Anel?

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"Han Jisung, eu fiz tudo por nós, o quê exatamente você não entende?"

Minho estacionou o carro em frente à casa, Han dormiu durante o caminho e continuava dormindo quando chegaram. Era uma residência simples e afastada do centro, longe da sua mansão. Não o queria tão longe de si, estava achando a distância demais.

- Hannie, chegamos. - O alertou, a roupa estava amarrotada, as bochechas avermelhadas e o cabelo bagunçado, sorriu. Jisung acordou coçando os olhos, sonolento. Desceram juntos. Minho o seguia. A rua era deserta e as casas ainda mais humildes, emparelhadas lado a lado, como um amontoado de casinhas semelhantes. A cor era cinza, e de teto baixo.

- Obrigado por me deixar em casa. - Disse sonolento.

- Espera! - Disse. Como começou já a sentir saudades tão rápido? - Vamos dormir juntos. - Han arregalou os olhos. - Apenas dormir. - Han deu espaço para que entrasse.

A casa era pequena e um pouco bagunçada, mas ainda tinha um certo nível de organização. Tinha apenas um quarto, que era o de Han, abriu a porta e retirou o terno de Lee, se jogando na cama. Lee desligou as luzes e o envolveu em seus braços. Deixou um beijo no topo da sua cabeça e dormiram quase ao mesmo tempo.

Quando Han acordou, Minho não estava ao seu lado, mas conseguia ouvir certa movimentação na cozinha. Se levantou e caminhou até lá. Lee estava coando um café.

- Hannie, beba isso. - Han alcançou e bebericou. - Está bom?

- Sim. - Sorriu. Lee sabia que Han era lindo até mesmo depois de acordar, mas as vezes seu coração falhava com esses sorrisos repentinos direcionados a si. Seria de tamanho egoísmo se não o quisesse sorrindo para mais ninguém?

- Que horas você vai? - Pergunta. Han estava mastigando panquecas.

- Oito. - Engole com a ajuda do café. Termina a comida e vai até seu guarda roupa, que no momento, estava com a porta quebrada. Escolheu uma roupa e se encaminhou até o banheiro, se certificando de trancar a porta. Estava se irritando com Lee na sua cola o tempo inteiro, não desgrudou em nenhum momento a noite inteira, mas pelo menos, diferente das outras noites, não sentiu frio e também não se sentiu solitário.

Talvez não seja tão ruim... suspirou enquanto afastava os pensamentos que atingiam sua mente de forma negativa. Lavou todo seu corpo com seus próprios comesticos e analisou seu corpo marcado no espelho, quis chorar mas segurou. Vestiu a calça que não era jeans, mas ainda ficava um pouco colada na bunda, pensou que talvez tivesse engordado, a blusa gola alta cobriu todos os machucados feitos por Minho.

Colocou os brincos que o gerente lhe deu de aniversário, passou uma leve maquiagem para que tirasse sua cara de acabado e saiu do banheiro, já era sete e meia, tinha que sair. Minho estava sentado, mas logo se levantou, parecia estar apressado também.

- Han, eu vou ter q-

Parou a frase assim que o viu. De começo quis sorrir, o beijar e o elogiar. Mas depois, quis surtar, gritar e o foder.

- Vai ter que... - Falou para que continuasse enquanto ia até o quarto pegar os sapatos.

- Você vai trabalhar com essas roupas? - O viu se agachar para alcançar um sapato e a bunda estava totalmente favorecida naquela calça.

- Que outra opção tenho? Você fez questão de marcar todo meu corpo. - Colocou as meias.

- Não quero que você as use. - Disse.

- Por que você quer mandar em tudo? Já as coloquei e ponto final. - Disse determinado. Lee analisou seu rosto. Notou os brincos. - Vamos logo.

Han já estava na beira do seu limite. Lee se absteve de mais comentários e aceitou. Se Han era lindo demais, não tinha o quê fazer quanto a isso.

No caminho, Han olhava algumas câmeras novas para comprar e Minho percebeu, viu logo o bico e o semblante irritado pelo preço. Ouviu um suspiro e deu um sorriso mínimo. Tinha que comprar uma câmera ainda hoje.

Chegaram rapidamente. Han agradeceu e desceu. Lee quando ia dar partida para ir embora, lembrou de perguntar sobre a câmera. Qual modelo seria de bom tom.

- Han Ji-

Parou a fala no momento que viu um homem se aproximar sorrindo. O crachá dizia "gerente yeon jungsun". Então era ele que queria marcar encontros apenas com Han...

- Você está melhor, Jisung? - Pergunta.

- Sim, senhor. - Responde educado.

- Vejo que está usando os brincos que lhe dei. - Sorriu. Era um homem realmente carismático e de boa aparência. O sangue de Minho ferveu tanto que pensou que poderia evaporar.

- Jisung. - O chamou. Estava com tanto ódio que não conseguia raciocinar direito. Os malditos brincos.

- M-minho? - O gerente notou a inquietação e olhou para a pessoa que estava o queimando com os olhos.

- Seu amigo, Han? - Pergunta, o gerente também não parecia estar muito feliz.

- Noivo. - Responde Minho. - Não vê o anel?

finally in my possession •minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora