Capítulo 14

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Bloom -- Griselda, quem era aquela moça? -- Bloom perguntou sem enrolação.

Após toda aquela cena, Griselda e as winx voltaram para alfea e foram imediatamente para o escritório de Faragonda. Todas as fadas fizeram perguntas, mas ela ficou em silêncio durante todo o caminho. Quando chegaram, Griselda afastou uma cadeira para perto da prateleira de livros, ninguém se sentou na cadeira da diretora, ninguém ousaria em fazer isso. E de novo, ela não disse nada.

Tecna -- Quem era aquela mulher? -- Repetiu a mesma pergunta.

Flora -- Por que ela fugiu da gente?

Aisha -- E por que ela abraçou o Valtor tentando se proteger da gente? -- Essa era a dúvida mais forte que todas tinham, era estranho, principalmente a semelhança deles.

Griselda apenas suspirou com sua magia fez uma pequena moldura aparecer em sua mão, as fadas se aproximaram mas a mais velha não as deixou ver o que era.

Griselda -- Ela é o tesouro dele, a irmã gêmea, Valtery. -- Mesmo que parecesse óbvio, as fadas ficaram surpresas e não conseguiram esconder isso. -- Uma vez eu fui chamada para ajudar a Faragonda com esse perigo, nós separamos e eu pensei que tinha achado ele, o cabelo confunde bastante. Eu ataquei, e a garota se assustou e começou a fugir, eu a segui sabendo quem era ela, quem um dia ela já foi... Eu quase matei ela, eu tenho que admitir que me arrependo. Faragonda disse que deveríamos leva-la a ômega, mas então fomos atacadas por Bruxos. Vocês sabem quem são os Bruxos do Círculo Negro? Não né? São caçadores de fadas da terra, e um deles é noivo de Valtery, Junto com eles estava Valtor, desesperado e enfurecido. Naquele momentos Valtery estava inconsciente, então não viu o que aconteceu, fizemos uma troca com Valtor, a existência dos irmãos dele seria esquecida, e ele ficaria preso para toda a eternidade. Mas aquelas bruxas tiraram ele de lá e agora o acordo foi quebrado, sabemos agora que Valtery ainda está viva, sem poderes, e traumatizada.

Ela falava calma, como de não tivesse culpa. Mas Griselda carregava um peso na consciência principalmente por que conhecia o outro irmão de Valtor, e aos olhos dela, Stephan só não dominou o mundo porque "o mundo é uma merda, seria um desperdício de tempo."

Stella -- Por isso o cabelo deles eram igualzinhos, até no corte! Mas o cabelo dessa tal Valtery é mais longo.

Aisha -- Stella, eu não estou interessada nisso, só sei que ela sequestrou a Piff! -- Aisha estava com raiva, muita raiva, mas estava preocupada e imaginava as coisas terríveis que podiam acontecer com Piff.

Bloom -- E agora sabemos onde está a Faragonda, como vamos tirar ela daquela forma?

Griselda -- Com as lágrimas do salgueiro, óbvio. Vocês vão até linphea amanhã, antes que Valtery volte. Ela visitava Faragonda na forma de árvore e sempre trazia um machado para tentar executa-la. -- Griselda disse e se levantou. -- Avisem os outros professores que encontramos a Faragonda, eu tenho que ir.

Ela saiu da sala sem dizer mais nenhuma palavra, deixando as Winx sozinhas.

Bloom -- Não posso ir amanhã, eu preciso visitar a minha mãe! -- Bloom disse preocupada. -- Ela estava tão preocupada, tenho medo do que pode ter acontecido.

Flora -- Eu sei Bloom, mas precisamos ir. Ou Faragonda talvez não sobreviva, e temos que depois voltar para torre nebulosa e lutar! -- Ela falava essas palavras triste, queria que isso tudo acabasse e a vida delas pudessem voltar ao normal!

