O Perdão - Gabigol

27° Episódio

Luana

Meus pais nunca foram presentes na minha vida, mas agora estamos tentando uma aproximação por conta da Cecília. Então nessa reta final da gravidez eles vieram para nossa casa para acompanhar o parto.
Os pais do Gabriel também estão aqui, e estamos todos só esperando a Ceci querer nascer.

Meu corpo está bastante inchado e eu não consigo mais dormir tão confortável por conta do tamanho da barriga. Qualquer mínimo atividade que faço, já estou cansada.

Gabriel tem me ajudado muito em tudo, sempre me trazendo água, algo pra comer. Ele está sendo incrível demais. E eu tenho certeza que ele vai ser um paizão incrível para Ceci. Já é incrível, quando ela estiver aqui, vai ser mais ainda.

Estou aqui no quarto deitada, tentando descansar. O Gabriel foi para o jogo, e eu não tava me sentindo tão bem para ir assistir, então decidi ficar em casa mesmo.

Dhio, Fabinho, Valdemir e meu pai, foram para o jogo do Gabi. E minha mãe e minha sogra preferiram ficar para me ajudar.

O jogo está prestes a começar e eu decido ir até a sala para assistir com elas. Com certa dificuldade consigo descer as escadas, me sento no sofá e coloco minhas pernas em cima de um puff. Minha mãe e minha sogra se sentam ao meu lado.

-Espero que dê tudo certo no jogo de hoje. – minha sogra diz.

-Vai dar sim, Linda. Ele vai fazer o dele. – Sorrio e aliso a minha barriga.

O jogo inicia e começa bem disputado, já que os dois times estão atacando bastante no jogo. Nos primeiros dez minutos o Gabi quase abriu o placar mas o goleiro agarrou.

Aos 15 minutos, o Arrasca abriu o placar.

-Gooooooool. – gritamos juntas.

O jogo continua e com bastante tentativas para o flamengo, mas logo finaliza o primeiro tempo 1x0.

No segundo tempo, o jogo já foi mais tranquilo e nem com tantos ataques do flamengo, eles estão jogando mais no contra-ataque. E nos 5 minutos de acréscimo, em um lance de gol, o Bruno Henrique é empurrado dentro da grande área, e o juiz marca o pênalti a favor do flamengo.

Fico ansiosa ao ver o Gabi pegar a bola, e caminhar com ela até a área do pênalti. Ele dá um beijo na bola e coloca no chão, dando a distância da bola.

-Vai amor, você consegue. Faaaaz essa porra! – falo ansiosa.

- Ele vai fazer, Luh. – minha sogra fala sorrindo.

E então o juiz apita dando a permissão dele bater o pênalti, ele corre até a bola e a chuta para dentro do gol.

-GOIOOOOOOL – grito comemorando, e ao levantar do sofá sinto uma pontada, coloco minha mão na barriga, me sentando novamente no sofá.

-O que foi, filha? – minha mãe me pergunta.

-Tô sentindo umas pontadas aqui na barriga. – Falo fazendo cara de dor.

-Meu Deus, será que já vai nascer? – minha sogra diz nervosa.

-Eu não sei, mas tá doendo. – Digo respirando fundo.

-Meu Deus, vamos levar ela para o hospital. – minha mãe fala se levantando.

- Linda, tem como pegar as bolsas no quarto da Cecília, por favor. – Digo tentando me levantar.

-Claro, eu vou lá. – Diz correndo até o quarto.

Minha mãe me ajuda a levantar do sofá, e me ajudar a andar até o carro. Com certa dificuldade consegui entrar no carro. Linda já voltou com as bolsas da Cecília, enquanto minha mãe tenta ligar para meu pai.