Capitulo 01 "Crepúsculo"

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Amy

Crepúsculo

Está muito escuro aqui, a lua está cheia e brilhante, seria uma noite linda se não fosse essa chuva.

A cada passo que eu dou nessa floresta é um novo xingamento que eu dou ao Paul. Babaca idiota! Me deixou sozinha nessa floresta e agora eu estou perdida.

Quando eu o encontrar vou acabar com a raça dele.

Eu tenho certeza que estou andando em círculos e estou bem, bem longe de casa. Sinto meu celular vibrar no bolso e quando pego ele, tropeço em alguma coisa e derrubo o celular no chão.

- Droga! Merda, merda - xingo tentando pegar o celular, que caiu numa poça de água, quando tento ligar, ele não funcionava - Inferno! - jogo o celular longe e respiro fundo.

Olho em volta, procurando qualquer coisa me indicasse onde eu estou mas não encontro nada.

Ando mais um pouco e quase choro de alegria quando vejo uma luz, apresso meus passos até lá. Quando mais me aproximo vejo que é uma casa linda.

Paro na porta e bato três vezes, sentindo meu cabelo pingar e escorrer pelo meu corpo, minhas roupas estão encharcadas e a barra da minha cala está imunda, assim como meu tênis.

Me assusto quando a porta se abriu e uma garota apareceu. Ela era linda, seu rosto me lembra uma fada, seu cabelo curto e repicado a deixa mais fofa.

- Olá, desculpa incomodar - falei - eu acabei me perdendo na floresta e encontrei a sua casa, será que você pode me dizer para que lado fica a delegacia ou me emprestar um telefone.

- A delegacia é bem longe daqui, mas posso emprestar o telefone sim. Você não quer entrar? Posso te emprestar umas roupas e você liga para alguém vir te buscar.

Penso e repenso algumas vezes, mas um relâmpago me fez ceder.

Quando entrei na enorme e linda casa vi várias pessoas na sala, parados um ao lado do outro.

- Ela precisa de ajuda, Emmett, pega o telefone por favor - ela pediu e um dos homens saiu da sala - Vamos subir? Posso te emprestar uma roupa.

- Ah, não precisa mas obrigada - falei, com medo dessas pessoas tentarem me matar em um ritual maluco, tudo bem que eles estão me ajudando, mas fala sério, essa casa é no meio do nada, se quiserem fazer alguma coisa comigo, ninguém ia saber - Acho que apenas o telefone está bom.

- Você vai acabar ficando doente, querida - uma outra mulher falou, sua voz doce me encantou e eu sorri tímida.

- Não se preocupe, eu não fico doente com facilidade.

O homem grande voltou e me estendeu o telefone, ele voltou para o lado da loira linda.

Disco o número de casa e ligo.

- Alô?

- Jacob, sou eu - falei e suspirei aliviada por ele ter atendido.

- Amy? Onde você está? - ele estava com voz de sono - tentei te ligar.

- Aquele idiota, imbecil do Paul me deixou sozinha na floresta e eu me perdi - falei voltando a me irritar - achei uma casa e me emprestaram o telefone, vem me buscar?

- Tá bom, mas onde você está? - perguntou e eu olhei para a menina que abriu a porta para mim.

- Você pode me passar o endereço daqui? - pedi e ela me passou.


- Eu já estou indo.

- Tá bom, vou te esperar.

Desliguei e entreguei o telefone.

- Obrigada - sorri para eles - eu vou esperar ele ali fora, muito obrigada pela ajuda. - me virei para sair.

- Não vamos fazer você esperar lá fora nessa chuva - a mulher com a voz doce falou - Pode esperar aqui, está com fome? Posso preparar alguma coisa.

- Ah, não precisa - falei nervosa, cruzei minhas mãos e sorri - não quero incomodar e Jacob não vai demorar.

- Então aceite um copo de água - ela pediu e saiu da sala antes que eu pudesse recusar.

- Não se assuste - o homem loiro sorriu - Esme gosta de agradar todo mundo - apenas sorri, sem saber o que falar - Sou Carlisle - se apresentou e eu penso em já ter ouvido esse nome - Esses são meus filhos, Alice - apontou para a menina ao meu lado - Edward - o homem alto ao seu lado, com um cabelo bem penteado em um topete - Rosalie - a loira linda mas que me encara com uma cara feia - Emmett - o grandão que me deu o telefone - e Jasper - olhei para o homem pálido com cabelos dourados, notei que ele me olhava diferente, Jasper era sem dúvidas lindos. Todos eles são estranhamente lindos.

- Meu nome é Amy - sorri - eu tenho a impressão que conheço o senhor.

- Por favor, me chame de Carlisle - ele pediu e eu concordei, até porque, chamar esse homem de senhor é até ofensa.

- Carlisle é médico, você deve ter conhecido ele em alguma consulta - Esme voltou com um copo de água e me entregou, ainda com medo de ser morta, apenas fingi que bebi um gole.

- Eu duvido, nunca fui até o hospital da cidade - falei. Escutamos uma buzina e eu agradeço mentalmente - Ele chegou!

- Eu te levo até a porta - Alice falou prestativa.

- Muito obrigada - falei para todos e segui a morena.

- Até mais, Amy - Alice sorriu para mim e eu retribui.

Andei até o carro, onde Jacob me esperava, e entrei.

- Escreve o que eu vou falar, Jacob - olhei para ele - Eu vou matar o Paul!

Meu irmão teve a cara de pau de rir de mim e eu me irritei.

- Como você veio parar do outro lado da cidade? Você estava na casa dos Cullen, Amy, fiquei surpreso por eles te ajudarem.

- Cullen? Esses são os Cullen? - falei surpresa.

- Sim, como você não sabia?

- Eu nunca tinha visto eles e não sabia seus nomes - falei e deitei a cabeça no vidro - eles foram bem simpáticos e legais comigo.

- Provavelmente não sabem que você é uma Black.

Os Cullen e nós da reserva tem um tipo de rivalidade estranha que eu nunca entendi, o que eu sei é que eles não se misturam com a gente, ao ponto que não entram no "território" um do outro.

Quando chegamos em casa fui direto tomar um banho e trocar de roupa, sorri quando entrei no quarto e vi um copo de chocolate quente na minha mesinha. Tomei tudo e fui para o quarto do meu irmão dormir com ele, o que é mais que normal entre a gente, dei um beijo na sua bochecha para agradecer a bebida.

Ligados pela alma - Jasper Hale Onde histórias criam vida. Descubra agora