054. É MENI...

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3 meses depois...

Bruna Marquezine

Eu nunca imaginei que esse dia chegaria. Sete meses carregando um segredo dentro de mim e, agora, finalmente, o grande momento: o chá revelação. Não fazia ideia se seria menino ou menina, e isso estava me deixando maluca. A única certeza que eu tinha era que esse bebê já estava sendo muito amado, mesmo sem sabermos seu sexo.

O lugar estava lindo, todo decorado em tons de amarelo e branco. Olho para Joaquín ao meu lado, e ele sorri daquele jeito tranquilo, mas dá para perceber que ele está tão nervoso quanto eu. Segura minha mão firme, como sempre faz quando quer me acalmar. Eu aperto de volta e dou uma risadinha, tentando ignorar o turbilhão de pensamentos na minha cabeça.

As mães e a Luana, minha irmã, realmente capricharam na organização. Estão brincando com todo mundo, distribuindo docinhos, fazendo apostas sobre o sexo do bebê. Eu vejo os convidados se divertindo, mas tudo que consigo pensar é: será que vou ser mãe de um menininho ou de uma menininha?

Joaquín, claro, só quer saber se vai ter mais um palmeirense na família. Ele até brinca com os amigos sobre isso, e eu só consigo revirar os olhos e rir. Como se isso fosse surpresa.

– Já te disse que seu filho... ou filha... podem não gostar de futebol. — Veiga solta a provocação, dando uma risada enquanto toma um gole do refrigerante.

– E eu já te disse pra você não brincar com isso. – Piquerez retruca, mas agora mais sério, lançando um olhar de canto para Raphael.

Eu e Raphael caímos na gargalhada. Não dá para negar que, apesar de todo o nervosismo que estou sentindo, esses momentos de descontração fazem toda a diferença.

– Ah, amor, relaxa. — dou um empurrãozinho de leve no braço de Joaquín. – Vai que a gente tem um artista ou, sei lá, uma mini Luana que só curte mesmo videogame e nada de bola.

– Nem brinca com isso. — ele responde, balançando a cabeça, mas não consegue segurar um sorriso. – Mas se for um artista, tem que ser dos bons, tipo você, né?

Eu dou uma risada e sinto uma mistura de orgulho e nervosismo crescer dentro de mim. É engraçado pensar no futuro do nosso bebê, mas também é um pouco assustador.

– Crianças, deixem de bobeira! — mãe do Joaquín se aproxima, já com aquele jeito animado de quem está adorando cada segundo da festa. – Não importa se vai gostar de futebol, música ou qualquer outra coisa. O importante é que venha com saúde e seja muito amado.

– Isso mesmo! — minha mãe se junta à conversa, concordando com ela. – E com esse tanto de avó coruja aqui, esse bebê vai ser paparicado de todos os jeitos.

Olho para a minha mãe e depois para a mãe do Joaquín, sentindo uma onda de emoção. Elas estão tão envolvidas nisso tudo, tão felizes... Me sinto muito sortuda por ter esse apoio.

– E por falar nisso, vocês já estão prontas pra estragar o neto ou neta? — provoco, sorrindo.

– Prontas? — Luana entra na roda com aquele sorriso sapeca. – Elas já começaram! Dá só uma olhada na quantidade de presentes. E olha que nem sabem o sexo ainda!

– Não sabem? — Veiga ergue uma sobrancelha, rindo. – Elas sabem mais que nós todos juntos.

– Ah, mas isso vai mudar daqui a pouco. – Joaquín pega minha mão de novo, me puxando para perto do primeiro balão que está esperando para ser estourado. – Vamos tentar ver por aqui, amor.

Ele diz isso enquanto cutuca o balão, estreitando os olhos na tentativa de espiar o confete dentro. Claro, eu, como uma mãe curiosa que sou, faço o mesmo, inclinando a cabeça e tentando ver alguma coisa.

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