Inverno 5

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Aquele cara me cansou pra burro, eu só quis ir pra casa...

— Que lugar é esse? — o Suguru pareceu meio esquisito quando trouxe ele até um edifício de luxo no centro da cidade.

— É verdade... Eu não contei isso pra você ainda — faço uma cara de gol contra, por que é basicamente isso mesmo que eu acabei de fazer — Eu confundi, é que a Nana é...

Eu tô tão cansado que tô me embolando!
Na real, eu e a Nana estávamos planejando uma surpresa pro Suguru, esse apartamento era pra ser dos três assim que a gente se formar, eu e a Nana planejavamos trazer o Suguru pra cá no fim de semana para aliviar esse tempo cansativo que a gente teve! Mas eu pisei na bola!

— Ah... Então a Nana também já sabia, curioso — Ele sorri, mas eu posso ver pela franjinha que ele ficou magoado!

— Não é que...A gente queria fazer uma...

— Satoru — Ele me interrompe passando o braço pelo meu — tudo bem, você e a Nana estavam passando um tempo juntos, não tem problema... Eu só preferia que...

— Tá doido? — Seguro ele pelo colarinho e vou puxando escada a cima, elevador... Então, eu esqueci

— Satoru! — Ele fica tão fofo falando meu nome todo ofegante assim.

—A gente nunca  te excluiria, imbecil —  Abro a porta da cobertura com a minha chave.

Inclusive, nossas chaves são muito fofas!

A minha tem um chaveiro escrito "Satoru" e um bonequinho que parece comigo e alguns pingentes azuis claros!
A da Nana tá escrito "Nana" com uma bonequinha fofa e cabeluda dela com vários pingentes de morangos.

— Ela vai me matar, mas eu detesto essa ideia de mal entendido entre a gente, não viaja — Jogo no peito dele as chaves de casa também.

As chaves dele também eram personalizadas com o nome, um bonequinho e pingentes pretos porque ele é gótico das trevas.

— Eu... — Vejo toda aquela carinha emburrada se desfazer em um só momento enquanto ele analisa as chaves.

— E elas são bem difíceis de perder, olha só — Jogo a chave longe e ela vem de volta pra minha mão. — Deu um trabalhinho, mas é nossa.

Levanto meus ombros.

— Idiota — Geto corre na minha direção, agarra minha cintura com força e me dá um beijo.

Não era um só beijo, caralho, era um beijo muito quente e gostoso, uma mão permanece na minha cintura enquanto a outra vai até a minha nunca, aperta os meus cabelos, a boca dele brincava com a minha, ele mordisca meu lábio inferior e sorri quando eu dou um gemido baixo por causa do puxão de cabelo que ele me deu, ele quase me faz sufocar em um beijo só.

— Você nem me deixa ficar bravo com você, que saco — mas ele claramente estava aliviado.

— Faz parte de ser perfeito, gatô — Digo segurando o queixo dele, dou uma piscadela e me afasto.

Bem na hora que eu estava prestes a tirar a camisa, uma certa moça chega no apartamento trazendo uma mala e uma caixa de decorações.

— Ah Satoru! — Nana bate o pé no chão, claramente aborrecida comigo

— Desculpa, Nana, amor!— Faço biquinho antes que ela fique possessa.

— Eu queria ter visto a reação dele, seu tonto! — ela começa a correr atrás de mim pela ampla sala do apartamento.

Suguru se apoiou na parede e começou a rir, só agora eu notei exatamente o quanto ele tá magro e como as olheiras estão fundas de fato.

— Parem de se bobos — o de cabelos pretos sorri — Vocês estão podres de cansaço, o que acham de nós estrearmos o banho nessa casa nova?

Dias de Verão - Gojo/Geto/ LeitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora