Vai ficar feliz?

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Volteiiiiii

Volto a repetir que estamos em tlreta final dessa primeira temporada, acho que talvez tenham mais 2/3 capítulos somente. A 2 gestação não é contada como foi a da Sofia, foi ela quem fez a ligação do casal e na primeira versão foi dessa mesma maneira.

Na 2 temporada o baby2 aparece bem mais, então não se preocupem.

Boa leitura e comentem

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Alguns Dias Depois


POV Camila



Finalmente em casa.

Depois de cinco dias entre idas e vindas naquele hospital, cuidando da Sofia e tentando manter o mínimo de uma alimentação saudável, hoje pela manhã Lauren recebeu alta. Nem preciso dizer o quanto estávamos aguardando por esse momento, Lauren não aguentava mais ficar no hospital e Sofi ainda está bem manhosa porque não a deixaram visitar Lauren.

Sem falar que essa correria entre casa e hospital me afastaram dela também, eu praticamente chegava na hora de colocar Sofia para dormir. Nunca fiquei tanto tempo longe da minha bebê e me sinto extremamente culpada por ter feito isso, mesmo que não possa mudar o que aconteceu. Acho que faz parte de ser mãe achar que pode dar conta de tudo, ser perfeita, mas é impossível, eu só queria não me sentir tão culpada.

Hoje antes de virmos para casa, Clara conversou muito comigo sobre eu me sentir dessa maneira e que iria me ajudar a colocar tudo em dia para que eu conseguisse me sentir melhor. Ela e Michael foram incríveis nesses dias, não lembro de ter ficado um dia sem seu apoio ou cuidado, os dois foram minha melhor rede de apoio. As meninas também se revezaram entre visitas e com as empresas, sou muito grata por tê-las comigo ou não conseguiria entregar nada nessa última semana.

-Vovô, eu quer a mami.

-Ela já vem, meu amor. Ela foi com sua vovó buscar a mamãe no hospital.

-Eu está tiste. _ Abri a porta do quarto vendo Sofia agarrada no avô com um biquinho de choro. _ Quer a mami.

-E se o vovô fizer uma mágica para trazer sua mami e a sua mamãe, você vai ficar feliz?

-Vai.

-Então fecha os olhinhos e pensa nelas.

-Fechou.

-Bibidi-Bobidi-Boo... E prontinho, pode abrir os olhinhos.

-Oi, amorzinho de mãe. _ Falei ganhando o olhar da minha bebê que correu para o meu colo sorridente. _ Que saudade, meu amor.

-Soudadi, mami.

-Te amo tanto, sabia? Te amo, te amo, te amo.

Eu a enchia de beijos enquanto notava Lauren completamente emocionada de ver a filha depois de cinco dias, mas infelizmente ainda sem poder agarrar a pequena e fazer a bagunça de sempre. Eu já tinha explicado sobre Sofi não poder ficar no colo da Laur por enquanto, pelo menos não quando ela estiver em pé, então ganhei um biquinho fofo da minha filha, mas entendendo que a mãe dela estava "dodói" ainda.

Lauren como o médico orientou, foi rapidamente sentar na cama recebendo o abraço mais gostoso do mundo enquanto enchia a pequena de beijos, acho que elas nunca ficaram tanto tempo longe uma da outra. Senti uma lágrima escorrer por minha bochecha ao ouvir um "soudadi, mamãe" sair da minha filha e por um instante imaginei que pudéssemos não ter mais um momento assim. Nunca imaginei um mundo sem a Lauren ou sem seus abraços.

-Agora está tudo bem, pequena.

-Obrigada por ter ficado com a Sofi. _ Agradeci meu sogro que saiu do quarto alegando ser um momento só nosso.

-Linda?

-Oi, Amor.

-Está tudo bem?

-Está, eu só continuo sendo a mesma chorona de sempre.

-Vem cá, Linda. _ Lauren chamou e me sentei ao seu lado ganhando um beijo na testa. _ Agora está tudo bem, fica tranquila.

-Mamãe, eu fez desenho da cola.

-Foi? E cadê ele?

-Eu vai pedar.

-Não... corre, mocinha. _ Lauren tentou avisar, mas Sofia já tinha sumido do quarto. _ Ela está tão esperta.

-Sua filha.

-É, minha filha. E esse bebezinho aqui? Como está hoje?

-Ele é muito calminho.

-Algum enjôo?

-Não, só sono mesmo. _ Comentei sentindo um carinho em minha barriga e ela sorriu me olhando apaixonada. _ Acho que gero preguicinhas.

-Preguicinhas só enquanto estão na barriga mesmo, porque aquele pingo de gente é ligada no 220v.

-MAMÃE? ÓIA!

-Não disse?

-Cuidado, filha. _ Ajudei Sofia a subir no colo da Lauren com cuidado, mas já imaginava que ela ficaria bem agitada. _ Cadê o desenho?

-É a mami, a mamãe e Sofia.

-Nós três, filha?

-É, tês.

-Ficou lindo. E esse aqui, filha?

-É o Thune.

-Você gosta muito dele, não é? _ Lauren comentou e ela balançou a cabeça em confirmação. _ Depois a mamãe leva você para visitá-lo, hm?

-Mamãe, eu té sovete.

-A mamãe leva mais tarde, tá?

-Sovete de banana. E da mami é de banana e de fotos.

-É flocos, bonequinha.

-Focos.

[▪▪▪]

-TCHAU, VOVÔ! TCHAU, VOVÓ!

