Capítulo 53.

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Lyuba Prokhorov.

Depois daquela noite, Nikolai não me permitiu voltar a dormir com as crianças, transamos pela manhã e durante a noite. Como dois animais em cio, invés da cama ser um lugar de descanso, era um lugar de exercícios físicos, mas ainda assim acordava revigorada. Depois da discussão que tivemos,  ele começou a me deixar a par das coisas que acontecia na Bratva. Sei que não deve ser fácil porque uma vez o trai, mas isso não voltará a acontecer, quando ela fala abertamente sobre a Bratva comigo, sinto que ele confia em mim. Já Roger, não sei se tentou entrar em contacto comigo ou algo do gênero, mas eu nunca mais quero saber de Haia. Quando mais precisei, eles me deram as costas. Os exclui completamente da minha vida.

Como forma de espiar meus pecados, pelos homens que perderam suas vidas por minha causa. Usei o dinheiro que tinha para criar uma organização não governamental que tem como objetivo, ajudar crianças e mulheres desamparadas. Ao passo que, é um meio de criar emprego, para os que ainda sofria as consequências da guerra. Yuna, Katya e Anacleta, gostaram tanto da ideia que decidiram se associar a mim.

Meses depois eu estava sofrendo com sintomas de gravidez, Nikolai estava levando a sério o assunto de repor o estrago feito.

— Não pode fumar, beber, tomar coisas amargas, muito doces, com muito sal, tem que estar sempre comendo e não — o médico parou de falar quando viu minha cara de poucos amigos, ele está me proibido de fazer tantas coisas que só falta me proibir de respirar, mal consigo controlar minha respiração de tão puta que estou com esse homem. Ele engoliu em seco e olhou e para ficha — por enquanto é só isso mesmo.

— Está certo.— Nikolai o respondeu, já que é o único que não sai prejudicado nessa história. — Pode me passar a lista das restrições.

— Certo, trago já.— O médico se levantou atrapalhado.

Minha respiração se acalmou quando senti a mão de Nikolai me fazendo cafuné.

— Está assustando o médico sabia?

— Vou abrir um processo contra ele. Ele está tentando me matar.— Nikolai deu sua gargalhada gostosa que me fez relaxar mais e esquecer o processo.

— Ninguém mandou você ser uma viciada. Teu organismo tem de estar puro para conceber o nosso filho.

Ele está certo, ainda assim me doi ter se parar de ingerir, aquilo que mais gosto. Sem falar com a notícia da gravidez, não só Nikolai está no meu pé, minha mãe, a Samira, Katya e Yuna, estão me enlouquecendo, a única que atende aos meus caprichos, como me oferecer chocolate, furar algumas coisas da lista de restrição é Anacleta e sua filha quando vou as visitar. Me sinto feliz quando vou a casa dela, que as vezes Nikolai ten de vir me buscar para o calabouço cheia de comidas saudáveis.

Alex e Mike voltaram a escola, e como prometido, dessa vez, não haverá interrupções.

Aí vocês me perguntam, Lyu você estar de boa ter se casado com base na ameaça, sem ter se vestido de noiva ou tido a festa dos sonhos ? E a resposta é sim. O registro é só uma formalidade, o que importa é o que sentimos e o que vivemos. Muita gente faz àqueles casamentos estrondosos, para depois se divorciar em meses ou viver um inferno no seu próprio casamento. Eu gosto das coisas como estão.

Eliyahu Prokhorov, nasceu a vinte de Março, forte e saudável, tal como foi desejado. Foi uma grande comoção, e entendo bem porque, este é o primeiro filho de Nikolai, o primeiro neto da família Prokhorov. Foi dado um grande banquete para receber, o novo sucessor da família Prokhorov. No mesmo ano, mas isso em Novembro, Katya e Lunet se uniram em matrimônio, foi uma festa, não, balada, bem divertida. Ambiente de jovens, muita música, bebida, comida e jogos. Foi um momento gratificação. Depois de tudo que ela passou, ela merece ter o seu final feliz e tenho certeza que Lunet vai cuidar dela. Apesar de termos começado errado, ele se mostrou alguém que se preocupa com a família.

Um ano depois, tive minha segunda gravidez. Aí vocês pergunta, Lyuba qual é a pressa? Sim, a muita pressa meu bem, estar na casa dos trinta me deixa muito receosa sobre o trabalho de parto, não é como se eu pudesse ficar uns cinco anos e depois ter meu segundo filho, e aos quarenta e tantos o outro. Apesar de dinheiro não ser o que falta, a morte não obedece a ninguém e eu não quero correr riscos de não ver meu bebê crescer.

Ao mesmo tempo Anacleta também ficou grávida, ter uma outra gestante a acompanhar torna as coisas divertidas e fáceis de lidar.

— Estou com inveja.— Katya disse se mordendo.

— Com inveja estou eu, que nem namorado tenho.— Yana disse se mordendo de raiva. — Estou quase com 25 anos e mal sei o que é um beijo.— choramingou. A situação dela é complicada, os Prokhorov não são homens fáceis de lidar e digamos que eles sabotam a possibilidade dela ter um romance, isso por ela ser mais nova e a única mulher dos três.

— Eu sinto muito amigo.— Anacleta segura suas mãos com pesar.

— Se eu fosse você me atirava para o primeiro que aparecer.— Katya. Yana riu sem humor.

— Acha que Nikolai é perigoso então você não conhece meu pai. — ela afirmou convicta — Eu não quero carregar o peso na consciência de morte alheia só por tentar pular a cerca. E as pessoas ao meu redor sabem disso. Por isso não se aproximam, sentem medo do papai e de Niko. Se eu for a arranjar um marido, esse no mínimo tem de ser tão ou mais louco que esses dois juntos.

— Caramba. Você tá ferrada.— solto.

Cheguei a ir a Teerã com Niko, e minha mãe. Não irei dizer que não fiquei com ciúmes, fiquei, minha mãe admira Cleópatra. Ela parece mais a filha dela do que eu, e isso me dói.

Lá conheci a irmã de Cleópatra e o seu marido, Patrícia e Jadson. Um casal bonitinho, daqueles da mocinha e o mauricinho. Um casal jovem e dinâmico. Se bem que essa família parece se bem dogmática. Patrícia acabava de dar a luz uma linda menina, e invés de ser a mãe falando da filha, era tia. Se bem que, Cleópatra está mais para avó do que tia. Essa mulher, Cleópatra me parece uma mulher muito calculista que e leva tudo até os mínimos detalhes.

— Nikolai e sobre o que conversamos? A criança já nasceu.

Olhei para os dos confusa, já que nessa mesa parece que sou a única boiando. Nikolai olhou para mim e engoliu em seco.

— Me dê alguns estantes apenas. — Cleópatra assentiu — amor me acompanhe.

Mesmo desconfiada me levantei. Às coisas estão ficando esquisitas, ainda bem que deixei as crianças na casa dos Prokhorov. Eu não quis trazer nenhum dos três, por se tratar de assuntos da máfia. Eliyahu principalmente por ser bem pequeno para fazer viagens demoradas.

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