A mochila de Chae-young estava repleta de textos e mais textos que escrevia para Mina, enquanto não conseguia dormir à noite. Seu coração estava apaixonado demais para conseguir pegar no sono, ou até mesmo sonhar com ela.
Sempre escrevia e dormia de madrugada, tendo um péssimo sono. Mas, por algum motivo, sua energia voltava quando a via no dia seguinte. Ainda era estranho para si, sentir tudo aquilo por uma pessoa que conhecera a tão pouco tempo. Mesmo assim, Myoi tinha se tornado mais presente do que ela realmente esperava.
Enquanto andava pelos corredores, em direção à sua sala. Não sentiu quando uma de suas cartas acabaram escapando por uma parte aberta da mochila, apenas soube quando ouviu a risada de Na-yeon bem atrás de si e se virou.
— Como é possível que ainda não tenha me esquecido? — ela disse em tom de deboche, rindo das palavras que ela escreveu com o coração.
— O que está fazendo? Me devolva isso! — Tentou pegá-lo de volta, mas ela colocou em uma altura em que ela não podia alcançar.
— Acha mesmo que sou a estrela que ilumina seu dia? Deveria se tocar que, enquanto acha que sou isso, eu estou apenas vivendo minha vida, sem nem lembrar que você existe. — aquelas palavras, por mais que ditas por engano, acertaram em cheio o coração de Son, como flechas afiadas.
— V-você... — Seus olhos se encheram de lágrimas, enquanto ela olhava em seus olhos com ódio.
— O que está acontecendo aqui? — ouviu uma voz vinda de trás de si e viu Mina se aproximando, com uma expressão nada boa. Uma lágrima acaba escorrendo pelo rosto de Chae-young.
Vendo a situação da mesma, que nem conseguira responder, ela pegou o poema das mãos de Na-yeon, que ainda se vangloriava por ter uma suposta admiradora, a quem ela pensava poder esnobar.
— Isso é pra mim. — ela diz, após lê-lo.
Ambas as garotas ficaram surpresas, e até alguns enxeridos que ouviam a conversa por fora. Na-yeon parecia ter tomado um banho de água fria, completamente envergonhada pela cena que ela mesma criara. Um sorriso sincero surgiu nos lábios de Chae-young. Além de ter visto a expressão de Na-yeon, Mina a defendeu.
— Ah... Que bom que finalmente superou, não é? — ela deu uma risadinha sarcástica, tentando sair por cima mesmo depois daquela situação.
— Obrigada por isso... — Chae-young se virou para Mina, sorrindo sinceramente. — E esse poema era mesmo para você...
Mina sorriu e limpou a lágrima que caíra pelo seu rosto, sorrindo. Ela abriu o poema que ficara um pouco amassado durante a discussão, mas ainda via os desenhos feitos à mão por Chae-young, com todo carinho e cuidado.
Raio de Sol
Ao mesmo tempo que você é como o Raio de Sol
Que ilumina meus dias
Você também é aquela forte tempestade
Em um domingo à tarde
Que limpa todo o céu de uma tarde cansativa
Você é a estrela que ilumina meu dia
Mesmo não estando durante a calada da noite
Seus raios ficam nas minhas memórias
E eu não conseguiria esquecê-los
Nem em um bilhão de ano luz
Desejo que brilhe para sempre
Todos os dias, se eu tiver esse brilho
Ficarei feliz
[...]
Depois que o sinal tocou, as duas foram andando juntas para a saída da escola, enquanto conversavam sobre um assunto qualquer. Assim que chegaram a uma esquina, onde já sabiam que era onde cada uma seguia sua direção, Chae-young não pôde ficar quieta com aqueles sentimentos dentro de si.
— Mina, espera... — ela disse, quando a mesma já estava pronta para virar na próxima rua. — Eu quero te dizer uma coisa... — Suspira, desviando o olhar por um segundo. Não agüentava seu próprio coração disparado.
— Pode dizer... — ela diz atenciosa com a mesma, como sempre.
— E-eu... estou apaixonada por você! — disse, quase que gritando, pois era algo muito sufocante de se guardar. E, ao soltar, foi quase como se tirasse um peso de suas costas.
Mina não disse nada, apenas se aproximou e colocou as mãos em seu rosto com cuidado e delicadeza. Sorria fraco, o que deixava Son cada vez mais confusa.
— Eu também acho que estou, mas quero ir devagar, certo? Não quero te magoar de jeito nenhum... — disse com calma. Suas palavras baixas eram como um calmante para o coração latente da mesma.
— Eu sei... — ela sorriu, fechando os olhos.
Mina se inclinou à sua altura e a beijou de um jeito calmo, sentindo seu coração batendo acelerado em contato com seu corpo, enquanto segurava seus cabelos com suavidade.
— Nos vemos amanhã? — pergunta no mesmo tom.
— Claro! — Sorriu, satisfeita pelo momento que acabara de viver.
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ㅤㅤ- 𝑨𝒕𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝑨𝒍𝒈𝒐 𝑵𝒐𝒔 𝑺𝒆𝒑𝒂𝒓𝒆, 𝑸𝒖𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂!
Fanficㅤㅤ- 𝑵𝒂𝒐 𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒂𝒏𝒉𝒐 𝒂𝒍𝒈𝒐 𝒕𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒊𝒓 𝒕𝒂𝒏𝒕𝒐 𝒆𝒎 𝒖𝒎𝒂 𝒈𝒂𝒓𝒐𝒕𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒂?