Capítulo 17.

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— Estava ansioso pela sua chegada, querida namorada.— Nikolai diz entre dentes se aproximando de mim.

Eu sinto a raiva, o ódio emanando dele. Sinto a vontade de sangue vindo dele.

— Conhece esses homens amor?— agarra meus cabelos com força me aproximando deles. — Ou devia chamar você de major? Que título você prefere?

Os olhos de Cárter não saem da tela do tablet. Como se tivesse visto um fantasma.

— Isso tudo fazia parte de seu plano para me matar não é? Você nunca gostou de mim. Você queria destruir minha família. Você sequer trabalha para o exército Russo. Você é uma agente de Haia. Foi você que sabotou minha mercadoria. Foi você que mandou aprender o clã Zakone. Você sempre esteve por de trás de tudo que tem acontecido na máfia. Não é verdade Lyuba.

O encarei recebendo toda sua fúria. Não lhe respondi. Nada que eu lhe disser fará alguma diferença agora.

Ele chutou o tablet que estava com Cárter para minha direção. Não precisei abaixar para ver o que estava ali, um homem e uma mulher grávida estavam mortos.

— Isso é culpa sua Lyuba. Você despertou o pior em mim. — busco o olhar de Cárter e entendo sua dor. Vejo em seu olhar arrependimento, angústia e dor. Eu não o culpo por me entregar, se eu estivesse na situação dele também teria lhe entregado. Estamos falando de vidas inocentes que Nikolai não teve pena de ceifar. Ele puxou uma arma do coldre, e sem aviso prévio começou a atirar nós militares um por um, eu vi tombar.

Ele atirava neles como se estivesse atirando em balões. Sem dor ou misericórdia. Os homens estão amarrados e não tem como fugir. O sangue deles espiga em meu rosto, e minhas roupas. Ele faz questão de me manter próxima para que eu veja tudo em primeira mão. Os homens não gritam ou pedem socorro. São os melhores militares com quem trabalhei. Eles aceitam a morte com lágrimas nos olhos e punhos cerrados.

A cada tiro, uma batida cessa e meu coração dispara. Então os dez corpos caem mortos sobre o piso.

— Dez, por último o melhor, tem algo queira dizer?

O sangue mancha o chão. Está fedendo a morto. O olhar negro de Nikolai me engole, como se só tivesse nós os dois nesse lugar.

Se eu pedir para que ele não o mate será que ele vai aceitar?

Não.

Impossível.

Nikolai parece um demônio, e não há nada que lhe tire dessa transação. Ele se sente traído.

— Nós vemos em brevê major.— Cárter dá um sorriso triste antes da bala o atingir na testa e ele morrer.

— Ele tem certeza que ti vera em brevê? — Nikolai joga a arma e aperta o meu pescoço com fervor — Quero muito, muito, muito te matar Lyuba.— o ar não passa da minha garganta, e sinto meu pescoço estalando. Meus pés saíram do chão, com um braço ele me levou para o ar me sufocando.

Antes deu perder a consciência ele me soltou me fazendo ir para o chão, ou melhor para a possa de sangue de joelhos. Ele não me deixa puxar ar o suficiente, ele agarra meu queixo com ódio.

— Em algum momento você me amou Lyuba?— sinto a vontade dele, de saber se o amei. Mas não sou capaz de responder a isso, de chorar ou esboçar alguma emoção. Não depois dessa retaliação.  O meu silêncio o deixa com raiva — Você tem vinte minutos para pegar a criança e sumir da minha vida. Porque se não fizer isso, eu irei tirar a criança de você Lyuba. Farei você me odiar mais do que já odeia. Irei tirar tudo de você, sua mãe, seu pai. Ouse pedir ajuda a um deles e eu juro por Deus que irei os matar a sua frente. Você vai agonizar como se estivesse no inferno. E quando você estiver sem saída, sem mais ninguém aquém recorrer. Você vai rastejar de volta para mim. — não era uma ameaça, nem um apelo, ele falou com certeza, como se fosse uma premonição.— Volte para mim, suplicando meu auxílio, Lyuba.

{•••}

Nikolai Prokhorov.

— Vai deixar ela escapar em puni?— Lunet grita furioso — eu sabia que nunca devíamos ter confiado nessa mulher. Mas você não me deu ouvidos e agora a deixa escapar.

Faz alguns minutos que ela saiu do galpão. Era só ela dizer que me amou na mesma intensidade que eu a desejei. Que eu  perdoaria sua traição, fingiria que nada disse aconteceu e me casaria com ela. Mas ela não fez isso, nem sequer demostrou arrependimento. Me olhou com indiferença, como se eu não fosse nada para ela. Ela brincou com os meus sentimentos, e mesmo assim, não tive coragem de a matar.

E quando aquele verme disse que se veriam um brevê. Aquilo me deixou com raiva. Eles iam usar a morte para se reencontrar e continuar tramando contra mim. Não. Eu não ia deixar isso acontecer. A morte seria um pagamento muito barato para ela.

— Cala boca.

— Você não pode me mandar calar, sabe que tenho razão.

— Eu disse para você calar a boca PORRA! EU AINDA SOU SEU CHEFE E SE NÃO ESTÁ SATISFEITO COM AS MINHAS ORDENS, NASÇA ANTES DE MIM E SE TORNE LÍDER MERDA.— ele recuou. Não estou de bom humor, e se alguém ousar se meter no meu caminho irá se arrepender.— LIMPEM ESSA MERDA.

Sai do galpão completamente transtornado.  Entrei no carro e conduzi para minha casa. Mandei embora todos os empregados, destrói tudo que estava em minha volta. Eu só queria cessar a dor que estava em mim, só queria acabar com essa angústia. Queria que esse dia fosse anulado. E voltar atrás, quando saímos para jantar, ela vinha para minha casa, nós divertimos. Nós dávamos bem.

E só de pensar que tudo aquilo era um disfarce para futuramente me matar, e que ela nem se deu ao luxo de desmentir as acusações. Eu fico possesso.

Possesso não por causa dos prisioneiros roubados.

Possesso porque eu à amo.

O que eu irei fazer com esse amor que sinto por ela?

O que farei com todos esses sentimentos?

O que farei com essa aliança feita especialmente para ela?

O que farei comigo depois de ter a deixando entrar?

Sentar e torcer para que algo dê errado e ela se veja forçada a voltar para mim?

Quais são as chances dela se apaixonar por outra pessoa? Se entrar a outra pessoa? Eu não devia ter a deixado ir, prefiro a ver sofrer bem perto de mim.

Sem me preocupar com o sangue nas minhas roupas, voltei a entrar no carro e fui em direção a sua casa. Do nada começou a chover.

A porta não estava trancada, adentrei na casa e nada dela nem de Mike. Procurei por eles oiê todos os cômodos. Não havia lá nada deles, além da própria casa, s o jantar e os pratos do jantar mesa. Peguei o celular e liguei para Andrey.

—  Ligue para o banco e mande bloquear todas as contas de Lyuba.

— Certo.— desliguei a chamada.

Eu estou enlouquecendo. Eu a quero de volta o mais rápido possível.

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