A confeitaria da Lunna está um sucesso, naquele dia da inauguração ela teve vários pedidos e um deles foi de uma empresária que irá se casar, ela disse que como ainda faltava um ano para o casamento, que ela estava em dúvida, porque tinha ido com o noivo atrás de confeiteiros e estava indecisa sobre qual escolher, mas que ao experimentar as delícias que a minha namorada fez, ela não tinha mais o porquê hesitar sobre quem seria o escolhido para aquele momento único em sua vida.
Me senti tão orgulhoso da minha namorada e ao ver o sorriso em seu rosto, me fez ter mais certeza de que ter deixado o meu medo de lado, valeu a pena! Sei que Lunna tem seus temores e não sou diferente, mas não foi só o seu sorriso, a nossa conversa com a terapeuta e as palavras dela que me deixaram... surpreso! Eu realmente não esperava ouvir o que ouvi, e nem mesmo chegou a passar pela minha cabeça que a Lunna se sentia daquela forma ao meu lado. Fico me perguntando o porquê não entreguei o meu coração a ela antes? O porquê demorei tanto tempo para enxergar o que era óbvio? Todos viam, apenas nós dois que não enxergamos o inevitável!
Se eu soubesse que a minha felicidade era ela, tinha ido de encontro correndo sem ao menos pensar. Se existisse uma máquina do tempo e eu pudesse voltar, falaria para aquele cara no telhado, ao lado dela, que ela valia a pena, que procurar ela em outras mulheres era uma perda de tempo! Que ele a salvaria de ter o coração quebrado e que por mais medo que ele tivesse de relacionamentos, que por ele pensar que ainda era muito cedo, sendo apenas uma atração física e encantamento por aqueles olhos azuis... ah! Como ele estava enganado, ela realmente era e é a mulher de sua vida.
Nada se compara a ela, nenhuma das mulheres a qual ele iria passar uma noite, se compara a ela. Que menosprezar ela através de outras não valeria a pena, que ele iria passar noites e noites em claro remoendo aquele sentimento que ele escondia e tentava de todas as maneiras encobrir. Que ele ao vê-la entregar o seu amor a outro o machucaria de uma forma, que seria tão doloroso quanto pensava, que ao ser rejeitado em relacionamentos não seria tão angustiante assim. Isso doeria muito mais! Que ao olhar ela sorrindo, abraçando, de mãos dadas e beijando outra pessoa, faria seu coração sangrar por escolhas erradas.
Mesmo ele tentando depois se declarar, ou procurar em seus olhos algum resquício do que ele sentia por ela neles, o faria sofrer. Os anos perdidos não valeram a pena, as noitadas de bebedeira, as várias mulheres em sua cama... Nada valeu a pena, porque não era ela! Não era ela a quem ele estaria beijando, mesmo imaginando em sua mente ser ela, nada disso iria valer a pena, o medo é inútil.
Ele nos amarra e nos deixa impotentes, não por não podermos fazer nada em relação a outra pessoa, mas sim por ele mesmo, nos deixando à mercê das escolhas erradas! Esse seria o meu conselho para o Adam do passado, tenho certeza que seria completamente diferente a vida daquele dia em diante e ela estaria presente.
Saio dos meus pensamentos com o meu celular vibrando, o pego vendo ser o amor da minha vida!
— Oi, amor, onde você está?
— Ainda não me acostumei com você me chamando assim!
— Então se acostume, porque você sempre irá ouvir — digo ela sorri, amo esse som. — Então, cadê você? Estou aqui na praça em frente a cafeteria, Hadja já começou a atender os clientes, ela está apavorada.
— Não ficam sem mim, nunca!
— Não! Agora venha logo, quero tomar um café com a minha namorada.
— Mas já passou do horário do café faz tempo?
— Não, quero tomar café com você.
— Ok, já estou chegando, o trânsito está terrível!
— Vou te esperar aqui.
— Ok!
— Te amo.
— Também te amo — ela diz e não desliga, ouço seu riso e ela desliga.
Caminho pela praça um pouco e vejo algumas crianças brincando no parque, alguns casais sentados conversando e namorando.
Olho mais uma vez para meu relógio e caminho para frente da cafeteria, uma moça está vindo em minha direção e para em minha frente colocando a mão sobre meu peito.
— Uau! Mesmo com esse terno dá para sentir seus músculos — ela diz e tiro sua mão de mim, ela me olha sorrindo. — Não quer ir para um outro lugar? Podemos nos divertir.
— Não, muito obrigado! — olho mais uma vez para o meu relógio. — Estou atrasado para um compromisso — digo tentando passar por lá, que entra na minha frente.
— Ah! Vamos aproveitar, você cancela com o seu compromisso. Vai! Não irá se arrepender, posso fazer o que você quiser — ela diz se aproximando e me afasto.
Pela minha visão periférica, vejo alguém se aproximando e quando me viro, vejo ela se aproximando com uma cara nada boa e me apavoro. Ela olha para a mulher a minha frente que está olhando para a Lunna com os olhos arregalados, olho mais uma vez para Lunna que está sorrindo agora, assim que ela chega na calçada joga os seus braços ao redor do meu pescoço e me beija, um beijo avassalador e quando se afasta estou sem ar, realmente eu não esperava por isso.
— Oi, amor, demorei muito? — fico olhando para ela sem entender nada. — Me desculpe pelo atraso.
— Tu... tudo bem! — ela sorri e ainda com os seus braços ao redor do meu pescoço, se vira para a mulher à minha frente sorrindo.
— Oi! Que surpresa, você por aqui! Veio tomar um café? — ela pergunta sorrindo, olho para a mulher e depois para a Lunna.
— Lunna?! — ela diz olhando de cima a baixo para a minha namorada.
— Sim, em carne e osso! Como você está? Quanto tempo!
— Eu? É... vou bem, vou bem — ela sorri olhando para Lunna de cima para baixo.
— Você a conhece amor? — pergunto sem entender o que está acontecendo.
— Claro! Ela é uma...
— Amiga! — a mulher diz e depois sorri um sorriso amarelo, olho para a Lunna que está sorrindo, mas a sinto tensa ao meu lado.
— Vamos tomar um café? Vem! — ela diz e a mulher sorri entrando na nossa frente, olho para Lunna e ela passa a mão no meu rosto.
— Aguarde que você vai descobrir.
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O BILIONÁRIO E SUA SEGUNDA CHANCE NO AMOR: SÉRIE MEDOS DO CORAÇÃO - PARTE 2.
RomanceApós uma perda dolorosa e com a incerteza descomunal batendo em sua porta, Lunna se vê perdida mais uma vez e o medo lhe faz companhia. Ela ainda se sente como a menininha que treme de medo embaixo da coberta, contando para que as batidas de seu cor...