Após uma perda dolorosa e com a incerteza descomunal batendo em sua porta, Lunna se vê perdida mais uma vez e o medo lhe faz companhia. Ela ainda se sente como a menininha que treme de medo embaixo da coberta, contando para que as batidas de seu cor...
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Acordo com a cama ao meu lado vazia, pensei que se eu falasse que precisava vir ao meu apartamento antes de levá-la para casa seria o plano perfeito, mas a Lunna já me viu fazer isso com muitas meninas no passado, então estou sozinho hoje de novo. Não é por opção e nem escolha, apenas uma decisão em esperar algo muito melhor e ela tem nome e endereço. Vou ao banheiro e tomo um bom banho, meu celular começa a tocar e quando eu vou atender a ligação cai, olho no visor para ver quem era e ligo de volta.
— Me ligou maninha?
— Está ocupado?
— Não, infelizmente.
— Adam, preciso te perguntar uma coisa?
— O quê?
— Como você conseguiu o número da Lunna?
— De onde você tirou isso? — tento parecer ofendido, mas sei que não colou.
— Não se faça desentendido, está bem, ela me ligou agora a pouco perguntando se dei o número dela a você, então me responda como você conseguiu?
— Tenho meus truques, querida irmã.
— Sabe o que é mais engraçado? Você não tem o número de nenhum dos seus rolos e nunca mandou uma mensagem, o que aconteceu para você estar assim em cima da Lunna.
— Você por um acaso está comigo 24h para saber se mando mensagens ou não?
— Não, mas eu te conheço muito bem, vamos e não me enrole mais! O que você fez para conseguir o número dela?
— Você é chata quando quer hein, eu peguei do seu celular quando ela te arrastou para o banheiro.
— Filho de uma boa mãe, por que você não me pediu?
— Mamãe vai adorar em saber que você a ama tanto assim e que fica imaginando apelidos carinhosos para ela, só tem vergonha de falar e, além disso, você me daria?
— Cala sua boca e não fala com a mamãe, se você abrir essa matraca, ela me mata. E não, não daria.
— Pronto, então fiz certo.
— Você é um idiota, sabia?
— Eu também te amo.
— Por que ela, Adam? — ela suspira e sei que agora ela não está para brincadeiras.
— Como assim?
— Você enche a boca para dizer que tem quem você quer na sua cama e na hora que você quiser, então por que está insistindo na Lunna? Você sabe de tudo que ela passou, estava conosco na faculdade quando ela teve os ataques de pânico, viu de perto o sofrimento dela e da mãe dela. Eu não consigo entender o porquê, de verdade eu queria saber e entender você.
— Não estou insistindo, ela é a conquista da vez! É gata e se entregou de uma maneira ontem no carro... Sei de tudo o que você falou, acho que estou muito curioso e me arrependo um pouquinho de não ter tirado uma casquinha dela na faculdade.