Bloom respirou fundo, e pensou um pouco sobre isso, no fim da tarde ligou para sua mãe avisando que não poderia ir, e não deixou de perceber que sua mãe estava nervosa. Naquela noite antes de dormir, Bloom ouviu barulhos de passos mas não tinha ninguem e Kiko estava dormindo...

~*~

Já se passavam das duas da manhã, o que ele está fazendo aqui?! Nabu tinha certeza que seu amigo estaria perguntando isso se não estivesse dormindo a essa hora.

Nabu entrou devagarzinho pela janela do quarto de seu amigo, olhou para a cama dele e não viu ninguém, já começou a achar estranho mas viu o garoto dormindo com a cabeça apoiada em um livro. Seu amigo, Marco, era um louco por literatura!

Nabu se aproximou devagar de seu amigo e tentou acordá-lo.

Nabu -- Marco. -- Chamou baixinho mas o mesmo não escutou, então o sacudiu fazendo seu amigo pular da cadeira e apontar a varinha mágica para Nabu. -- Sou eu, feiticeiro pudim.

Nabu riu vendo os olhos verdes de Marco arregalados. Marco suspirou, deixou a varinha de madeira mágica na escrivaninha e ligou a luz. Seus cabelos castanhos caíram como ondas em seus ombros, e agora a pele escura dava contraste com a luz amarelada do abaju.

Marco -- Nabu, são mais de duas da manhã! -- Gritou cansado, e um pouco irritado, mas logo depois foi relaxando e se acalmando. -- Aconteceu alguma coisa?

Nabu -- Sim, nós vamos para a capital.

Marco -- Sério? Quando?

Nabu -- Amanhã. -- Nessa hora Nabu viu seu amigo voltar para a escrivaninha, meio triste.

Marco -- Minha mãe ainda não está trabalhando cara, eu preciso ficar pra ajudar ela, não posso deixa-la sozinha agora.

Havia tanta compaixão no olhar de Marco que Nabu quase desistiu da ideia, QUASE.

Nabu -- Você está estudando bastante sobre feitiçaria, sabe que na capital é onde tem mais bruxas e feiticeiros como vc e eu. -- Nabu encarou o amigo e voltou a olhar para os livros e cadernos na escrivaninha. -- Vai ser bom pro seu conhecimento e eu vou poder conhecer essa tal Aisha antes que nossas famílias nós apresentem.

Marco -- Mas a minha mãe... -- Sua preocupação com sua mãe era tanta, ele morreria pela sua mãe sem pensar duas vezes. -- Ela está passando por tanta coisa, a demissão, a doença...

Nabu -- Levaremos ela para lá também, ou eu mando os meus empregados virem cuidar dela. Eu não tô pensando só em mim, você sabe!

Marco -- E esse tal de Valtor que retornou junto com três bruxas consideradas "loucas"? -- No fundo Marco queria saber quem eram eles, quem são aqueles que tanto falam, talvez por serem ligados às trevas assim como Marco e sua família.

Nabu -- Eu vou te proteger, você é como se fosse meu irmão, eu nunca te levaria se não estivesse falando sério.

Marco pensou, olhou para seu amigo e para o caderno. Se ele realmente confiava em Nabu? Pode ter certeza que sim, nunca teve motivos para desconfiar de nada.

Marco -- Os seus pais...?

Nabu -- Não sabem. -- Agora tem uma pulga atrás da orelha, um pequeno conflito sobre ir e não ir.

Marco -- Posso falar com minha mãe sobre isso quando o sol nascer?

Nabu -- Claro, dona Oliver precisa saber disso. Diga pra ela que mandei um oi. -- Nabu se despediu logo em seguida e saiu pela janela da mesma forma que tinha entrado.

Essa era uma estranha jornada que Marco se meteu, ajudar seu amigo e descobrir mais sobre sua origem.

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⏰ Última atualização: Apr 21 ⏰

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