Sofia acenava para os avós da janela do carro e eu fazia nota mental de que realmente ganhei uma família incrível, minha filha os adora. Segui dirigindo em direção à praça que Sofi pediu para virmos e obviamente que não negaria um pedido do meu pedacinho de amor. Lauren que estava com um biquinho impagável depois de levar uma bronca da mãe por ter cogitado ir trabalhar ainda com pontos no ombro, tem horas que ela é realmente uma criança de tanta inocência. Ela mal consegue tirar a blusa sozinha, imagina passar o dia inteiro trabalhando ou visitando construções.

-Ei?

-Hm.

-Não fica assim, ela só quer o seu bem. _ Falei vendo o biquinho adorável da minha esposa e voltei minha atenção para a estrada. _ Você entende, não é?

-Entendo.

-Então?

-Eu só não queria deixar a Vero sobrecarregada, meu pai também não foi na empresa esses dias. Deve estar uma correria.

-Tudo bem, Amor. Ele já falou que vai passar a ir todos os dias até que você se recupere totalmente e possa voltar a rotina.

-E meus projetos?

-A Ve conseguiu algumas semanas à mais com os contratantes. Eles amam o seu trabalho e entenderam a situação toda.

-Minha mãe brigou comigo.

-Não acredito que você está fazendo manha, Lo. _ Falei ao ouvir sua voz num tom quase infantil e ela virou o rosto. _ A gente te ama, minha bebê.

-Eu também amo vocês.

-Então olha pra mim e diz.

-Não.

-Olha a pirraça, mocinha.

-Eu também amo vocês. Feliz?

-Depende. Faltou o sorriso.

-Também amo vocês e com sorriso. _ Ela falou entediada e ganhou um tapa na perna, mas acabei rindo. _ Isso é agressão, não pode.

-Eu te amo, meu anjo. Muito.

-Também te amo.

-E com sorriso dessa vez. _ Brinquei ao ganhar seu sorrisinho de lado e vi seu rosto ganhar uma coloração avermelhada. _ Pela primeira vez, você corou.

-Para. Eu só não estava esperando.

-Te amo.

-Mamãe, tabô o desenho.

-Que bom porque agora vamos brincar muito.

Estacionei próximo à praça e Sofia já foi direto para o escorregador, ela ama vir aqui brincar e correr por toda a extensão do parque. Geralmente, Lauren a acompanha correndo de um lado para o outro, inventando brincadeiras, já até ensinou Sofia a se pendurar na árvore. Sim, Lauren vira uma criança com Sofia e já me acostumei com isso, tenho que cuidar das duas igualmente em passeios assim.

-Amor, toma cuidado.

-Pode deixar, Linda.

Fiquei observando as duas brincarem enquanto anotava algumas coisas em meu diário e suspirei aliviada, já fazia uma semana que eu não escrevia nada e agora tenho motivos. Escrever tem sido uma terapia para mim e depois de tudo de ruim que já passei na vida, fico feliz de registrar tantas coisa boas e que tenha tanto apoio da Lauren nisso. De toda a minha família, na verdade.

-MAMÃE, VEM!

-Segura direitinho, filha. A mamãe não está aguentando segurar você ainda.

-Tá bom. Eu vai devagar, tá?

-Um, dois, três e...

-ZÁ!

[▪▪▪]

Depois de passarmos a tarde inteira juntas na pracinha, estou organizando a nossa rotina porque Sofia precisa ir a escola e eu começo em home office, já que não vou deixar a Lauren sozinha. Conheço muito bem a peça que tenho em casa e ela não consegue ficar muito tempo sem fazer nada, mas estou de olho para que sua recuperação aconteça da melhor maneira possível.

-Você quem arrumou a casa, Linda?

-Não. Pedi para uma empresa mandar duas funcionárias, por quê?

-Ah, sim. É porque você passou a semana inteira na correria e não pode estar fazendo tanto esforço assim.

-Tentei me manter o mais segura possível, juro.

-Cami, chegou a ir na consulta?

-Não, a Ally remarcou para a próxima segunda.

-Não é prejudicial? _ Lauren perguntou acariciando minha barriga e neguei levemente. _ Mesmo?

-Sim, ela disse que estou completamente saudável. E como não tive crise ou qualquer sangramento, não teria problema postergar uma semana.

-Estou louca pra ouvir o coraçãozinho desse pequeno.

-Eu também.

-Será que vai ter seus olhos?

-Não sei. Mas quero muito que pareça com você.

-Posso beijar sua barriga?

-Claro, meu amor.

Senti Lauren levantar minha blusa depositando alguns beijinhos e suspirei ao ver Sofia formar um biquinho no mesmo instante. Eu já imaginava que seria uma mudança enorme saber que agora tem um irmãozinho, mas é difícil ver seu ciúme a cada vez que Lauren toca em minha barriga. A minha sogra que nos alertou quando chegamos do hospital, disse que Sofi perguntou se toda essa ausência era porque só queríamos o bebê da barriga.

Obviamente conversamos com Sofia e aproveitamos para passar o máximo de tempo com ela, mas como querer que uma criança de três anos lide com suas próprias emoções? Sem falar que definitivamente sou a pessoa menos indicada para falar sobre isso, mal consigo falar de tanto que travo. Observei a pequena vindo na nossa direção e subir direto no meu colo pedindo peito, mais uma das coisas que ficaram frequentes aqui em casa.

My Angel (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora