006. CAMAROTE.

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DOMINGO/ SANTOS x PALMEIRAS

Neymar Júnior

Sempre que eu estou no Brasil me sinto mil vezes melhor, o clima, a comida, as músicas, tudo me faz sentir um arrependimento enorme de ter ido embora daqui.

Apensar de 70% dos brasileiros me odiarem, aqueles outros 30% me dão tanto carinho e amor que eu me sinto acolhido aqui.

Aliás, pensando bem nem acho que é isso tudo de brasileiro que me odeia, na verdade acho que essa porcentagem de pessoas que me odeiam são aquelas que acreditam em tudo que lêem na internet.

Sinto muito informar pra vocês que não sou perfeito. Sou um ser humano como todos vocês, cometo erros, falo besteira, faço besteira e como faço...

Não que eu me importe também com o que essas pessoas acham. Eu não estou nem aí. Sei quem eu sou e estou ciente das coisas que eu faço.

Depois que a piada de cai cai caiu por terra, agora o termo infiel tomou conta da boca e do dedo de quem digita essas merdas na internet.

Não adianta eu tentar me justificar e vim pedir desculpas seja na internet ou no off pra minha companheira, eu sei que está errado e que a dor é irreversível. Tão irreversível que foi assim que eu perdi o amor da minha vida.

Bruna Marquezine foi uma das mulheres que eu mais amei na minha vida, e eu errei, fui moleque.

Mas com ela aconteceu só uma vez, eu juro por tudo, que foi só uma vez. Não tem justificativa, é verdade.

Eu sou um imbecil, imaturo, egoísta, que não valoriza as pessoas que eu amo, principalmente quando se trata de compromisso.

"Se você me ama, então por que fez isso? Por que deixou a gente chegar nesse estado de exaustão?"

Foram as últimas palavras que eu escutei Bruna dizer depois daquela fática noite de carnaval em 2018 que pra ela provavelmente foi uma recaída, mas pra mim foi como um sinal de que ainda dá, de que eu ainda tenho chance.

Era o que eu achava até ver ela com outro no evento da Puma, esses dias atrás, sexta-feira.

Eu estava observando ela lá debaixo, linda como sempre, sorridente, alegre, parece estar muito feliz e eu sei que ela está feliz, seu corpo transmiti isso, paz, alegria, brilho.

Eu nem ia subir lá pra cima, odeio essas festas de gente rica, todo mundo com máscaras no rosto fingindo ser feliz, quando na verdade a maioria aqui quando deita no colchão deve chorar se sentindo sobrecarregado. Ou é só comigo que isso acontece?

Enfim, minha "conversa" com a Bruna não foi nada amigável, na verdade eu conversei sozinho porque ela mal fazia questão de me responder. Única coisa que ela fez bem foi sair correndo de mim, passando de pressa por pessoas desconhecidas e sumindo na multidão.

Sumir.

Era o que ela queria fazer só de sentir meu toque, só de escutar minha voz. Porra, eu fiz tão mal pra ela assim? Não tivemos momentos bons? Eu não sou o amor da vida dela?

Eu a segui. Por impulso. Em busca de respostas pra perguntas que sei que ela não irá responder. Mas fui surpreendido. Negativamente.

Bruna chorava nos braços de outro. A minha Bruna. Nós braços de outro.

Senti meu corpo queimar e uma falta de ar que faz meu peito apertar. Meus olhos lacrimejam, minhas mãos suam e caralho, é uma lágrima solitária escorrendo do meu rosto? Não, não, não pode ser.

– EI. — meu pai grita me tirando do tranze. – Eu tô te chamando faz meia hora.

– O que o senhor quer?

𝐒𝐄𝐌 𝐀𝐌𝐎𝐑. - 𝐉𝐎𝐀𝐐𝐔Í𝐍 𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙. Onde histórias criam vida. Descubra agora