Desespero

683 85 3
                                    

Eita KKK vou tentar postar o último cap hj

Perdoem qualquer erro ortográfico.

Boa leitura <3

.
.
.
.

Uma hora se passou. Um dia. Dois. Tudo se tornou uma maldita eternidade em volta de paredes pálidas sem graça e médicos com caretas de sono. Mas, tudo seria um pouco melhor se Kim Jisoo pelo menos tivesse ciência da onde estava.

Seu corpo mal respondia a qualquer esforço colocado em um movimento.

A notícia e a confirmação que a ômega, na verdade, era lúpus, chegara no dia anterior. Os pais, esperanços, a encararam com olhares um pouco diferentes. Ser lúpus significava ser mais forte. Porém, ver o corpo magro encolhido na cama não ajudava muito. O corpo de Jisoo se recusava a aceitar qualquer comida que descia pela garganta, como um protesto doloroso. Ah, seu estômago doía tanto que isso começou a fazer parte de si. Os enfermeiros foram obrigados a injetar os nutrientes pela veia.

Mas, apesar de toda a correria para fazer tal cirurgia, autorizadas por ambos os pais – com mais apreensāo pela parte dos Park, e todo o cansaço e fraqueza, vinha uma curiosidade, no mínimo, impressionante. No quarto de Kim Jisoo havia uma pequena janela, não virada para a cidade a esperar lá fora, mas para o corredor do hospital. Parecia ser feita de plástico e tinha uma cortina bege a acompanhando.

A menina não pregava os olhos, encarando o corredor com nervosismo.

Não recebia notícias de Park Chaeyoung há dois dias.

Não a via tinha dois dias, havia um que seu lobo parecia gritar dentro de si, sedento por respostas, sedento por Chaeyoung. E havia mais outro, aonde ele se calou. Perdido em suas próprias cordas, o seu lobo caiu em um completo silêncio. O vazio. Ficou um companhia de si própria, querendo encolher cada vez mais.

Mal percebia as bandejas de comidas mal temperadas sendo depositadas na mesa a sua frente, nem sua mãe conseguia puxa-la de volta para comer. Bem, ela também não fazia questão nenhuma.

Seus olhos, cansados e rodeados por um cinza morto, mal piscavam. Em um certo ponto, em meio em trocas de soro e os últimos exames da preparação da cirurgia, Kim Jisoo começou a alucinar.

Desde que fora resolvido que a fariam
a cirurgia de remoção das marcas, aquele foi o primeiro sorriso singelo da ômega. Sorriu para o vazio, um sorriso reluzente banhado a lágrimas que vieram como companhia. Em sua cabeça, viu Park Chaeyoung, sentada ao pé da camna, os olhos sorrindo tais como a boca.

A alfa se dirigiu para a ômega, o ar divertido e jovial a rondando quando fez um bico, franzindo os lábios.

– Me espere, Soo. Estou chegando. Prometo que estou. Só não enlouqueça sem mim, docinho.

Jisoo riu para o nada, um riso rasgado por um soluço. A pequena Ômega se encolheu cada vez mais, vendo que aquilo não era real. O vazio a preencheu mais uma vez, e a Kim  resolveu deixar suas lágrimas secarem sobre as bochechas.

Até que a viu de verdade.

Não do jeito que imaginava.

A ômega piscou algumas vezes, levou as mãozinhas para esfregar os olhos, para ter certeza que, dessa vez, era real. Parecia real. Parecia desesperadamente real.

L-Lolli...Pops - ChaeSoo (Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora