Flash ligado.

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Aviso: essa obra conterá diversos tipos de gatilhos, não leia se for sensível a temas pesados e para de ler se sentir desconfortável ao decorrer da história.

"Han Jisung, o amor que tenho por você data desde o momento que te vi, um amor inocente, até virar o quê se tornou hoje. Profundo e incessante."

O ar tinha ficado denso. As folhas não caíam mais, as cerejeiras já haviam perdido sua cor, estava tudo monótono, enquanto a sua cabeça não conseguia ficar quieta. Sua mente disparava pensamentos negativos e seus passos lentos mostravam como se parecia um zumbi nas ruas de Seul. Olhando para o chão das calçadas, mas não o via, seu olhar estava tampado pela sua névoa de pensamentos.

Foi aí que ouviu, um estrondo alto, seguido de mais dois. Seus pensamentos pararam e seu olhar se ergueu, parecia tiros. Nunca os ouviu na vida real, mas sentia que era fácil reconhecer. A rua deserta parecia mais um túnel sem fim. Correu até uma árvore grossa, e se agachou atrás.

Seu coração disparado e seu semblante assustado, o suor escorria e se sentia gélido. Não demorou nem três minutos até três homens sair de dentro de um beco e caminharem casualmente pela rua, como se estivessem a passeio. Usavam máscaras e bonés, fora as roupas escuras e incomuns.

- Caralho, bastava um tiro, deve ter feito muito barulho. - Disse um deles. A voz era grave e bastante masculina. Realmente havia acontecido algo, estava a menos de cem metros de uma pessoa assassinada e os autores do crime estavam conversando amigavelmente sobre o caso.

Com as mãos trêmulas e com uma súbita vontade de chorar alcançou a câmera que estava no bolso da sua mochila e a ligou. Posicionou para os três que parecia esperarem alguém e focou a imagem. Seria um grande furo para o seu trabalho, cobriria o sermão que tomou do seus chefe há menos de duas horas atrás.

Tentando parar a tremedeira e o nervosismo tirou a foto. Mas, quando a rua pouco iluminada se iluminou com um clarão perceptível devido o contraste de cores, percebeu, o flash da câmera estava ligado. Os três olharam ao mesmo tempo para o local que havia vindo e se entreolharam, enquanto Han Jisung se encostou totalmente na árvore e tampou a boca, queria gritar.

Conseguia até mesmo escutar eles vindo, com passos pesados e altos, sem fazer nenhuma questão de serem discretos. O poste mais próximo começou a piscar violentamente e por fim, apagou. Aproveitou a escuridão e agachado começou a ir até o muro de uma casa abandonada, se escondendo logo atrás. Sem ter tempo de pensar que não havia sido visto, com o corpo totalmente abaixado começou a ir até a lateral do muro da casa. Levantou o corpo inteiro e os viu, não conseguia ver se realmente eram os três, mas logo um carro chegou.

Viu entrarem e suspirou aliviado. Poderia ter morrido hoje. O que faria agora? Ligaria para a polícia? E sobre o cara morto? Tinha uma evidência. Céus, queria apenas ir para casa e esquecer que viu uma cena de crime. Começou a caminhar até a parte de trás da casa, caso eles voltem e o vejam. Deveria cortar caminho.

Quando estava perto, seu corpo bateu de frente com alguém maior que si e incrivelmente mais forte, não teve forças para se aguentar e acabou caindo no chão. Não conseguia ver muito bem, mas aquele boné, a máscara...

Eles tinham voltado.

finally in my possession •minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora