Capítulo 17

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Analisava cada uma das fotos em cima da mesa. Diversas do pai de In Guk. Estava mais do que óbvio que Ji Sub vigiava cada um dos seus passos no momento que não ficava na empresa ou em sua casa.

Mais porque?

Só nos resta ir atrás da resposta, mas espero que não esteja tão longe para descobrir. Porque sinceramente estou cansada de servir como peça de jogo para as pessoas fazerem o que bem entenderem. Suspirei pesadamente para aliviar a tensão instalada em meu corpo.

Minha atenção era voltada para os prédios de Seoul. Cada um mais iluminado do que o outro e acresito que nunca me acostumaria com essa grandiosidade que a cidade esbanjava.

Tentava me distrair mais parecia impossível com minha mente trabalhando constantemente em motivos que possam conectar com o que está acontecendo com a minha situação. Se eu estou assim imagino o quanto In Guk deve estar, acredito que pior.

Um emaranhado de fios aumentava conforme nós investigavamos e sabia que uma hora ou outra precisaríamos soltar cada um dos nós.

Senti o quanto In Guk gosta do Ji Sub, mais acredito que agora dúvidas devem estar preenchendo seus pensamentos. Confiar em alguém, achar que conhece tudo a respeito da pessoa e depois isso se despedaçar  em questão de segundos  deve ser doloroso.

Pelo que entendi e conversei com In Guk o Ji Sub conhecia a sua família bem antes dos dois se conhecerem e se tornarem melhores amigos.

Tirei minha atenção dos prédios e direcionei para In Guk, via apenas uma leve tensão em seu maxilar. Um foco mais redobrado na pista e um silêncio pairava dentro do carro. Não era incômodo, pelo contrário, acredito que precisávamos disso para conseguir organizar o caos instalado em nossa mente.

Olhei para a tela do meu celular e tinha uma mensagem da Manu. Apenas tinha dito que explicaria tudo quando chegássemos no hotel mais tarde, porque nesse momento nossa rota é  em direção a casa da Sung Kyung.

Ela é a única pessoa que era mais próxima do seu irmão. Estamos nos segurando nessa ideia de que saiba alguma coisa que ele estava fazendo.

Paramos em frente a entrada do prédio e um dos seguranças veio até  nós. In Guk baixou o vidro e começou a falar em coreano.

Foquei minha atenção no enorme prédio logo a frente. De início imaginava que Sung Kyung morasse junto com sua família e confesso que agradeci ao perceber que na verdade não, pois seria menos pessoas escutando nossa conversa.

Ao deixar o carro no estacionamento do prédio, peguei tudo que achava necessário para a conversa. Por sorte ela ainda estava acordada, pois acredito que não conseguiria ter um noite de sono tranquilo sem antes esclarecer tudo ou pelo menos metade.

In Guk estava com seu típico casaco. Nunca cheguei a perguntar porque sempre usava. Era como se tivesse um espécie de valor sentimental. Bem, era o que imaginava até que retirou e jogou dentro do carro sem preocupação.

Não quis entrar no assunto já que notava uma certa preocupação em seu rosto. Apenas cheguei ao seu lado e entrelacei meus dedos em sua mão, o que fez ele acordar do tranze que estava desde que saímos da academia de boxe.

— Como está se sentindo?

— Estranho. Está  sendo muita informação para processar. Já imaginei diversas vezes de que talvez ele tenha apenas se aproximado com segundas intenções. —  ele suspirou e voltou a encarar as portas de vidro que davam acesso aos elevadores —  Quero acreditar que nossa amizade foi real... Acreditar que ele foi minha família.

Apertei com mais força sua mão. Queria expressar que estava ali com ele. Sabia que não tinha palavras certas que pudessem conforta-lo. O que precisava é de alguém ao seu lado e o apoie.

Um Dorama em SeoulOnde histórias criam vida. Descubra agora