eu ia fazer isso quando... Bem... — ficou sem palavras àquela altura.
— É claro, meu bem. — disse, pegando seu celular e dando-lhe para digitar logo em seguida. Assim que terminou, Son lhe entregou de volta com o sorriso no rosto.
— Nos vemos depois. — Lhe dá um selinho e sai pela porta de seu quarto, deixando-a com um sorriso bobo.
Se jogou na cama. Nem sua mão descobrisse tudo que elas haviam feito naquela cama, ela se arrependeria por aquela noite maravilhosa com a pessoa que estava apaixonada. E era uma pessoa maravilhosa como Myoi.
[...]
No dia seguinte, sua manhã foi a mais agitada de toda sua vida. Não por que tinha compromissos, mas porque seu coração não agüentava de ansiedade para ver a garota novamente. Pensava que, talvez, pudessem agir como um casal na frente de todos, sem se importar com quem estava vendo ou não.
Mas, quando chegou na escola, o que viu foi totalmente diferente do que esperava. Ela sabia que não estava louca, as pessoas estavam a olhando como se soubessem o que ela tinha feito na noite anterior. Os olhares julgadores... não poderia ser coisa de sua cabeça.
Até que finalmente encontrou Na-yeon, que veio até ela com um sorriso debochado nos lábios. Isso estava ficando cada vez pior, e a sensação de que algo ruim estava por vir só aumentava assim como os passos da garota à sua direção.
— Eu não acredito que você se prestou a esse papel... Você é mesmo muito idiota, não é? — Ela perguntou com deboche.
— M-mas do que está falando? — Franziu o cenho, confusa.
Ela mostra seu celular, sem desmanchar seu sorriso. O que Chae-young vê ali faz com que seu mundo caia bem debaixo de seus pés.
[...]
Mais cedo aquele dia, Mina chegou um pouco antes, para que tivesse um tempo a mais com Chae-young antes de todo mundo chegar. Estava lhe esperando a um tempo na porta da sala em que as duas estudavam.
De tanto tempo esperando, ela resolveu ir até o banheiro. Deixou seu celular em cima de uma das bancadas e entrou em uma das cabines vazias. Ouviu alguns barulhos do lado de fora, mas sabia que era normal que as meninas mais vaidosas irem até ali apenas para molhar ou cabelo ou somente se verem no espelho. Ignorou.
— Olha só o que temos aqui... — ouviu uma voz que lhe parecia familiar, mas não a ponto que reconhecesse.
Assim que saiu, lavou a mão e pegou seu celular normalmente, sem perceber nada de estranho.
[...]
Agora, Chae-young saía correndo pelas ruas da sua escola, sem nem esconder que seu rosto estava coberto de lágrimas desesperadas de dor e mágoa.
A própria pessoa que disse que também estava apaixonada por ela, havia espalhado fotos dela nua por toda a Internet, divulgando seu corpo que ela teve a coragem de entregar-lhe. E, com toda confiança, deixou com que ela tirasse fotos em um momento de diversão, mas não sabia que iria se arrepender tão forte por isso.
Assim que chegou em casa, saiu correndo pelas escadas em direção ao seu quarto, mais especificamente, sua cama, deixando sua mãe ver o quanto estava machucada por dentro.
— Chae-young, o que aconteceu? — perguntou, preocupada.
— Eu quero transferência daquela escola! — gritou com toda sua raiva, acumulada em seu peito.
Depois de ter confiado nela e dado uma segunda chance para prová-la, ela não só havia traído sua confiança, como também a expôs para toda a escola. E a troco de quê...?
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ㅤㅤ- 𝑨𝒕𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝑨𝒍𝒈𝒐 𝑵𝒐𝒔 𝑺𝒆𝒑𝒂𝒓𝒆, 𝑸𝒖𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂!
Fanfictionㅤㅤ- 𝑵𝒂𝒐 𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒂𝒏𝒉𝒐 𝒂𝒍𝒈𝒐 𝒕𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒊𝒓 𝒕𝒂𝒏𝒕𝒐 𝒆𝒎 𝒖𝒎𝒂 𝒈𝒂𝒓𝒐𝒕𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒂?