"Han jisung, chame de destino, ou o que for, mas eu sempre vou te encontrar, mesmo que você fuja."
A mala estava pronta, tinha todos seus pertences, pegou seus documentos, passaporte e ligou para sua tia, a irmã da sua mãe, que iria sair em breve. Chamou um táxi e colocou o destino para o aeroporto.
Havia se demitido naquele mesmo dia. Sua vida iria ser um caos com todos sabendo do noivado e os ciúmes possessivo de Minho, não podia nem respirar perto de outras pessoas e não conseguiria trabalhar ali por muito tempo.
Já dentro do táxi. Se sentia mais aliviado, como se conseguisse respirar. O motorista pareceu o olhar várias vezes, e então, quando parou em um sinal, mexeu no celular rapidamente. Parecia ter mandado uma mensagem, e Jisung, por estar fugindo, se sentia nervoso.
Observou ao redor, era um carro normal, não tinha o símbolo do táxi, na verdade, poucos tem. São carros normais, certo? Claramente é um táxi.
- Com licença. - O chamou. - É para o aeroporto?
- Sim. Aeroporto internacional. - Sorriu. Era isso. Se aliviou mais. Mas o motorista enxugou um suor que havia escorrido da sua testa. Estava tão nervoso quanto. Recebeu uma mensagem no seu celular, era Minho, dizendo boa noite. Bloqueou o número e tudo mais. Só queria chegar logo no aeroporto, seu coração só se aquietaria quando o avião decolasse.
Começou a avistar o local do aeroporto, estava apenas há alguns metros quando o carro parou em um lugar que não tinha movimentação.
- Me perdoe, senhor Han. - Disse. Jisung sentiu o coração pular, dar cambalhotas. Quase morreu ali mesmo.
- O que? - A pergunta saiu falhada. Sua única alternativa foi sair por conta própria e pegar sua mala que estava no porta-malas. Apertou sua bolsa ao redor do pescoço que continha seus documentos e saiu. Mas quando foi até detrás do carro para pegar sua mala viu Minho.
Ele estava ali, os olhos vermelhos de tanto fumar aquele cigarro entre seus lábios, mas era além disso, pareciam vermelhos de ódio. Deixou a mala e quando se virou para correr deu de cara com um homem, o triplo do seu tamanho. Caiu no chão.
Lee o pegou pelo braço e o levantou com brutalidade.
- Era isso aquela merda de encenação toda? - Pergunta enfurecido. - Você é um ótimo ator, Han, mas você esqueceu que não tem como você fugir de mim, nunca. - Começou a arrasta-lo, o braço quase roxo pelo aperto. Seus sapatos deslizavam, enquanto tentava se soltar.
- SOCORRO! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA. - Gritava com todos os pulmões, mas até o motorista o olhava com pena.
- Han Jisung, dá para parar? - O colocou dentro do carro e fechou a porta, logo alcançando o banco do motorista.
- Como? Não pode ser real. - Lágrimas jorravam.
- Assim que saí da sua casa, recebi um contato de uma pessoa que tenho na sua empresa, avisando que você se demitiu, não demorou muito até eu mesmo ver você saindo com as malas. - Disse. - Previsível e burro.
- Minha tia e seungmin estão me esperando, então, abra essa porta! - Esbravenjou.
- Seungmin? Aquele seu amigo que vivia em cima de você? Caralho, Jisung, você não me escuta, não sabe do que eu sou capaz. - Disse o ciúmes, a raiva.
- Me mata então, eu não quero mais passar nenhum dia ao seu lado vivo. - Disse. - Não vou mais seguir suas ordens muitos menos deixar o que você quiser fazer comigo.
- Eu nunca te vi como um objeto, Han, eu te amo desde aquela época, porra, eu já confessei e demonstro de todas as formas. - Começou a dirigir. Han não respondeu, estava ocupado chorando. - Vamos chegar em casa primeiro. - Dirigia enquanto ouvia Han fungar e chorar baixo. Apostava que ele se sentia cansado.
O que falta para Han perceber seus sentimentos e o amar de volta? Seria a forma que tudo aconteceu? Mas, não se arrepende de nada, de que outra forma tomaria o corpo que há anos sonhou em ter? De que outra forma o marcaria com beijos e o faria seu? Impossível.
Chegaram na mansão, e Han ainda estava chorando. Olhando para baixo, e com um semblante triste.
- Vamos, Hannie, eu não estou bravo com você. - O pegou pelo braço, mas Han saiu do aperto. Saiu do carro sozinho, mas quando encarou aquela mansão um arrepio subiu pela sua espinha. - Venha. - Enlaçou os dedos. Han não lutou dessa vez. Estava temendo pela própria vida. Não sabia o que viria a seguir. Minho é instável emocionalmente, ele poderia surtar e cometer aquelas loucuras novamente, até pior.
Os empregados o olhavam discretamente, obviamente reconheciam Jisung, havia "morado" por uma semana na mansão de Lee. Jisung começou a se sentir envergonhado pelos olhares e agarrou o braço de Minho, que estava com os dedos entrelaçados nos seus.
- Vamos rápido. - Logo chegaram ao quarto. Jisung se afastou e cruzou os braços.
- Você iria para onde? - Pergunta. Tentando parecer calmo. Han não respondeu. Não queria que ele soubesse onde está sua família.
- Responde enquanto eu ainda estou com paciência. - Han se virou. Lee arrancou a bolsa de seus ombros e pegou a passagem de dentro.
- Malásia? - Seu coração errou três batidas, se não tivesse descoberto cedo, a essa hora, não iria fazer ideia de onde Han estaria. - Porra.
- Me devolve! - Ambos ouviram o ressoar do toque de telefone de Jisung. Era sua tia.
- Ah, olha só. - Sorriu. - Bem na hora. - Atendeu o telefone. - Olá.
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finally in my possession •minsung
Hayran KurguHan Jisung, um jornalista, estava há tempos parado no mesmo lugar, sem ter nenhuma grande notícia de âmbito nacional, até que, dentre suas noites de caminhadas para casa, presenciou um possível assassinato.