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"𝑄𝑢𝑒𝑚 𝑛ã𝑜 𝑜𝑢𝑣𝑒 𝑎 𝑚𝑒𝑙𝑜𝑑𝑖𝑎, 𝑎𝑐ℎ𝑎 𝑚𝑎𝑙𝑢𝑐𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑚 𝑑𝑎𝑛ç𝑎..."

𝑩𝒓𝒊𝒔𝒂 𝑺𝒂𝒏𝒕𝒊𝒂𝒈𝒐

Estou parada em frente ao enorme espelho do meu quarto, olhando para o meu corpo dentro do lindo vestido rosa pink que aluguei. Prendi meu cabelo em um rabo alto, agradeço ao meu cabelo longo por deixar ele ainda mais bonito, coloquei um par de argolas douradas e um salto fino dourado.

Passei um batom meio rosado e passei um gloss por cima para dar um efeito melhor e finalizei com um perfume doce com cheiro de rosas.

— Me desculpa, não sabia que estava entrando no quarto da princesa. — disse Samantha se ajoelhando na porta do meu quarto. — Você está maravilhosa, minha princesa.

— Obrigada, tia, te amo — falei dando um beijo em sua bochecha, deixando a marca do batom — Eu já vou indo, não quero me atrasar.

Ela assentiu com a cabeça e eu peguei minha bolsa em cima da cama, me despedindo com um abraço. O meu Uber já estava na porta de casa e eu saí rapidamente.

— Boa noite. — cumprimentei o motorista entrando no carro.

— Boa noite. — respondeu o cara no volante.

Eu não costumo dar boa noite ou qualquer saudação, pois na maioria das vezes eu estou triste ou muito cansada, sem forças para falar nada. Hoje está sendo especial, eu nunca tive a oportunidade de ir à festa de uma agência.

Cheguei e, de fora, já estava uma boa fila, alguns estavam sendo mandados embora e outros recebiam uma pulseirinha para entrar na festa. Entrei na fila de 10 pessoas e 5 foram mandadas embora de volta para casa, como pode em uma festa tão chique ter penetra?

— Brisa! — disse Miranda atrás de mim — Que bom que veio. 

Miranda me abraçou e eu sorri sem graça. Eu costumo morrer de vergonha das outras bailarinas, mesmo já tendo conversado com elas. Bobeira minha.

— Você está linda. — elogiei. 

Ela estava usando um vestido vermelho longo e os saltos pretos realçaram o seu brilho. Ela ficou mais alta, podendo ultrapassar bastante o meu tamanho.

A fila andou e, quando percebi, já era a minha vez de entrar. Arrumei o meu vestido e sorri para a mulher que estava segurando um tablet nas mãos.

— Nome? — perguntou, me encarando.

— Brisa Santiago. — respondi e ela confirmou com a cabeça.

— Boa festa, Brisa. — falou, colocando uma pulseirinha vermelha em meu braço e eu agradeci já entrando.

Miranda entrou logo em seguida e eu reparei que sua pulseira era diferente da minha, a sua era azul. Com dúvida, saí de dentro do local e fui até a mulher do lado de fora.

— Desculpa, mas tem alguma diferença nessas pulseiras? — perguntei e ela fez um movimento que sim com a cabeça.

— As pulseiras vermelhas são pessoas autorizadas a entrar no camarote e as pulseiras azuis são pessoas autorizadas a usar somente a parte de baixo da festa — falou, me mostrando o tablet.

Lá estava meu nome e logo na frente estava escrito "camarote". Agradeci com um sorriso e entrei novamente, não era possível que eu estivesse no camarote e Miranda não, nós estamos no mesmo nível.

Segui até as escadas do camarote e parei no começo, onde estava um homem alto usando um terno.

— Boa noite, Brisa Santiago? —Perguntou e eu concordei — Isso é para você.

No mesmo ritmoOnde histórias criam vida. Descubra agora