Ver aquela loira extremamente bonita e nua na cama de Victor, tinha me feito quase vomitar. Mas quando eu o vi, nu e excitado, fiquei com nojo de mim mesma. Não fazia nem 10 minutos que ele tinha me tocado e foi transar com outra? Queria poder arrancar minha pele. Tirei minhas roupas e fui tomar outro banho, só que dessa vez, bem quente para ver se queimava seu toque de mim.
Ouvi uma batida na porta e depois que me vesti, fui ver quem era.
- Oi. - O menino que eu vi mais cedo, quando cheguei, estava me encarando com um sorriso suave nos lábios.
- Oi. - Murmurei timidamente, ainda envergonhada pela humilhação.
- Posso entrar?
- Não acho que seja apropriado você pedir para entrar no quarto de uma garota. Principalmente há essa hora.
Ele bufou e isso só me irritou ainda mais.
- Docinho, a forma como você chegou, não diz isso. - Eu queria mandá-lo ir se foder, mas para quê? Dar o gostinho da minha ira?
- Licença. - Fui fechando a porta, mas ele se atreveu a colocar o pé.
- Não te ensinaram que é falta de educação fechar a porta na cara dos outros?
Eu queria dar uma gargalhada, mas me mantive quieta.
- Por favor, eu gostaria de dormir. Estou fechando a porta. - Falei ironicamente, mas dele só obtive uma gargalhada.
- Sou Bryan. - Seus olhos passearam pelo meu corpo. - E você é exatamente como o Victor disse.
O quê? Ele falava de mim?
- Bryan, eu estou cansada. Quero ir dormir, por favor...
Ele sorriu. - Queria apenas te conhecer.
- Bom, agora que me conhece, pode, por favor, me deixar ir dormir?
- Por que não me deixa te fazer relaxar um pouco?
- Porque eu não estou tensa, estou cansada. - Falei dessa vez batendo a porta sem nem me importa se fui educada ou não.
Caí na cama não querendo pensar em mais nada. Virei de lado e fiquei olhando para a cidade. As poucas luzes que ainda estavam acessas foram aos poucos se apagando, o som abafado da festa não incomodava tanto, mas vê o que eu vi no quarto de Victor chocou tudo em mim. Chocou o meu eu, o meu mundo e o meu coração. Eu não deveria, eu sabia que isso iria acontecer. Eu não poderia me deixar sentir carência. Bufei para não chorar e fiquei pensando nas merdas que Luke me fez passar no último natal.
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- Luke, você está bêbado?
- Oi minha princesa, você está linda. - Eu não podia acreditar nisso. - Você está linda demais e é só minha. - Ele riu e quase caiu, mas cheguei a tempo de segurá-lo.
- Por que você bebeu Luke? - A verdade era que eu não me importava quando ele bebia, ou o que ele fazia. Eu tinha medo, porque depois que começamos a namorar, ele se achava no direito de ser o meu dono e sempre que ficava bravo comigo, me batia e quando estava bêbado, era pior.
- Princesa. - Eu não o respondi. - Christine.
- Hm?
- Eu quero tocar seu corpo.
Isso me congelou. Senti o sangue fugir do meu rosto.
- Outro dia Luke, não hoje.
- Mas você sempre diz isso.
- Você está bêbado.
- Não sei por que você foge de mim. Se eu ainda não transei com você, foi porque eu não quis. Tenho outras mulheres para me satisfazerem.
No começo essas palavras me machucavam como o inferno, mas agora, eu já nem ligava tanto.
- É por isso que eu não deixo.
- Mas eu posso ter você a hora que eu quiser. - Sua voz foi de embriagada para normal.
- Luke...
- Eu tento de todas as formas consegui foder com você, mas você não quer. Você não me quer, querida? É isso? Eu não sou o suficiente ou você tem outro? - Sua mão segurou meus cabelos com força. - Hein? Responda quando eu fizer uma pergunta.
- Você está me machucando.
Senti seu nariz inalar meu perfume.
- Seu cheiro é divino! - Sua língua desceu pelo meu maxilar, indo até o lóbulo de minha orelha. - Eu venho sonhando com o seu gosto todas as noites. Quero sentí-la nua sobre mim e te beijar em todas as partes. Você gritando o meu nome quando estiver gozando é sempre o ápice do meu momento. Querida, eu estou cansado de imaginá-la e não possuí-la. - Fui jogada contra a cama e seu corpo caiu sobre o meu. - Vou ter você, Christine.
- Não, Luke, por favor, não. - Eu o esbofeteava, mas era em vão. - Não! - Gritei deixando as lágrimas rolarem quando ele rasgou minha camisa nova que mamãe com tanto esforço tinha me dado. - Pare, por favor. - Minhas mãos doíam por tentar empurrar o seu corpo. Ele era só músculos.
- Shhh... Eu vou ser carinhoso bebê, só me deixa te sentir.
- Saia de cima da minha filha, seu filho da puta!
Agradeci mentalmente quando ouvi a voz de minha mãe.
- Sra. Collins. - Luke se levantou cambaleando.
Corri para os braços da minha heroína, rainha, protetora, minha vida e chorei.
- Saia daqui e não volte.
- Eu amo sua filha, Sra. Collins.
- Eu vejo isso. Agora dê o fora.
- Christine. - Eu chorava tanto que não conseguia falar, apenas soluçava. - Eu te amo.
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Alguém como VOCÊ
AcakATENÇÃO!!! Este livro está registrado na biblioteca nacional e é protegido por Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Se alguém copiar, plagiar ou mesmo insinuar que está estória não é minha, eu tenho como provar a originalidade da mesma. No C...