035. DISFARCE.

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📌UM MÊS DEPOIS.

Bruna Marquezine

Já faz um mês que toda a confusão sobre a notícia mentirosa da minha vida foi "vazada".
Juliana conseguiu fazer com que o Léo Dias retirasse a matéria da internet ameaçando ele de tomar um processo. E o Neymar se posicionou depois da ameaça que eu fiz, foi um posicionamento bem maldoso porque na nota além de dizer que eu não fui atrás dele, ele mentiu sobre não conhecer o Piquerez.

Falando no Piquerez, cheguei até tentar contato com ele depois que a matéria foi retirada, mas descobri que todas as suas redes sociais estão desativadas. Fiquei preocupada, e decidi perguntar pro Raphael se estava tudo bem.

Raphael que inclusive veio aqui junto com Endrick e o Zé Rafael pra saber como eu estou, e eu nem precisei falar nada, minha cara já entregava que não estou nada bem.
Me contaram que Piquerez estava na casa da sua mãe durante esse tempo e que por mais que ele também quisesse conversar comigo, o peso das circunstâncias o impedia.

Enquanto isso, eu continuava perdida em pensamentos, tentando decifrar os sinais que surgiam entre nós. A distância física não apagava a intensidade e conexão como tudo aconteceu entre nós, e cada palavra que me chegava sobre seus momentos longe de mim, uma saudade se instalava em mim.

Era como se o destino brincasse conosco, colocando obstáculos que testavam a resistência de nossos sentimentos.

Enquanto me preparo para sair de casa pela primeira vez após esse período conturbado, a expectativa pela festa da Vogue cresce dentro de mim. O tema intrigante do baile de máscaras ou disfarce desperta a minha curiosidade, e mesmo hesitante inicialmente, a atração pelo mundo da fantasia e pela arte de se esconder por trás de máscaras me faz querer participar.

Vestida em um traje deslumbrante da Dior, cada detalhe exala uma elegância, a máscara adornada por preciosas pedrarias em diamantes, a lace loira me deixando com os cabelos mais longos e liso, faz eu me sentir como a própria princesa de um conto de fadas contemporâneo.

– Você está deslumbrante. — minha mãe fala girando meu corpo com a mão.

– Obrigado mãe. — agradeço levantando a saia como as princesas fazem.

– Aqui, sua pulseira. — Juliana me entrega. – Mandei bordarem essa pulseira feia sua que você diz ser dá sorte. — encaixa no meu braço e eu faço careta.

– Não fala assim da minha pulseira da sorte. Você viu que foi só ela sumir que tudo deu errado. — ajeito a pulseira no meu braço. – Inclusive, como você pegou ela se ela tava com o...

– Ele entregou pra Sasha e Sasha me entregou. — me responde.

– Ah. Ele realmente não quer me ver. — prendo os lábios.

Lembro me perfeitamente do meu diálogo com Piquerez sobre a pulseira, onde ele disse que ela estava em seu carro e que o Neymar só queria nos causar um desconforto.

Quem diria que esse mesmo homem maduro daquele dia no restaurante iria me evitar durante um mês.

Mas eu não o julgo, de verdade, sei que ele deve estar chateado, e que toda essa exposição sobre sua vida nós últimos dias pode ter o assustado. Talvez ele esteja até repensando se foi uma boa idéia ter tido algo comigo, e que toda essa distância seja uma maneira dele pensar como vai querer terminar com tudo isso.

– Pronta? — Juliana pergunta. Acenti com a cabeça. – O carro tá te esperando aí na porta, Sasha vai com você.

– Graças á Deus, odeio chegar nos lugares sozinha. — pego meu telefone na escrivaninha ao lado do sofá e vou andando com cuidado, pois meu salto é enorme. – Bença mãe, com Deus.

𝐒𝐄𝐌 𝐀𝐌𝐎𝐑. - 𝐉𝐎𝐀𝐐𝐔Í𝐍 𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙. Onde histórias criam vida. Descubra agora