66° Episódio

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Gabriel B.

Cheguei do hospital mais tranquilo, por saber que ela mexeu e que tá consciente.

Abro a porta de casa e vejo a Dhio, Marília e Everton na sala dando mamadeira para Ceci e Arthur.

-Oi. – sorrio fraco ao entrar.

-Oi, Gabi. – Marília me olha. - Ela tá bem?

- O médico disse que ainda é grave. Mas que ela reagiu bem durante as primeiras horas pós cirurgia. Fui ver ela e quando falei sobre nossos filhos, ela mexeu a mão. – Sorrio fraco. - Ela vai ficar bem!

-Vai sim. – sorri. - Ela é muito forte. E vai ser muito mais pra ficar com vocês e com os filhos. – Mari Diz.

Sorrio e me aproximo dos meus filhos, dou um beijo na Ceci que rir ao sentir minha barba fazer cosquinha.

-Papai. – Diz sorrindo. - Mamãe? – pede a mãe dela.

- A mamãe vai ter que ficar fora um tempo, pequena. – Sorrio fraco. - Mas daqui a pouco ela tá de volta, tá?

Ela apenas me olha atenta e sorri. Sorrio para ela também, e dou mais um beijo. Vou até o Arthur que tá no colo da Dhio e pego meu pequeno que tá dormindo após mamar.  Fico colocando ele para arrotar, enquanto fico em silêncio vendo eles conversarem.

Entrego o Arthur para a Dhio novamente, e subo para meu quarto sem dizer nada.

Eu realmente me sinto culpado, sei que foi culpa minha. Se eu tivesse ido buscar ela, nada disso teria acontecido.

Abro a porta do meu quarto, olhando nossas fotos no quadro da parede.

-Você vai ficar bem, minha loira! – sussuro.

- Ela vai ficar bem sim, Gabi!– Everton diz me olhando.

Sorrio fraco para ele e me sento na cama. Ele se senta ao meu lado, e eu fico olhando para baixo, pensando nela.

-Gabi? – me chama.

-Oi? – olho pra ele.

- Você quer conversar? – Diz me olhando.

- Eu me sinto culpado, ela tinha pedido pra eu ir buscar ela, e eu simplesmente falei pra ela aproveitar com as amigas. Agora ela tá naquela porra de hospital, correndo risco de morte. E a culpa é minha. – Falo olhando para baixo e sentindo as lágrimas escorrerem pelos meus olhos.

-Gabi, você não tem culpa. – ele sussura.

-Eu sei– sussuro.

- Gabi, você não tem culpa de nada. – repete. 

- Eu tenho, Everton! – olho pra ele. - Se eu perder ela, a culpa é minha. Se meus filhos crescerem sem a mãe, a culpa é minha. Eu prometi proteger ela.

- Você não é culpado, Gabi. – Diz olhando pra mim. - Você é um marido e pai incrível, você sempre protege eles de tudo e de todo mundo que faz algum mal para eles.

- Mas eu não protegi agora. – olho pra ele.

- Quem fez isso vai pagar. – me olha.

- Eu mesmo sou capaz de matar aquele cara. – Digo bravo.

- Você não vai fazer nada. Vai deixar a polícia resolver isso. – Diz tentando me acalmar.

Fico conversando com ele por um tempo, ele já me fez me sentir melhor e menos culpado.

[...]

1 semana depois

Já passou uma semana, Tite me liberou dos treinos para ficar com meus filhos e ir visitar a Luana.

O Perdão - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora