Embasado no capítulo de 12/10

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Olá meus pombinhos! (~pois vivemos de migalhas!) após cada capítulo da novela eu matuto muito os ocorridos, vejo e revejo e automaticamente, vou criando arcos derivados com os pequenos trechos que foram ao ar. Daí vem toda a ideia desse short. Espero que curtam!

Ramiro acordou na madrugada perturbado com seu sonho, passou o resto da noite até o sol raiar, rebobinando a noite anterior em sua cabeça.

A briga com Kelvin...

As lágrimas do amado...

Seu indicador e polegar secando as lágrimas que escorriam pela bochecha dele...

O beijo que deu em seus cabelos...

Seu cheiro.

Ele pediu perdão.

Perdoa eu...

Ele pediu um apertão.

Dá um apertãozinho...
Ramiro saí.
É só um apertãozinho de leve...
Não, não tem apertãozinho não.
Então eu vou roubar...
Para! para... seu Kevin sorriu

Fizeram as pazes.

E então claro, ele explodiu... só que não foi de felicidade como se sentiu no quarto, em meio as gargalhadas de Kelvin, seus joelhos sob o colchão e as mãos no corpo do amado dando os apertões.

Foi pior.

E agora que já estava no trabalho sentiu os olhares de todos os peões o julgando.

Sim, eles não encaravam apenas. Eles julgavam.

E Ramiro odiava isso.

O ar estava diferente, ele sentia que poderia dar uns murros e alguém e orou pra que Lúcio cruzasse seu caminho para ele terminar o que começou.

Foi após o almoço que recebeu o recado.

O patrão o queria na sede.

Foi até o escritório.

- Licença, patrão.

- Ô Ramiro vê se explica direitinho pra mim o que aconteceu ontem lá no bar que já vieram cantar aqui pra mim, você bateu no Lúcio? Por causa da....daquela... criatura?

Ele teve que engolir em seco.

- Não, ô patrão, eu... eu... e ele nóis se desintendêmo, mas não foi por causa de ninguém não, nóis tava bebendo só e foi só isso. - Batia o pé de nervosismo no chão, passando a mão pelo cinto e a outra amassava o boné.

- Não foi isso que eu ouvi. Quem tá mentindo você ou os outros?

- Osotro, patrão!

- Ramiro, Ramiro. Cê tá esquisito, mandei assustar a viúva, e não fez nada disso, e ainda por cima apanhou de duas muié, agora ta metido em briga de bar depois de um comentário certo sobre aquele lá... a criatura. Onde ja cê viu, macho andar daquele jeito, se vestir daquele jeito, se maquiar! Daqui a pouco ele acha um igual e vão ficar por aí.... desfilando por aí - Se levantou com raiva ficando vermelho - Manchando nossa cidade, minha cidade, ai vem alguém de fora e vê essa sem vergonhice esse... esse desrespeito aos bons costumes, mas eu, eu não vou deixar Ramiro, porque essa cidade - Apontou os polegares para o peito - É minha!

O peito de Ramiro apertou, ele começou a se sentir tonto.

- Mas o Kevín, patrão, virou dono do naitandei, patrão. E ele, ele... - Sua cabeça estava zonza, seu coração descompensado. Ele sabia! O patrão sabia.

- Ele? Ele? Ele mente procê, e finge ser seu amigo por que quer saber das minhas coisas, minha familia, pra fofocar lá no bar igual a ex patroa dele, a Cândida! Ele sabe que o único jeito de se proteger de mim é assim. Ele não é burro, Ramiro.

Imagine KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora