Após uma perda dolorosa e com a incerteza descomunal batendo em sua porta, Lunna se vê perdida mais uma vez e o medo lhe faz companhia. Ela ainda se sente como a menininha que treme de medo embaixo da coberta, contando para que as batidas de seu cor...
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Acordo com um barulho chato e repetitivo, procuro e vejo meu telefone tocando sem parar, pego-o olhando no visor e é um número desconhecido, atendi.
— Alô.
— Lunna é você? — a pessoa pergunta do outro lado da linha.
— Sim, quem é? — digo começando a ficar sem paciência.
— Uma amiga me passou seu número e preciso da sua ajuda — Olho a hora no aparelho e são 6:00 da manhã.
— Quem está falando?
— Desculpe, eu sou Kristen, preciso muito da sua ajuda.
— Com o quê? — digo perdendo já o único pingo de paciência que está se esvaindo.
— Acabei de me lembrar que hoje é aniversário da peste do meu afilhado, minha amiga me disse...
— Espera aniversário de quem? — não acredito no que ela está falando.
— Do meu afilhado.
— Você não disse isso da primeira vez.
— Aí, menina, eu não suporto aquela criança, mas eu sou a madrinha e preciso de um bolo para hoje.
— Espera, hoje é domingo e nem que fosse dia de semana eu não ajudaria você, como pode falar de uma criança assim? — digo e desligo o telefone na cara dela, minutos depois o telefone toca de novo com o mesmo número, desligo e coloco no silencioso.
Me viro na cama e dou de cara com o Adam me observando, meu coração dispara e olho para o teto... o que foi que eu fiz?
— Desculpa, não queria te acordar — digo sem olhar para ele.
— Quem era? Por que ficou tão brava? — ele diz e a minha indignação volta novamente, me fazendo olhá-lo.
— Uma tal de Kristen, que pegou meu número com uma amiga e queria um bolo para hoje.
— E, por que a raiva?
— Sabe para quem era o bolo?
— Não faço ideia.
— Ela disse ser para a peste do afilhado, não me aguentei! Não faria esse bolo de jeito nenhum.
— Você é uma gatinha muito brava.
— Espera, o que estou fazendo aqui?
— Não venha me dizer que não se lembra do que fizemos ontem, você não bebeu tanto assim, mas se você não se lembra... posso te lembrar — ele diz passando sua mão delicadamente sobre o meu braço.
— Não foi isso que eu quis dizer, eu sei bem o que fizemos, o que quero dizer é porque estou amanhecendo na sua cama? Logo você Adam, que dava sempre um jeito de colocar as garotas para fora logo depois do sexo.
