Capítulo 14.

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Entrei num pub, me sentei no último banco do balcão. Acendi meu cigarro e pedi um whisky. De seguida, me entregaram um catálogo com o menu da casa. Era suposto ser isso, puxei a folha que estava escondida no menu. Uma carta sem remetente ou receptor, apenas um texto criptografado.

Comecei a ler o que ali estava escrito.

" Os patos bravos estão a procura de quem roubou os ovos. Aquele ananás foi transportado, a banana está danificada, quase podre. Banana danificada exala mau cheiro. "

Quem lê isso vê uma história sem sentido nenhum. Provavelmente escrito por um alcoólatra. Mas não eu. Isto quer dizer:

" Bratva está procurando que roubou os prisioneiros de guerra. Cárter está em perigo e teve de se refugiar em outro país.  Banana significa novo recruta, ou seja, algum novo recruta foi socado quase que até a morte e revelou aquilo que sabia. Exalar mau cheiro, é o mesmo que contar o que não devia. Ou seja, é um aviso para mim. Eles querem minha cabeça e tenho se me precaver ou fugir. "

Coloquei meu cigarro sobre o papel, fazendo ele arder em minhas mãos.

Merda.

Nikolai vai me matar quando descobrir a verdade. A única coisa que me faz descansar é que Cárter está fora, e enquanto ele estiver fora. Nikolai não irá descobrir nada. Cárter é o único que sabe 50% naquilo que ando me envolvendo. Isto porque, ele também é um agente de Haia. Tanto Cárter como eu, somos agentes infiltrados no exercito Russo, – anos atrás, no nosso time, éramos dez, e foram morrendo um de cada vez, Nelson e sua esposa eram agentes. Uns morreram nas mãos do governo, outros de criminosos. Nós somos só máquinas que eles usam para conseguir informação e garantir uma falsa paz. Dos dez, sobram apenas dois. Eu e Cárter– para reduzir as baixas de Ucrânia.

Isto porque, o General, não é muita a favor as ideias do presidente, ele está apenas obedecendo, sendo bem pago e tendo a vida de sua família na corda bamba. Como também tem o fato de que, O General russo e ucraniano são primos. E daqueles primos que se dão bem.  O General russo com ajuda do tribunal internacional está prestes a dar um golpe de Estado. Eu sou tenho de aguentar até lá. Não falta muito.

Pago a conta me levantando. Coloco meu capuz e caminho descontraidamente de volta para casa.

Somos só dois agora.

Riso sem humor.

Haia irá ter de recolocar seu estoque de espiões.

Porque eu entrei para o exercito mesmo?

Han. Porque queria provar a mim mesmo que seria diferente dos meus pais.

Quando tudo começou a dar errado?

Quando me tornei tão semelhante a eles?

Dez anos atrás em Moscovo. Eu acabava de me formar na academia militar. Estava com minha equipe de sete membros e íamos apreender drogas. Intercedemos o caminhão de drogas. Ouve chuva de tiros, eu fui alvejada de raspão no braço. Havíamos capturado os traficantes, só que quando eu pensei que era missão concluída chegou outro caminhão, desceram dois homens que eu tinha certeza não serem policiais. O líder do esquadrão entregou a droga a eles e eles uma maleta com outra mercadoria. Ou seja, a polícia estava envolvida também na distribuição de drogas. Naquele dia minha mente bugou.

Então eu entendi.

Ladrão que rouba ladrão, tem perdão.

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Nikolai Prokhorov

Não esperava que as palavras dela ecoam em minha mente de forma persistente e insana. Pela primeira vez eu estava ponderando em agradar uma mulher.

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