Friends - Kim Taehyung

ONZE

Estávamos cedendo a luxuria de nossos corpos, adrenalina correndo por nossas veias, a necessidade do toque, dos beijos, do prazer.

As ações de adolescentes são precipitadas, mas, adultos também cometem erros, sendo esses irreversíveis.

As roupas foram rapidamente jogadas pelo carro, deixando apenas corpos suados e extremamente excitados, desejando cada vez mais o gosto da luxuria, do orgulho.

Os toques vinham de todos os cantos, deslizando pela pele lisa, suada e quente.
Os suspiros longos, procurando o ar necessário para seus pulmões.
As palavras soltas pelos lábios inchados, veneno escorrendo dos dentes.

Kim Taehyung a sustentou acima de si, a encaixando sobre seu membro, deslizando pelas paredes da morena.
A qual soltava belos suspiros sôfregos ao sentir aquela sensação mais uma vez.

As estocadas eram rápidas, profundas, sem pausa para recuperar a força. Suas testas coladas uma na outra, um beijo breve para um longo suspiro.

Não desviavam os olhares por nenhum segundo possível, eles mostravam de um lado, o amor incondicional, brilhante, esperançosa. Já do outro, o arrependimento, a escuridão entre seus olhos cativantes.

Mas, queria aproveitar o momento, independentemente de tudo, era seu amor, senti-lo era o que mais desejava.

Os gemidos abafados, por conta dos beijos profundos, as respirações descompassadas, suspiros longos e melancólicos.

As marcas pelos corpos excitados, a carência completamente exposta, cheios de vigor.

Ela mal se controlava, com fogo escarrado as coxas, as cavalgadas violentas, colando-se completamente a Kim Taehyung.

O ar-condicionado ligado não solucionava o calor, eram abruptos em cada marca. Pálpebras pesadas, lábios roxos e machucados.

- rebola pra mim, só mais uma vez - o moreno suplicou, entregando-se a sua amada.

E assim ela fez, para frente e para trás, movimentos profundos.

Tapas distribuídos no corpo da garota, deixando sua pele vermelha, e não era ruim, com certeza não.

Kim Taehyung não se importava se ela estava o usando, e pedia para que guardasse isso para si.

O ápice chegou para os dois, deixando-os rendidos ao cansaço.
Rapidamente, a garota se tocou do que havia acontecido, estavam bêbados, sedentos pelo prazer, subjugados pela alma.

Um último suspiro, um último beijo, um último olhar, até ela se vestir e sumir dentre a noite escura e sem vida.

Naquela tarde, saiu para o cinema, sozinha, estagnada por seu erro. Assistiu a um filme de terror, para que ficasse com medo e não se lembrasse da última noite.

O que não adiantou nada.

- fala aí, mana, como você está? - Hae, seu irmão mais velho passou para vê-la.

- estou bem, e você? - o convidou para entrar.

- 'tô ótimo, agora quero saber de você, e não adianta esconder nada, Mingi me falou que você não 'tá nada bem - se sentou em frente ao balcão da cozinha.

- eu estou, só os remelexos que a vida dá, o que qualquer pessoa normal passa - deu de ombros.

- vamos, Minji, não seja tão dura consigo mesma, pode falar, eu e o Mingi estamos aqui pra apoiar você - seus olhos esbanjaram compaixão.
Minji sempre foi muito sensível, aquilo foi suficiente para que chorasse.

- você com certeza é o que mais entende, eu me apaixonei Hae, e não foi uma paixão momentânea, gosto dele faz mais de dois anos, só nunca tive coragem de confessar, a gente começou a namorar Hae, mas eu estraguei tudo como sempre - abraçou o mais velho - eu terminei com ele mês passado, mas antes de ontem, fui pra boate Hwang com o pessoal, e tive uma recaída, Hae, eu nunca me arrrpendi de nada do que já fiz nessa vida, mas esse é meu primeiro arrependimento.

- Min... tenho certeza de que nosso irmão falou algo parecido, somos falhos Min, cometemos erros, porém, superamos algum dia, nós amamos, odiamos, temos sentimentos, que muitas vezes são incontroláveis, se você ama tanto essa pessoa, então não é um erro.

- quando a gente morava junto, a mamãe sempre falava que eu era alguém muito difícil de lidar, e ela sempre esteve certa, amar ele é um erro.

- a mamãe passou por muitas coisas, mas as frustrações dela não significam que você é o problema, olha só, semana que vem, vamos marcar um almoço na casa da mamãe, vamos esquecer tudo isso, e também, vou ligar todas as noites pra conversar com você, 'tá bom?

- 'tá, obrigada Hae - secou as lágrimas.

- vou levar a Boh-ra também, sei que ela te faz bem - sorriu.

- isso! - comemorou.

- leva a Mi-rae também - distribuiu um selar na testa da mais nova, a porta foi bruscamente aberta.

- falando no diabo - olhou na direção do barulho.

- Minji! Você não imagina... Ah, Hae! Sabia que eu iria chegar em um ótimo momento - sorriu maléfica - preciso saber dos babados, vai me confirmar todas as minhas dúvidas, eu trouxe vinho.

Sorriram da garota, se sentando na mesa central, bebendo o vinho tinto.
E ele novamente não tinha sabor, não conseguia sentir o corpo se relaxar, não sentia sua mente esquecer os problemas.
O vinho já não era tão saboroso sem ele para lhe fazer companhia.

As fofocas rolavam soltas no local, sorrisos genuínos.

A realidade é apenas uma ilusão que ocorre devido à falta de vinho.