A porta do apartamento destravou e em questão de segundos saí de cima de In Guk. Pelo menos espero estar ainda apresentável e não entregue o que estávamos fazendo.
Manu parou assim que encontrou meus olhos, sorriu de canto e sabia perfeitamente o que pensava. Pelo seu olhar era evidente o que pensava nesse exato momento: "Aconteceu, né?"
Senti minhas bochechas queimarem e entregando tudo o que desejava esconder. Porém, esconder qualquer coisa de Manu era impossível, ela é muito mais rápida do que eu em captar o clima do ambiente em volta das pessoas.
— Eu trouxe um presente. — veio até mim e entregou uma sacola — A sua e a minha —levantou a outra sacola que estava na mão esquerda. — Seoul está esfriando muito rápido e como sei o quanto você pega resfriado rápido decidi comprar um para você.
— Obrigada
Retirei o cachecol roxo e senti a maciez do tecido, aposto que deve ter sido caríssimo mais conheço Manu o suficiente para saber o quanto não se importa em gastar com as pessoas que gosta.
— Eu já disse que te amo?
— Mais é claro, se não amasse iria ficar chateada. — ela piscou o olho.
Olhei para In Guk que permanecia com uma sobrancelha arqueada e atento a conversa entre nós duas.
— Estou aguardando a minha declaração também. — ele disse
— Você entendeu?
— O suficiente em português para saber que você disse... "Eu te amo"— ele frisou na última frase e com certeza minhas bochechas triplicaram na vermelhidão. Ouvi-lo dizer essa frase tão clara fazia meu corpo reagir, como também fazer meu coração perder o ritmo
— Gente, eu adoro vocês, mas não me façam ficar de vela — ela tentou parecer com raiva mais seu rosto iluminou com um enorme sorriso, mas que se desmanchou quando encontrou a mensagem enviado para nós em cima da mesa na cozinha — O que é isso?
Eu e In Guk nos entreolhamos e apenas isso foi o suficiente para entender que a parte da explicação deveria deixar como responsável ele, já que pela forma como reagiu ao receber o envelope saberia explicar o que de fato está ocorrendo.
— É uma longa história... Mais devo uma explicação já que isso pode estar relacionado as possíveis mensagens
Manu balançou a cabeça concordando.
— Tudo é válido — ela pegou a cadeira e colocou de frente a nós
Com a explicação dele os pontos foram se conectando e tudo ficou mais claro. No entanto, consegui sentir o quanto parecia ser difícil para ele falar sobre esse assunto e acredito que Manu deve ter percebido, pois não questionava apenas ouvia atentamente.
— É apenas uma ideia que passou na minha cabeça...Mais sinto que podem ser a mesma pessoa fazendo isso. As mensagens, o envelope e a exposição de Bruna na festa. — ela parou um pouco e estava pensativa. Com certeza seus neurônios ferviam para fazer as ligações — O maior prejudicado com a exposição de Bruna foi Kim Ji Tae, então descartamos seu pai — ela apontou para In Guk — Devemos ter em mente que seria alguém que o odeia e talvez possa estar colocando todos contra ele.
Adorava quando Manu incorporava a Sherlock Holmes, em situações que exigiam descobrir ou investigar seus neurônios pareciam funcionar quase 100%.
— Então o mais correto a se fazer é descobrir quem odiava seu amigo. Qualquer coisa, como fotos ...— apontei para a foto rasgada nas mãos de Manu — endereços e telefones anotados podem ser úteis.
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Um Dorama em Seoul
Hayran KurguQual a possibilidade de você viver um Dorama na vida real? Um em um milhão? ... Bruna embarca em uma viagem em direção ao outro lado do mundo com sua melhor amiga , praticamente irmã, Manu. Enquanto sua amiga era a própria Dorameira, por dentro do m...