Verão 8

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— A gente vem de avião e vai ter que voltar de trem? — Eu estava prestes a jogar uma cadeira na cabeça desse safado!

— Não exagera, Nana — Suguru diz ajeitando sua franjinha no reflexo de um dos vidros da pousada.

— A gente pode comprar pocky na estação —Satoru abraça os ombros de Shoko, sorrindo como sempre.

Por um momento, eu estava achando que ele me abracaria... Quando não fez isso meu cenho se franziu na hora.

— Pode ser — Suspiro jogando a mochila por cima dos ombros.

Não levou muito tempo até eu estar dentro de um trem com Geto, Satoru e Shoko, a gente estava dividindo um pocky de morango.

— Vem, pega aqui, Shoko — Digo me esticando na direção de shoko que estava sentada diretamente na minha frente enquanto Satoru estava ao meu lado e Geto do lado dela.

O palitinho estava pendurado na minha boca e ela se aproxima de mim sem qualquer vergonha e come até uma distância razoável dos meus lábios.

— Vem gato — Satoru repete o que eu fiz com shoko, mas dessa vez chamando o Suguru.

Por um instante, eu vi o moreno se mexer e parecia que ele iria tentar pegar o palitinho com a boca igual as pessoas normais fazem quando estão brincando.

— Você tem seis anos, Satoru? — Geto estende a mão toma o palitinho inteiro da boca do platinado, levando o doce até a sua própria boca e comendo...

Foi meio sexy o movimento que ele fez de girar o palitinho habilmente entre os dedos e levar até a boca justamente a parte que o Satoru havia pego entre o os lábios.

O contato visual confiante que Suguru fez conosco parecia deixar na cara que ele sabia o quanto podia ser provocativo

E aparentemente só eu e Satoru encaramos por tanto tempo.

— Estragou a brincadeira pra eles, Suguru — Shoko ri das nossas caras de idiota.

— Mas a brincadeira era chata — a voz era tão suave e cínica que dava vontade de socar esse nariz perfeito dele, o moreno tomou o pacote todo pra si

Encostei meu braço no de Satoru, suspirando enquanto ele encosta sua cabeleira branca na minha cabeça, tinha uma frustração engraçada no ar, era meio engraçado e provocativo ver o Geto agir como se nem ligasse para as nossas caras de insatisfação, mesmo que o sorrisinho satisfeito no canto dos lábios entregasse a verdade de que ele só estava se divertindo com a nossa cara.

— Vem cá, Toru — Puxo o platinado como um ursinho enquanto me encostava no vidro do trem.

— Opa, travesseiro grátis — Satoru se aconchega em mim, entendendo o meu plano. Tenho a ligeira sensação de que mostramos a língua pro Geto ao mesmo tempo

🌪️ — Sim, mostraram... Dois pirralhos.

— Vou tirar um cochilo — Apoio meu queixo no topo da cabeça de Satoru e rapidinho pego no sono.

Eu confesso que não foi um sono tranquilo ou até mesmo simples, o trem me balançava um pouco, o problema foi quando o balanço não era mais mecânico, o clima não era mais recheado pelo ar condicionado, era quente e repleto de arfares.

Eu não tive tempo de descobrir o que estava acontecendo naquele sonho onde mãos quentes tocavam a minha pele enquanto me faziam arder, já que acordei suando enquanto o trem fazia sua parada onde iriamos descer, com isso, só deu tempo de pegar minha mochila e sair rápido.

— Você tá com febre, Nana? — Shoko perguntou enquanto acendia um cigarro do lado de fora da estação.

— É verdade, você tá vermelha pra caramba, gatinha — Satoru encostou sua mão no meu rosto, mas tinha um sorrisinho brincalhão nos lábios.

— Parem de implicar, as vezes ela só sonhou com algum dos relacionamentos que nunca dão certo — Geto disse de uma forma meio venenosa, me fazendo ter vontade de estourar o pescoço dele em um tempo recorde.

— Uhuuul, sonhando com o namoradinho? — Satoru começa a me cutucar. Me fazia morrer de vergonha no meio das pessoas.

Quando estávamos de volta no colégio, eu me enfiei no meu quarto e tive a certeza assim que fechei meus olhos depois de me jogar na cama e suspirar... Eu tive um sonho erótico.

Não muito erótico...

💧 - Tipo um soft porn?

🌪️- Ela é a única pessoa que consegue sonhar com censura.

Calados!

Mas eu não conseguia me lembrar com quem era...

— Que merda — Resmungo enquanto abria minhas roupas e me deitava só de roupas íntimas na cama de novo.

A sensação de me deitar assim era mais acolhedora, ou ao menos ajudava no meu repentino libido.

— Isso é tão idiota — resmunguei depois de ter a brilhante ideia que nunca dá certo.

Eu decidi que ia tentar sonhar de novo, sonhar de novo com aquele mesmo sonho do trem e ver quem me deixou tão quente, a pessoa que possivelmente não gostaria de mim, mas que nos meus sonhos fez sexo comigo.

Foi nesse pensamento que eu comecei a fechar os olhos enquanto minha mão deslizava pelo meu abdômen até dentro da minha calcinha.

Eu não acredito que consegui, o sonho voltou vivido como nunca, excitante como nunca, beijos úmidos deixavam a minha nuca arrepiada enquanto mãos fortes faziam meu quadril de mexer em um ritmo que alucinava os meus sentidos, o som da cabeceira batendo na parede compunha essa sinfonia erótica junto com os barulhos de sexo, abrir os olhos era tão difícil enquanto tudo que eu conseguia fazer era revira-Los de prazer.

Minhas mãos se esticaram para agarrar a pessoa, mas eu segurei duas, dois cabelos diferentes, um longo e o outro bem mais curto.

— Ah, você está deixando ela maluca, Satoru — a voz de Suguro afaga meu pescoço enquanto sinto que meus seios reconhecem o aperto firme e um pouco cruel ao apertar os mamilos como um ponto fraco.

Minha mente não parecia registrar no momento a menção de uma outra pessoa... Por um momento só pensei no Suguru, mas quando as estocadas foram se suavizando eu consegui ver, quem eu segurava.

Satoru Gojo e Suguru Geto, ambos com as expressões mais primorosas, divinas e infernais de todos os tempos, como se o sexo e essa bagunça erótica e quente tornassem os dois mais ridiculamente espetaculares do que são.

Satoru não me deixou ter muito tempo, tomando minha boca pra si em um beijo que escorria necessidade e sensualidade.

Geto nem me permitiu respirar direito depois que Satoru afastou singelamente meus lábios, tomando minha boca de maneira calma, mas que alimentava o fogo infernal que o beijo de Satoru havia ateado em mim.

Eu abri os olhos depois de me contorcer na minha cama enquanto mordia a minha fronha, ofegante, eu notei o que meus dedos e imaginação haviam feito. Era um orgasmo forte demais pra... Um sonho tão estranho.

— O que eu fiz com a minha cabeça? — foi uma pergunta que eu gostaria muito de ter resposta.

Eu sonhei deliberadamente com Suguru e Satoru na cama comigo... Com os dois se tocando entre si e tocando em mim... Isso não fez só um estrago no meu corpo, mas também na minha cabeça.



Dias de Verão - Gojo/Geto/ LeitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora