IV - Victor

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Eu não conseguia parar de pensar naqueles lábios desde a nossa conversa ontem. Ela tinha um rubor excitante em suas maçãs e dava vontade de tocar a sua pele a cada segundo que se passava. Acordei pouco antes do meio dia para encontrar minha mãe entrando com Angel enquanto ela chorava.
- O que aconteceu? - Perguntei já sabendo que elas estavam voltando do cemitério.
- O que você acha? - Minha mãe me olhou como se eu tivesse cometido um crime. - Angel, querida, por favor, se acalme.
Angel parecia inconsolável.
- Victor, pegue um copo de água com açúcar.
Corri para fazer o que minha mãe me ordenou e quando voltei, elas estavam sentadas no sofá. Angel me olhou, e mesmo com os olhos inchados e vermelhos, ela continuava linda.
- Aqui. - Entreguei-lhe o copo de água e ela agradeceu.
- Está mais calma?
- Sim. Obrigada, Sra. Banning.
- Querida, eu não queria ter que deixá-la aqui neste estado.
- Não, Sra. Banning. Você não pode deixar de ir. Eu estou bem. - Angel colocou o copo em cima do centro e enxugou os olhos. - Por favor, você me disse o quanto é importante essa viagem. Não deixe de ir por minha causa.
- Eu vou, mas não quero deixá-la sozinha.
- Não vai. - Ela olhou para mim. - Victor estará aqui comigo, não é?
Olhei para ela e só então entendi. - Claro. - Ela não queria ser um problema.
- Mas...
- Não precisa se preocupar mãe.
Qualquer coisa que Angel precisar, ela liga.
Vi minha mãe suspirar e dar um beijinho na cabeça de Angel.
- Suba e descanse um pouco que eu vou fazer o mesmo.
Angel assentiu e quando minha mãe sumiu pelas escadas, eu a puxei para os meus braços. Eu não aguentava mais ficar sem pelo menos sentir o sabor de seus lábios.
Era incrível a forma como ela derretia em minha boca. Veio tão facilmente. Seu gosto seria inesquecível, mas eu ainda não estava pronto para parar de beijá-la. Não até que ela me empurrou.
Seus olhos estavam surpresos e seus lábios inchados e vermelhos. Eu gostei de deixá-los assim e queria mais. Ela me encarou sem saber o que fazer, mas então se virou e correu como se estivesse com medo de mim. Vi sua bela bunda desaparecer e caí no sofá esfregando meus cabelos. Droga, eu senti um pouco do seu gosto e agora a queria em minha cama. Talvez eu tenha a assustado. Não
Eu tenho certeza de que eu a assustei, mas eu precisava sentir o macio daquela boca. Eu ouvia seus lábios sussurrarem meu nome e uma protuberância se formava sob minha calça sempre que imaginava aquela voz sensual gemer em meu ouvido. Ah merda, eu estava fodido agora que sabia como era o seu gosto.
Pulei quando senti meu celular vibrar grato por algo que me fizesse esquecer por alguns segundos aquele anjo.
- Sim?
- E ai brow.
- Bryan.
- Tudo certo?
- Sim, tudo certo.
- Ótimo. Vou levar as bebidas.
- Certifique-se de que minha mãe saiu antes de chegar aqui.
- Eu te ligo, então.
- Vou está esperando.
- Está tudo bem?
- Sim, por quê?
- Sei lá. Você não está tão animado quanto hoje de madrugada.
- É, aconteceu uma coisa que mexeu comigo.
- O quê?
- Eu a beijei.
- Quem?
Revirei os olhos. - Angel, idiota.
- Ah... Sério? E ai?
- E ai que ela tem os lábios mais fodidamente perfeitos que eu já beijei em minha vida. É como veludo cara. Eu preciso dela em minha cama e pretendo conseguir isso hoje à noite. - E eu quis realmente dizer isso.

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