Yaga finalmente se recompõe.
— Gojo e Geto, venham comigo — ele fala totalmente imperativo.
Satoru olha para Geto com certa estranheza, largando a bola de vôlei no chão.
— E eu, diretor? — pergunto ficando de pé em um pulo.
— Não tem nada com você, Nara, pode ficar — Ele diz ríspido como sempre.
— Mas... — Suguru tenta argumentar e é interrompido sem piedade.
— sem mas, vamos logo — ele foi tão profundo que nem o Satoru conseguiu argumentar.
Um fato sobre a escola Jujutsu, ela é MUITO vazia, sinceramente. Qualquer um pensaria ser abandonada ou um tipo de museu fechado.
Isso torna a experiência de caminhar pelos corredores sozinha muito entediante, quando você é novato, isso é totalmente assustador. Hoje em dia é mais suave.
Enquanto Yaga explicava seu assunto importante, fui procurar a fujona da Shoko ou os meninos do primeiro ano pra provocar.
Ao virar a esquina do corredor que dava para o laboratório do Shoko, uma presença barulhenta me revelou que ela não deveria estar lá sozinha.
Dito e feito, lá estava Utahime, melhor do que nunca esteve em semanas e muito mais feliz do que quando nossa turma a resgatou a uns dias atrás de um espírito amaldiçoado com algum tipo de repetição temporal, eu abaixei a cortina no último instante por pura sorte.— ah não — já ouvi a voz da Utahime assim que eu coloquei a minha presença no laboratório.
As duas estavam tomando café no laboratório de Shoko, Utahime sentada na bancada de inox cheia de coisas que possivelmente eram venenosas, enquanto Shoko estava sentada em uma cadeira baixa de escritório toda surrada.
— Calma, eu vi em paz — Digo erguendo meus pulsos.
— Sem os garotos? – Shoko espicha o pescoço como se os dois garotos fossem surgir das sombras a qualquer momento.
— sem os garotos — confirmo.
— Que raridade — Utahime da a pérola de seu desprezo.
— Calma queridinha, a gente nem anda tão junto assim — Cruzo meus braços abaixo dos seios. Me deixando levar um pouco pela minha implicância com ela.
— Vocês andam bem juntos na verdade, amiga – Shoko diz serena, se levantando da cadeira — Quer café?
Ela me estende uma xícara ainda vazia.
— Quero sim — Digo meio envergonhada enquanto Utahime me olha com aquela cara sabetudo.
A conversa não foi nem de longe chata, a Utahime é bem gente boa quando Gojo e Geto não estão provocando, mas ela é realmente barulhenta, algumas vezes eu até me lembro de maneirismos que o Satoru tem.
— Eu vou lá fora fumar rapidinho, já volto — Shoko se levanta com seu maço de cigarro e isqueiro.
Ela nos deixa sozinhas e o assunto morre lentamente para um silêncio constrangedor.
Meus olhos se focam no teto, tinham pequenas manchinhas por todo o foro que eu não sabia se eram respingos ou mofo.– Você tem tanta sorte... — ouvi a voz de Utahime muito mais profunda e séria do que jamais escutei.
Até olhei imediatamente para me certificar que era ela mesmo.
— Do que tá falando? — dou um sorrisinho, ser sortuda geralmente é algo bom.
— Você tem tudo... Tem poder, as pessoas te respeitam, é bonita, qualquer pessoa consegue gostar de você – ela diz com os olhos cristalinos de lágrimas.
Ao encarar seus olhos, ela desvia, focando suas próprias mãos, que ela fecha com tanta força que suas articulações ficam pálidas.
— Isso tudo é... — ela não me deixa terminar.
— Você é como o Gojo, esfrega na minha cara o quanto eu sou inferior só por existir – a voz dela tremia de um jeito doloroso — Ele eu aceitava, afinal, homens sempre tem mais sorte mesmo nesse mundo, eu pensei que... Eu pensei que, se eu me esforçasse o bastante, eu poderia ser A melhor... Pelo menos entre as garotas, mas nesse mundo tudo é determinado pelo nascimento... Eu nunca vou ser você mesmo que eu morra tentando!
Eu fiquei em silêncio por segundos enquanto a via chorar e entrar em uma espiral de falas ainda mais depreciativas, saber que ela me achava especial não infla o meu ego, não dessa forma, meu peito parecia prestes a se rasgar de tanta revolta... O mundo é mesmo injusto.
— Utahime — seguro a mão dela, áspera de tantos calos... Como será que ela treina tanto? — nós garotas, descobrimos que o mundo é injusto o tempo todo desde a infância... Mas a gente sempre consegue superar...
Minha voz era calma e apaziguadora.
— mas, no mundo jujutsu... — eu interrompo antes que ela diga mais algo assustador.
— independente, as pessoas fracas não permanecem fracas, pelo menos resistência mental nos adquirimos — Dou um toque de meu dedo indicador na testa dela — nós aprendemos isso, ser mais fraca em questão de jujutsu tornou a sua mente forte, e essa é uma arma poderosa... Sua habilidade pode elevar os outros níveis, você tem a capacidade, até a hierarquia reconheceu isso quando te tornou a professora jujutsu mais jovem de todos os tempos.
Previamente na conversa, Utahime contou que provavelmente assumiria uma turma de três alunos no próximo ano letivo em Kyoto. Isso a tornava a professora mais jovem de todas.
— mas provavelmente o Gojo vai... — eu tive que cortar novamente.
Empurrando o nariz dela e a fazendo me olhar.
— para de se comparar com o Gojo, vocês são duas pessoas diferentes, se ele conseguir... O que eu acho difícil, do que importa? Você conseguiu primeiro, seus alunos vão ter se formado quando Gojo, Geto ou eu estivermos sonhando em estarmos prontos para tudo — eu sustentei meu olhar no dela sem desviar nunca — você é muito mais do que capaz de feitos incríveis.
Que tarefa difícil. Ela. Ficou em silêncio por segundos, depois disso, me abraçou.
Sinto que fiz algo bom.
Depois de sair do laboratório sozinha novamente e meio tonta, encontrei os garotos com mochilas nos ombros.
— Ainda bem que a gente te achou — O suguru da a primeira palavra.
— Você não estava em lugar nenhum, gatinha — Satoru me da um beijinho na bochecha.
— onde vocês vão? — pergunto meio confusa.
— missão importante, saída imediata — o moreno diz pondo o cabelo pra trás.
— a gente vai resolver os problemas de uma coitada aí... A gente volta logo – meu namorado 1 me dá outro beijo, dessa vez, na boca.
— Chega de agarração, anda logo pra segurar o gerente — Geto diz mal humorado e Satoru sai.
— Isso não parece muito tranquilo... Eu devia ir junto — Ponho as mãos na cintura.
— Não se preocupe, Nana, é uma missão que podemos lidar só os dois — Suguru beija minha testa – Eu garanto que vai dar tudo certo.
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Dias de Verão - Gojo/Geto/ Leitora
Fiksi Penggemar[NÃO É TRIÂNGULO AMOROSO] [Trisal] Amiga de Satoru e Suguro, Naomi Nara, se vê em uma situação incomum... Apaixonado-se por dois meninos diferentes ao mesmo tempo e sentindo que, talvez, esses meninos sejam apaixonados ou pelo outro e também por el...